Linguagem Corporal Não é toda pessoa que tem facilidade para se apresentar em público. Pode dar aquele “friozinho na barriga” ou um verdadeiro “branco” na hora de proferir o discurso. Tem aqueles que ficam tão vermelhos de vergonha que até parecem que vão explodir. Algumas vezes acontece também do apresentador olhar para o público e ver o semblante de desinteresse no rosto das pessoas que o assistem. Mas o que há de errado? É possível reverter essa situação? O que deve ser feito para melhorar a apresentação? Mas com bastante treino e vontade é possível reverter esse quadro de exposições ruins e fazer boas apresentações. Para esse momento destaca-se o bom humor, o carisma e a expressão corporal como boas formas para conseguir seduzir a plateia. Além de ser bom contador de história e bem-humorado, as técnicas mais importantes para falar em público são a concatenação lógica do raciocínio (seguir uma linha lógica), a naturalidade, a emoção, a voz, o vocabulário e a expressão corporal. O orador precisa saber como iniciar, preparar, desenvolver e concluir de maneira correta suas apresentações. Deve usar a voz de forma adequada, com bom volume, boa dicção e alternar o volume da voz e a velocidade da fala para imprimir sempre um ritmo agradável e motivador. O vocabulário precisa ser apropriado às características dos ouvintes. A expressão corporal de qualidade é aquela que produz gestos que acompanham bem o ritmo e a cadência da fala, sem falta e sem exageros.
Gestos, andar, parar, movimentar-se e expressão facial. A linguagem corporal faz o estilo de um comunicador. Ele pode ser elegante, confiante, entusiasmado, expressivo, carismático ou rude, desleixado, frio, chato e inexpressivo. A linguagem corporal auxilia a comunicação oral, a prender a atenção dos ouvintes e completa as informações. Os recursos que dispomos e o impacto na comunicação são estes: Recursos corporais, vestuário e etiqueta: 50 % de impacto. Voz: 40 % de impacto. Conteúdo: 10% de impacto. Se você apresentar um ótimo visual, boas maneiras e falar com boa voz, acompanhada de entusiasmo e gesticular adequadamente, poderá impressionar uma platéia mesmo se o conteúdo da palestra não for excelente.
RECURSOS CORPORAIS: O QUE FAZER Atitude básica: plantas dos pés firmes no chão, pés ligeiramente afastados, tendo o peso do corpo igualmente distribuído entre eles, cabeça ereta, queixo paralelo ao chão. Mantenha uma postura elegante. Fique bem posicionado. Todos devem enxergá-lo. Ficar em pé da forma correta dá maior clareza à sua voz e você ganha autoconfiança. Manter o contato visual com a platéia. Gesticular para prender a atenção dos ouvintes. Movimentar-se com confiança e serenidade. Dar objetivo aos gestos. Usá-los para completar a informação oral. Praticar o uso dos gestos em sintonia com as ênfases vocais. Cuidar com cacoetes, tiques e gestos repetidos. Use as mãos para enfatizar quantidade, tamanho, direção e peso. Ensaie os gestos para ficarem espontâneos.
RECURSOS CORPORAIS: O QUE NÃO FAZER Tiques / cacoetes com mãos, braços, pernas, pés, olhos, cabeça e sobrancelhas. Excesso ou falta de gestos. Colocar as mãos nos bolsos, costas ou na frente do corpo. Segurar o pulso. Abrir muito as pernas quando parado. Cruzar os braços Cruzar as pernas em pé. Tocar o nariz, pescoço, orelha, várias vezes. Falar e ficar se movimentando nervosamente de um lado para o outro. Para falar, pare e olhe para a platéia, fale, depois movimente-se. Apoiar-se sobre uma das pernas (postura deselegