Trompete – Seu funcionamento Hoje falarei um pouco sobre o funcionamento do trompete, esse instrumento que tanto nos fascina.Como todo instrumento musical, para se produzir um som necessita de uma vibração do ar para que nossos ouvidos percebam o som. No caso da corda do violão, você dedilha a corda e ela ira vibrar, no Piano acontece à mesma coisa, quando aperta a tecla, um martelo interno ira bater na corda fazendo-a vibrar, nos instrumentos de palheta como o Saxofone, Clarinete, Oboé, entre outros será a ponta da palheta que ira vibrar fazendo o ar vibrar. Já no nosso caso (instrumentos que utilizam bocal) a vibração será feita pelos lábios do instrumentista.
Um som para ser ouvido precisa de um grande numero de vibrações por segundo para que seja percebido pelo nosso ouvido. Quando falamos em vibrações (ou oscilações) em um determinado espaço de tempo, estamos falando de Hertz. Para se ter uma idéia, a nota Lá central do Piano vibra 440 vezes por segundo (sim é segundos), por isso dizemos então que são 440 Hertz.
Todo som tem uma vibração e seus múltiplos irão gerar a mesma nota a uma oitava a cima ou abaixo, exemplo: o Lá central tem 440 Hertz, esse mesmo Lá uma oitava a cima será 880 Hertz, se ele for tocado duas oitavas abaixo terá 220 Hertz. Podemos perceber então que todas as outras notas então dentro desse range entre 440hz até 880hz. Aqui no blog tem um post detalhado sobre as notas musicas, como se iniciou a idéia de freqüência e afinação.
Afinação A vibração e afinação são duas coisas que andam juntas no mundo da musica. A afinação é uma grandeza musical, ou seja, quando se criou o conceito de notas musicais, cada nota ficou determinada que tivesse ter um determinado numero de vibrações por segundo. Assim, se conseguirmos reproduzir o mesmo numero de vibrações significa que a nota esta afinada.
Assim fica fácil de compreendermos o funcionamento da afinação, quando dois trompetistas tocarem uma mesma nota, para estarem afinados devem reproduzir o mesmo numero de vibrações, se um deles gerar mais ou menos vibrações sentirá algo desconfortante nos nossos ouvidos, ou seja, uma diferença de vibração, a tal desafinação.
Se observarmos o trompete (como outros instrumentos que utilizam bocais) é um dos instrumentos mais complicados para se estabelecer uma afinação, pois qualquer modificação na pressão entre os lábios já ira “deslizar” a afinação de uma nota, alem que no trompete temos a chamada Serie Harmônica que também não é muito perfeita.
Serie Harmônica Pode estar se perguntando como que pode se tocar tantas notas com apenas 3 pistos. Para fazermos isso, utilizamos a Serie Harmônica. A Serie nada mais é que uma seqüência de notas pré-definidas na construção do instrumento, digo definida, pois existe um conceito de física acústica em cima da construção do instrumento que ira definir tais notas podem soar dentro de uma tessitura. Se pegarmos uma tubulação com determinado diâmetro e comprimento e com um bocal sopramos conseguiremos tocar um determinado numero de notas, se modificarmos o comprimento desse tubo teremos mais ou menos notas. Podemos fazer um teste tocando algumas notas apenas usando um bocal, e depois fazer a mesma coisa colocando o bocal no instrumento e depois refazer o teste com o instrumento sem a pompa de afinação geral. Cada comprimento alem de modificar o som, também ira modificar a Serie Harmônica.
No trompete através dos três pistos se combinarmos o acionamento conseguiremos tocar 7 Series Harmônicas diferentes. Observando o trompete, seus pistos nada mais são que alongadores do tubo principal, quando tocamos as notas sem pressionar nenhum pisto, estaremos utilizando a Serie Harmônica 1, nela teremos as notas Dó 3, Sol 3, Do 4, Mi 4, Sol 4, Sib 4, Do 5, Re 5, Mi 5, etc. Se pressionarmos o pisto 2, as notas dessa serie irão cair 1/2 tom, irão cair por causa do comprimento da tubulação do segundo pisto que é somado quando acionado ao comprimento máximo do trompete. Se pressionarmos o pisto 1, as notas da Serie 1 irão cair 1 tom. Podemos perceber que o comprimento da volta do pisto 1 é o dobro de tamanho do utilizado pelo pisto 2. Se pressionarmos os pistos 1 e 2 iremos derrubar a Serie Harmônica 1 em 1 tom e 1/2, e se pressionarmos os pistos 2 e 3 a nova Serie Harmônica formada será 2 tons mais grave do que a Serie harmônica 1. Com o acionamento dos pistos 1 e 3 teremos 2 tons e ½ mais grave que a Serie Harmônica 1 e com o acionamento dos pistos 1, 2 e 3 teremos uma Serie Harmônica de 3 tons mais grave que a Serie Harmônica 1 (aquela tocada sem acionamento dos pistos). Observe que a Serie Harmônica 7 (a que pressionamos todos os pistos é a única onde o ar ira ar por todos os tubos).
Um detalhe interessante sobre a Serie Harmônica
Podemos perceber que ao tocar algumas notas iremos ouvir algumas com a sonoridade um pouco diferente do normal e também com a afinação um pouco diferente e ate mesmo algumas notas refletidas de outras series. A sonoridade de algumas notas (aquelas que se replicaram em outras series) soará diferente, pois a que esta sendo tocada não faz parte dessa Serie Harmônica, ou seja, o comprimento dos tubos aplicados para essa nota não estão perfeitamente dentro do padrão de forma de onda, acústica, harmônicos, etc. Quando tocamos as notas dentro da Serie Harmônica verdadeira para ela, a nota ira soar perfeita pois o comprimento do tubo estará de acordo com a forma de onda que ira se propagar dentro da tubulação (lembrando das medidas de construção do instrumento).
A afinação dentro das Series Harmônicas também mudam. Infelizmente a Serie Harmônica não é perfeitamente afinada. Com a chave geral de afinação, iremos corrigir a afinação por completa da Serie Harmônica, mas mesmo assim algumas notas da serie podem sofrer alguns desvios de afinação que devem ser corrigidas através do acionamento das pompas de afinação dos pistos 1 e 3.
Outro detalhe, o instrumento não faz tudo sozinho, alem de utilizarmos os pistos para modificar as Series Harmônicas para subir ou descer na tessitura das notas e utilizar as pompas de afinação para corrigir determinadas notas, também precisamos utilizar a embocadura para ajudar o instrumento. Não tem como mantermos uma determinada vibração fixa nos lábios e ir apenas pressionando os pistos, temos também que contraindo e afrouxando os lábios para modificar a vibração e ajudando as ondas sonoras a caminharem pelos tubos até sair pela campana.
Embocadura, Respiração e Staccato Embocadura
Voltando ao trompete, os lábios quando tocar a nota também ira fazer essa vibração, ou melhor, muitas vibrações por segundo. É a istração dessa vibração que ira fazer tudo funcionar no trompete, e istrar isso é o que chamamos de Desenvolver Embocadura.
A Embocadura nada mais é do que fazer os lábios vibrar para se produzir som. Isso parece fácil falando, mas não é bem assim, pois infelizmente o corpo humano não nasceu para ser trompetista, ou seja, não nasceu pronto, mas podemos condicioná-lo para essa função.
Uma boa Embocadura é aquela que o musico consegue desenvolver um bom som, é aquela que ela pode mudar de uma nota pra outra com facilidade e não se cansar com o ar do tempo, claro que ele ira cansar, pois tocar trompete não deixa de ser um exercício físico, pois esta trabalhando com musculatura do rosto e respiração, mas ele deve condicionar o corpo para um melhor funcionamento.
Respiração
Alem do funcionamento dos lábios é importantíssima uma boa respiração. Esse assunto sempre foi muito mistificado, cheio de prós e contras, mas eu particularmente penso na respiração como algo normal, em uma respiração que utilizamos no dia a dia, apenas com um ciclo mais completo, ou seja, no dia a dia não acredito que não utilizamos nem a metade da capacidade respiratória, mal o ar chega aos pulmões para fazer a troca (oxigênio e gás carbônico) que já estamos expelindo o ar. No caso dos instrumentos de sopro sempre pensamos em um ciclo de respiração maior, mais cheio e mais lento. É sempre manter muito ar armazenado e soprar
devagar, mas nunca ir até o fim do pulmão, pois se percebem que se fizermos ciclos longos a ponto de faltar ar no pulmão ira gerar certo desconforto, cansaço e tensão para o corpo.
Outro detalhe importante da respiração é manter uma coluna de ar firme e constante, lembre-se o ar é o combustível do instrumento, se tiver oscilações na coluna de ar, poderá ter problemas com a sonoridade, afinação, etc.
Staccato
O Staccato é a forma que iniciamos um som. O som esta interligado entre três episodio: Embocadura, Respiração e Staccato. Se não tivermos uma boa embocadura, não teremos uma boa vibração, assim não teremos sonoridade, e o musico se cansará muito rapidamente. Se não tivermos uma boa respiração não teremos uma boa sonoridade, ou seja, não teremos um som vivo, brilhante, contagiante, expressivo. E se não tivermos um bom Staccato não teremos como iniciar um som com precisão.
O Staccato como disse é a forma de iniciar um som, ou seja, um modo que iremos utilizar a nossa língua para dar um “empurrãozinho” pro ar vibrar os lábios.
Existem vários meios de fazer o staccato, como também existem vários tipos de Staccato. Cada meio e tipo irão gerar uma forma diferente de se expressar musicalmente. Basicamente temos três tipos de Staccato sendo eles: Simples, Duplos e Triplos. O Staccato Simples é utilizado em tudo que é tipo de repertorio, e o tipo Duplo e Triplo são empregado em trechos rápidos onde a execução do staccato simples não fica muito nítido, ou mesmo expressivo.
O Staccato Simples é desenvolvido através de algumas sílabas, sendo elas os T e D (existem outras sílabas que podem ser interessante utilizar, como Hoo, tudo depende do tipo de execução e efeito que se quer apresentar). Nos métodos geralmente encontramos mais a utilização da silaba T, mas temos que lembrar da forma da pronuncia utilizada no método, ou seja, uma pessoa que fala fluentemente inglês terá uma determinada pronuncia com essa sílaba como também o francês, assim dependendo o idioma pode-se soar um pouco diferente o estudo. Para nós sempre é preferido utilizar as silabas D, pois se soa mais calmo, sem muito ataque, deixando a sílaba T para momentos que precisamos de uma execução mais agressiva.
Alem de iniciar um som o staccato também ira ajudar na estabilidade da nota em determinada região da tessitura. Eu sempre penso em três silabas para tocar, sendo elas: Dá, Dê e Dí. Se lembrarmos a idéia de vibração comentada a cima, temos que lembrar da aceleração do ar para que a vibração seja maior, então podemos utilizar a língua como uma válvula de controle para acelerar e desacelerar esse ar. Utilizando a sílaba Dá acabamos deixando a língua bem baixa, liberando uma grande agem de ar entre a garganta e os lábios, é
uma boa silaba para se usar nas notas graves. Já a sílaba Dê utilizamos para as notas médias, já que a língua fica no nível intermediário, e a sílaba Dí para as notas agudas, já que a língua vai estar bem alta, afunilando o ar, fazendo acelerar. Tente pronunciar essas sílabas Dáaaaaaaaa, Dêeeeeee, Díiiiiii, percebe-se a diferença na execução. É empregado da mesma forma para a Silaba T, Ta, Te e Ti.
Já a utilização de ataques Duplos e Triplos utiliza as silabas Ta Ka e Ta Ta Ka (ou Da Ga e Da Da Ga). São articulações interessantes de ser estudadas, para quem precisa executar uma escala muito rápida, com notas bem definidas e rápidas, onde não se consegue desenvolver com os ataques simples, utilizam-se essas outras formas de execução. Esse tipo de staccato exige mais estudo, pois envolve muito mais a forma de pronuncia das silabas, tente pronunciar bem rápido Da Ga Da Ga… e Da Da Ga Da Da Ga… Eu sinceramente às vezes me engasgo nessas pronuncias, a idéia é estudar a dicção delas primeiro e depois ar a estudar no instrumento e de forma bem lenta e ir acelerando aos poucos.
Bom por enquanto é isso, esse post foi um resumo de como funciona o mecanismo do trompete e como se é produzido o som nele. Vimos também que o trompete é um instrumento que exige dedicação constante, não que os outros instrumentos também não sejam, mas os instrumentos que utilizam bocais exigem um condicionamento físico diário para poder tocar, a forma de manter a calistenia dos lábios, a estabilidade da coluna de ar, as expressões utilizadas no staccato pelas sílabas, etc. Muitos já me questionaram esses parágrafos, pois os outros instrumentos também exigem e muito do corpo, e não discordo, mas no caso se dedilharmos uma corda ou pressionar uma tecla do piano mesmo não sendo executante do instrumento, já podemos no mínimo faze-lo soar algum som, mas nos instrumentos de bocais não será tão fácil assim. Comentários (6) 1 abril, 2008
Melhor aproveitamento nos estudos Olá pessoal tudo bem? Vejo há muito tempo, o pessoal falar em técnicas e estudos, e mesmo assim não estarem satisfeitos com os resultados que conseguiram. A primeira coisa sempre foi correr a procura de um profissional para corrigir os erros (o que é corretissimo) e encontrar uma melhor orientação. Mas já pararam pra pensar no lado psicológico? A parte psicológica do musico muitas vezes fala mais alto que o tempo de estudo que temos. E se observarmos melhor, é uma das etapas do estudo do instrumento que menos paramos para dar atenção. Quantos de nós já não tivemos naqueles dias que pegamos o instrumento para estudar apenas como uma obrigação para manter a
embocadura em dia? Já perceberam que esses dias tudo é pior? Que muitas vezes estamos trabalhando escalas, ou nota longa e nada evolui, mas estamos sempre já pensando no nosso almoço, ou melhor, que daqui 1 hora estarei pegando um cinema e nada dos estudos. Se observarmos, nosso psicológico trabalha muito mais do que a gente percebe. Nos últimos 10 anos, esses conceitos de trabalho mental vêm sido mais e mais discutido. Eu mesmo, a primeira vez que ouvi falar em Warmup estranhei muito, pois até então sempre pensava em pegar o instrumento e sair tocando, sem pensar muito em aquecimento, coluna de ar, empostação, etc. Hoje já se fala em Pré-Warmup, ou seja, um estágio de estudo feito antes do Warmup, onde trabalhamos nosso lado psicológico. Warmup são estudos de aquecimentos, aqueles trabalhos leves que utilizamos para colocar o corpo em funcionamento, antes do trabalho pesado. Já o Pré-Warmup é aquele momento antes da apresentação, do estudo, do aquecimento, onde sempre procuramos nos desligar das tarefas do dia a dia, e filtrar apenas o que iremos precisar para aquele momento. Seria como se fossemos fechados dentro de uma redoma de vidro, onde nada externo ira te atrapalhar nesse momento, apenas o instrumento e as partituras serão importantes. Existem muitos profissionais que utilizam tecnicas para melhorar o desenvolvimento no instrumento. O proprio trompetista James Morrison faz trabalhos de Yoga para melhorar a capacidade de concentração. Pensei em escrever esse tópico, pois esses dias deparei com esse problema. Um amigo meu que é instrutor da fanfarra aqui da cidade me perguntou o que poderia estar fazendo de errado nos estudos diários do trompete, pois ele disse ter freqüentado vários workshops, estudava e nada acontecia, ai vinha me perguntar detalhes da minha rotina diária de estudos e chegava a conclusão, que era exatamente a mesma que ele estava fazendo. Ai perguntei sobre duas coisas diretamente relacionada. Primeiramente se ele estava mesmo mantendo a linha de estudos, pois na maioria das vezes nos esforçamos para estudar embocadura e quando vemos chegar em um nível melhor, onde tudo esta mais fácil, aquela nota aguda que não saia e que agora sai, deixamos de estudar, e nisso acontece a oscilação na qualidade da embocadura (deixar de estudar a base dos estudos). A segunda questão é sobre o Pré-Warmup, quando expliquei para ele, como estou explicando aqui, ele me disse que era uma nova janela que estava abrindo, que até exato momento não havia pensado nisso, que estava levando o estudo de embocadura, refletindo na qualidade do instrumento (marca), problemas com óleo
lubrificante para pistos, questionando a má embocadura, problemas com marca de bocal, etc… Como podem ver, musico tambem tem que ser um pouco psicólogo. O professor Jacob (grande tubista norte americano) nos fala que tudo que fazemos é reflexo do pensamento. Se cantarmos uma seqüência melódica como Tá ta ta ta .. será transmitido desse jeito para o instrumento. Se acordarmos em um lindo dia e estivermos satisfeitos com nós mesmos, certamente teremos uma ótima evolução e aplicação de estudos nos instrumentos. Agora se o dia amanhecer meio cinzento, temos que arrumar algum jeito de dar um ―soprão‖ nas nuvens cinza. Somos muito mais musicais que podemos pensar. Não é apenas de técnica que se faz um musico, pode ver que boa parcela esta no comportamento de nossa mente. Abraços… Deixe um comentário 22 março, 2008
Estudando Notas Longas (Long Tones) Hoje vou comentar sobre estudo de notas longas (Long Tones). Muitos me perguntam porque desenvolver tal exercício. Bom esse estudo é o ponto de partida para o desenvolvimento de uma boa embocadura e tambem ser utilizado como estudo de aquecimento antes dos trabalhos mais pesados. O estudo de nota longa tem como finalidade ajudar a melhorar o fluxo de ar, deixando o som mais estável e tambem ajudar na calistenia dos lábios. Muito se comenta sobre respiração, coluna de ar, etc… mas vejo que não existe mistério para se tocar um instrumento de sopro. A ideia principal é manter uma respiração normal, com ciclo de respiração completa (inspirar e expirar), com respiração nasal. A garganta sempre aberta para uma maior agem de ar, para isso pense sempre em Aaaahhh na garganta. Quando estamos ando esses estudos, a idéia é sempre pensar nesses detalhes da respiração, muito ar, e pensar tambem na velocidade desse ar. A velocidade sempre é trabalhada com a língua. A língua alem de ser utilizada para o staccato, para iniciar o som, ela tambem é utilizada como uma válvula para acelerar ou desacelerar o ar.
Quanto mais alto estiver a língua, maior sera a velocidade do ar. Uma boa aplicação para desenvolver o hábito da altura da lingua é pensar nas sílabas Dá, Dê e Dí. Quando utilizamos a silaba Dá, é feito o staccato e depois a parte central da lingua fica relaxada, bem baixa, deixando uma grande quantidade de ar ar, boas para se tocar notas graves (pouca vibração dos lábios). Utilizando a silaba Dê amos a acelerar um pouco (usada para as notas de região media) e as Dí para as notas agudas. As silabas tem a mesma funcionalidade se pensarmos em uma mangueira de regar jardim. Exemplo: quando abrimos a água e deixamos a ponta da mangueira bem aberta, a água irá sair com uma certa vazão, a medida que formos tampando com o dedo a ponta da mangueira, mais longe ira cair a água, mais vazão ara na ponta da mangueira, é a mesma coisa que acontece com a altura da língua quando o ar a, quanto mais alta ela estiver, maior sera a aceleração do ar e maior será a vibração dos lábios. Mas ai entra uma duvida, quando utilizar cada sílaba? Bom cada pessoa tem uma embocadura diferente da outra, alem que a pressão exercida entre os lábio tambem são diferentes. Se avaliarmos dois trompetistas tocando a mesma nota, veremos que as pressões entre os lábios são diferentes e a velocidade de ar tambem sera, com isso a melhor forma de saber qual silaba usar é testando. Com o ar do tempo, observa-se que podemos usar mais velocidade de ar e utilizar menos pressão entre os lábios, e ar a aplicar as diferentes sílabas. Então quando estarmos os primeiros exercicios do Arban, Schlossberg, Maggio, etc… alem de tocar o exercícios, teremos que istrar e observar todos esses pequenos detalhes de execução, observando o ciclo da respiração, velocidade de ar, pressão entre lábios e as sílabas, e tambem observar a sonoridade. Tentar o máximo possível deixar a coluna de ar ter vazão constante para que o som seja bom sem oscilações de som e afinação. Como vimos os estudos de notas longas mesmo parecendo ser algo simples pode ajudar em muito na qualidade técnica do instrumentista, alem de melhorar o sistema respiratório, você estará na prática melhorando tambem a condição física da sua embocadura.
Deixe um comentário 17 março, 2008
MP3 de estudo
Estava pesquisando na net e encontrei esse site muito interessante de um trompetista que gravou alguns dos estudos mais conhecidos para trompete. Achei interessante abaixar para ouvir e comparar com o que estamos estudando. Ele sempre tem postado gravações atuais, o ultimo metodo gravado (não completo) é o Schlossberg. em o link abaixo, alem dos mp3 ele tambem comenta sobre o tipo de equipamento, bocais e microfone utilizado para as gravações. http://www.arrowbeach.com/trumpet/SITE/Recordings/Recordings.html Deixe um comentário 15 março, 2008
O som e a música Vivemos em um mundo de sons. Estamos constantemente sendo bombardeados por uma avalanche de sons misturados: vozes, músicas em elevadores, buzinas, mugidos de gado, o mar quebrando nas pedras… Dentro deste universo de sons em que vivemos, alguns conjuntos de sons são propositadamente organizados de forma artística ou como diversão. Esses conjuntos muitos particulares e organizados de sons foram por nós batizados de ―música‖. O indivíduo que organiza conjuntos de sons é chamado de ―compositor‖ ou, quando ele trabalha ou modifica uma organização se sons já existente, de ―arranjador‖. O indivíduo que produz sons de acordo com a organização estabelecida pelo compositor é o ―executante‖, o ―cantor‖, o ―instrumentista‖ etc… O conjunto de sons de um engarrafamento de trânsito não é, a princípio, música. Isso simplesmente porque ninguém (nenhum compositor) organizou os sons desse engarrafamento em particular segundo qualquer forma artística de organização e disse ―isso é música‖. Isso poderia ser feito. Um compositor poderia preparar uma partitura para buzinas, guinchos de pneus e ruídos de motor. Isto seria MÚSICA. Outro compositor poderia
gravar o ruído de um congestionamento e depois trabalhar sobre a fita gravada, remontando pedaços, remixando, até criar uma forma organizada de sons que ele pudesse chamar de música. Mesmo que um compositor simplesmente gravasse um congestionamento, deixasse o conjunto de sons intocado e dissesse ―isto é música‖, teríamos de concordar com ele. Ele escolheu uma determinada forma de organização. Voltaremos a esse ponto mais tarde. A idéia de organizar sons normalmente chamados de ―barulhos‖ em formas musicais não é nova. Muitos compositores já organizaram sons de videogame, campainhas, máquinas de escrever, bigornas e até mesmo o completo silêncio em formas musicais. A fala humana não intencionalmente musical, como o discurso de um político, foi objeto de reorganização por diversos compositores. Por outro lado, uma goteira pingando sobre as teclas de um piano não produz necessariamente música. Não importa que os sons estejam sendo produzidos por um instrumento musical. A intenção não é a de produzir música. Agora, se um compositor dadaísta espera um dia de chuva, vai até um teatro, coloca um piano sobre o palco, faz um buraco no teto deste teatro, exatamente sobre as teclas do piano, e apresenta os sons gerados pelas gotas caindo sobre as teclas como sendo música, aí sim, isto é música. Composição é somente aquilo que resulta de um trabalho de organização. Os sons de um engarrafamento podem ser música e os sons de um piano podem ser ruído. O ponto que se faz importante aqui é que não existem sons naturalmente musicais e sons não musicais. Todo o som deve ser tratado, estudado e classificado com a mesma hierarquia. Devemos estudar o som de uma flauta e o som de um canhão de igual maneira, com igual reverência e com os mesmos pesos e medidas. Ambos são sons de igual calibre e podem eventualmente ser usados como elementos de uma composição musical. Basta escutar a ―1812″ de Tchaikovsky para verificar a veracidade dessa afirmação. Evento sonoro
Consideraremos evento sonoro como sendo a menor unidade possível de som. Como exemplos de eventos sonoros temos: uma nota tocada por um piano, uma vogal falada, uma granada explodindo, um prato de bateria sendo percutido etc. Todo evento sonoro é classificado da mesma forma. Obs.: Todo evento sonoro é composto pelas mesmas quatro características ou ―parâmetros‖; duração, afinação, intensidade e timbre. A duração é o tempo que o evento sonoro dura. A afinação é a nota que efetivamente esta sendo tocada. Um Dó, por exemplo tem uma afinação diferente de um Ré. Alguns eventos sonoros são de afinação pouco definida, como, por exemplo, o prato de uma bateria ou a explosão de uma granada. A intensidade é o volume do som. Uma nota tranqüila de uma flauta doce tem uma intensidade menor que o som de um jato 747 decolando. O timbre é a característica mais difícil de ser definida. Pode-se dizer que o timbre é a ―cor‖ do som. Um saxofone tocando um Dó com uma certa intensidade durante um certo tempo, e uma flauta tocando o mesmo Dó com a mesma intensidade durante o mesmo tempo soam diferentes. Ambos são eventos sonoros diferentes em timbre, apenas. Costuma-se qualificar o timbre de um instrumento com adjetivos arbitrários. Pode-se dizer, por exemplo, que um saxofone tem um som áspero e uma flauta tem um som suave ou doce. Qualquer evento sonoro é composto desses quatro e apenas desses quatro parâmetros seja ele um som considerado musical ou não. Essas características independem umas das outras. Elas não estão ligadas de maneira alguma. Por exemplo, um som de alta intensidade não tem necessariamente uma alta afinação e vice-versa. Duração A duração é um intervalo de tempo. É o tempo entre o início e o final do evento sonoro. Poderíamos medir esse tempo em termos de segundos. Um maestro poderia dizer ao primeiro violino: toque um Si por 4.56 segundos.
Essa não é, no entanto, a maneira pela qual os músicos representam a duração de um evento sonoro. A duração de uma nota é representada, em uma partitura, por meio de uma convenção de sinais que já dura alguns séculos. Nesse tipo de notação usual, não se especifica a duração em termos absolutos. Os símbolos contidos em uma partitura jamais dizem para um músico: ―toque uma nota tal durante tantos segundos‖. Uma partitura diz ao músico: ―toque uma nota longa‖ ou ―toque uma nota com duração igual a metade da duração de uma nota longa‖ ou ―um quarto da duração‖e assim por diante. Os símbolos e as durações representadas por eles estão na Figura 1.1.
Note que esta notação representa a duração relativa entre as notas. A partir da tabela da Figura 1.1 podemos deduzir não só as relações entre a semibreve e as outras figuras mas entre as figuras entre si. Por exemplo: qual a relação entre a duração da colcheia e a da mínima? Ora, se as duas mínimas equivalem a uma semibreve e oito colcheias equivalem a uma semibreve, então quatro colcheias equivalem a uma mínima. O que é importante é que na notação tradicional da partitura, não se exprime tempo absoluto mas tempo relativo. Cada figura exprime um tempo que não tem sentido isolado mas somente em conjunto com as outras. Por isso uma partitura pode ser tocada mais lenta ou mais rapidamente. Quando uma partitura é tocada em uma velocidade diferente, a relação entre as durações das notas não muda. A notação de duração é conhecida habitualmente pelos músicos como notação rítmica. Uma combinação de diversas notas de diferentes durações sempre denota um ritmo ou padrão rítmico. Podemos representar um padrão rítmico combinando vários símbolos de duração. Veja o padrão rítmico da Figura 1.2, por exemplo. Nela estão quatro figuras rítmicas: uma semibreve seguida de duas semínimas e uma mínima.
Qual a duração que cada uma dessas quatro figuras representa? Em termos de duração relativa à semibreve, as semínimas valem um quarto da duração desta e a mínima vale metade. Vamos supor que a primeira figura (a semibreve) durasse um segundo. A segunda figura (a semínimas) duraria um quarto de segundo, pois ela vale sempre um quarto do que vale a semibreve. A terceira figura também duraria uma quarto de segundo. A quarta (a mínima) duraria meio segundo, pois sempre vale a metade da semibreve. Vamos supor, por outro lado, que resolvêssemos fazer a semibreve durar dois segundos. A duração das outras três figuras seria, respectivamente: meio segundo, meio segundo e um segundo. É claro que um músico, para tocar, não fica pensando no valor das durações em termos de segundos. O que ele pode fazer é, por exemplo, bater com o pé uma marcação fixa de tempo e pensar: o ―TOC-TOC-TOC‖ do meu pé está tocando uma porção de semínimas, uma após a outra. Tendo uma marcação rítmica fixa no pé, ele pode bater com a mão o padrão rítmico, usando o pé (as semínimas constantes) como guia. Vamos supor que o músico tenha de tocar uma semibreve com a mão. Ele sabe que cada semibreve tem uma duração igual à duração de quatro semínimas. Se ele está batendo com o pé uma porção de semínimas e a semibreve vale quatro semínimas, ele sabe que, para tocar uma semibreve com a mão, terá de tocar durante um tempo igual a quatro batidas do seu pé (as semínimas). Escrever a divisão rítmica de uma dada melodia na notação habitual de partituras não é uma tarefa trivial. Também não é trivial o contrario, ou seja, ler uma dada divisão rítmica numa partitura e tocá-la com precisão. Essas tarefas são chamadas, respectivamente, de ―Ditado Rítmico‖ e ―Solfejo Rítmico‖. Elas tomam boa parte do tempo de estudo do músico.
Como dizia anteriormente, a partitura exprime a relação de duração entre as diversas notas e não as durações absolutas. Suponhamos que haja centenas de notas em uma partitura. As durações relativas de todas elas já estão especificadas e basta que apenas UMA das durações absolutas das figuras seja especificada para que todas as outras também o sejam. Numa partitura tradicional, o valor absoluto da duração de uma figura é indicado colocando-se no alto da partitura uma marcação como a da Figura 1.3.
A figura mostra uma semínima sendo igualada ao número 60. Isto significa que, nesta partitura, a semínima vale ―1/60 de minuto‖ou um segundo. Se o número fosse igual a 80, a semínima valeria 1/80 de minuto ou 0,75 segundos. Esta marcação é conhecida como marcação de tempo ou andamento. Ora, se a semínima vale um segundo, podemos deduzir quanto valem todas as outras figuras rítmicas: a semibreve valerá 4 segundos (a semínima vale sempre um quarto dela), a mínima valerá 2 segundos etc. Na verdade, esta marcação, que aparece no alto das partituras, normalmente é usada em conjunto com um aparelho chamado Metrônomo. Este aparelho é uma espécie de ―pé automático‖. Ele faz uma porção de ruídos semelhantes a estalidos, igualmente espaçados. A duração do intervalo entre os estalos é regulável por um marcador. Sob o marcador existem números escritos. Se o instrumentista vai iniciar o estudo de uma peça que tem uma marcação de tempo como a apresentada na figura anterior, ele regula o metrônomo para o número correspondente à marcação da partitura. Ele sabe que as batidas do aparelho serão figuras iguais à figura que está sendo igualada ao número. No exemplo da figura, o instrumentista regularia o metrônomo para 60 e saberia que cada batida deste estaria representando uma semínima. Se ele quisesse tocar uma semínima, bastaria ele tocar uma duração igual à batida do metrônomo. Se quisesse tocar uma mínima, tocaria uma duração igual a duas batidas do metrônomo etc.
Afinação Na realidade, a afinação é relacionada com a freqüência da nota, mas veremos isso mais tarde, em detalhes. Vamos ver, por enquanto, como a música trata a afinação. Vamos considerar a afinação como sendo, simplesmente, o nome da nota que está sendo tocada. É o ―Dó‖, ―Mi‖ etc. Quantas afinações diferentes existem segundo a tradição musical ? A tradição musical identifica apenas doze diferentes notas musicais: Dó, Dó#, Ré, Ré#, Mi, Fá, Fá#, Sol, Sol#, Lá, Lá# e Si. Essas doze notas, arrumadas nessa ordem crescente, são chamadas de escala cromática. O símbolo # indica sustenido, ―Dó‖ é pronunciado Dó sustenido. Aqui esbarramos num problema muito sério da teoria musical: ―o problema das sete notas‖. Você deve estar pensando: mas eu sempre pensei que fossem só sete notas: Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si. Isso não é verdade. As ―sete notas musicais‖nada mais são do que um conjunto particular de sete notas muito usadas na Idade Média e que receberam seus nomes naquela época. As outras cinco notas sustenidos não receberam nenhum nome especial, apenas o sobrenome de ―sustenido‖, simplesmente por serem de pouca importância na época. A tradição, no entanto, persiste. As cinco notas banidas ainda levam o mesmo nome da nota anterior da escala acrescida de ―sustenido‖. Hoje em dia ninguém as considera ―menos importante‖que as outras. Todas as doze notas juntas compõem uma escala musical regularmente espaçada e simétrica. Não dê importância à nomenclatura medieval: aceite-a.
Então não existem as notas Mi# e Si# ? Na atual escala cromática, conhecida como temperada e que já está sendo usada há alguns séculos, elas tem a mesma afinação, respectivamente, das notas Fá e Dó. Cada uma dessas cinco notas sustenidos podem ter um segundo nome. Em vez de darmos o nome da nota anterior acrescido de ―sustenido‖, podemos dar o nome da próxima nota, acrescido de ―bemol‖ (simboliza-se ―b‖). Por exemplo: Lá# (Lá sustenido) é o mesmo que Sib (Si bemol). Na escala cromática. Dób é igual a Si e Fáb é igual a Mi. A ―distância‖ de afinação entre quaisquer duas notas consecutivas da escala cromática é a mesma e é de meio-tom. Entre o Dó e o Dó# temos uma distância de meio-tom. Entre o Mi e o Fá temos meio-tom. As distâncias entre o Dó e o Dó# e entre o Mi e o Fá soam exatamente iguais. É por isso que dissemos anteriormente que as doze notas da escala cromática formam uma escala eqüidistante e simétrica Temos na Figura 1.4, um teclado de piano com a disposição dessas notas e sua notação tradicional e de cifras.
Numa partitura tradicional, a afinação de uma nota é indicada pela altura vertical que a nota ocupa dentro do pentagrama (as cinco linhas da pauta). Temos as doze notas musicais no pentagrama da Figura 1.4. A posição de cada nota no pentagrama está indicada na figura por um ponto escuro. A técnica de notação tradicional, no pentagrama, é bastante adequada para papel pautado e lápis e a nomenclatura usual de notas (Dó, Ré etc.) é bastante adequada para a linguagem falada. No entanto, para diversos outros fins, existe uma outra notação que é mais adequada seguida do símbolo # ou b. Intensidade
A intensidade é o volume do som. Quanto mais alto o som, maior sua intensidade. Cada instrumento acústico tem sua própria gama de intensidade. Alguns tem uma gama de intensidade mais alta, sendo difícil fazer soar uma nota de voluma baixo, como o trompete, por exemplo. Outro tem uma gama de intensidade baixa, como a harpa. O controle preciso de intensidade nos instrumentos acústicos é uma arte. Os instrumentistas am anos estudando a variação da intensidade de seus próprios instrumentos, pois disso depende muito a expressividade da peça musical. Em uma partitura tradicional, a notação de intensidade é feita em termos de um conjunto de letras derivado do italiano. É habitual reconhecer os seis níveis de intensidade que estão na Figura 1.5. Na figura temos as abreviaturas e os nomes, em ordem crescente de intensidade.
Note que ―piano‖, aqui, não está indicando o instrumento piano. A palavra ―piano‖ significa, em italiano, ―suave‖, ―tranqüilo‖. O instrumento conhecido por piano se chamava, originalmente, ―piano-forte‖, exatamente por ser capaz de reproduzir tanto as intensidade ―piano‖ quanto as intensidades ―forte‖, característica rara nos instrumentos da época de sua invenção. A letra corresponde à intensidade fica acima do pentagrama e ela vale até segunda ordem. A partitura de nosso ―Marcha Soldado‖, começando ―piano‖ e terminando ―forte‖, está na Figura 1.6.
Essa notação é bastante flexível. Em algumas partituras deste século, é possível encontrarmos ppp (pianissíssimo) e e até um ou outro fff (como será que se diz isso? fortissíssissimo?), para denotar, respectivamente, um som praticamente inaudível e
outro ensurdecedor. Mas essas aberrações são raras. A notação habitual está na Figura 1.6. Timbre Como já dissemos antes, o timbre é a ―cor‖ do som. É difícil definir o conceito de timbre sem abusar de termos técnicos, mas pode-se dizer que é o timbre que dá a identificação principal de um instrumento, que nos faz dizer ―é um som de piano‖ ou ―é um som de flauta‖. Ao contrário dos outros parâmetros, o timbre está normalmente relacionado com o instrumento e não a peça de composição em si, Os outros indicam uma duração, uma afinação e uma intensidade que não depende do instrumento. O timbre é a do instrumento sob esses outros três parâmetros. Cada instrumento acústico tem um timbre fixo com pequenas variações possíveis. Um saxofone, por exemplo, já tem o timbre característico do saxofone. O saxofonista pode, no entanto, fazer com que o timbre varie um pouco variando a pressão que sua boca faz sobre a palheta. Isso faz com que o timbre fique mais ou menos ―estridente‖. Pelo fato de cada instrumento acústico ter seu próprio timbre, as partituras tradicionais não tem uma notação sistemática para esse parâmetro, que é normalmente deixado a cargo da interpretação do instrumentista. Há exceções para essa regra, como, por exemplo, a notação de ―pizzicato‖ para o violino e o texto de uma peça a ser cantada, que não deixam de ser, a rigor, apenas variações de timbre. Uma notação sistemática, no entanto, inexiste. Por outro lado, os sintetizadores e outros instrumentos eletrônicos tem um bom controle desse parâmetro. E isso não deixa de ser lógico, já que nenhum sintetizador tem um ―som próprio‖ dedicado de sua constituição física, como os instrumentos acústicos tem, ficando todo o controle do som a cargo do músico. Deixe um comentário 14 março, 2008
A familia de trompetes Arquivado em: Técnico — otrompetista @ 7:41 pm
Depois de falar sobre instrumentos transpositores, nada melhor que apresentar alguns modelos de trompetes e afinações correspondentes, pois muitas pessoas fazem confusões sobre as afinações e tambem sobre determinado tipo de trompete, por isso estarei colocando algumas fotos para ilustrar. No mercado atual, encontramos com maior facilidade os trompetes afinados em Sib (Bb) e em Dó (C), sendo os afinados em Bb mais utilizados para musica popular e os em C para musica sinfônica. Alem dos instrumentos afinados em C para uso sinfônico, temos tambem alguns afinados em Ré (D) e Mib (Eb). Este trompete pode ser encontrado dependendo o fabricante na configuração de dupla afinação (Eb/D). De uso sinfônico alem desses, temos o Cornet afinado em Bb e o Piccolo Trompete que normalmente é fabricado em dupla afinação, Sib e Lá (Bb/A). Para a musica popular, alem do trompete afinado em Bb, temos o Flugelhorn que é afinado em Bb e o Flugelhorn que utiliza 4 pistos para uso sinfônico. Lembrando que para todos os trompetes, o quarto pisto serve como uma chave de pedal de oitava, colocando o trompete 1 oitava mais grave do que o normal. Esse quarto pisto é aplicado muito no Trompete Piccolo, ja que ele soa 1 oitava a cima do trompete normal, acionamos esse quarto pisto para que ele possa soar 1 oitava abaixo, ou seja, tocar na mesma região da Tessitura que o trompete tradicional trabalha. As afinações comentadas até agora são basicamente encontradas em quase todos os fabricantes de trompete, mas tambem temos alguns trompetes com afinações exclusivas para utilizar como efeito, ou preenchimento de naipe dentro de um grupo de metais, do que conheço, apenas a Bach fabrica essas versões. Esses trompetes são: Trompete Contralto afinado em F; Sopranino em F e Sopranino em G. Alem da Bach, a Schilke fabrica Cornets afinados em C, Eb, e a Benge e a Courtois (BUFFET CRAMPON & CIA) para o Flugelhorn com opcão de 4 pistos.Segue abaixo algumas fotos para ilustrar a diferença entre os trompetes. Tambem tem uma foto do trompete de rotor, muito utilizado pela Orquestra Filarmonica de Berlin.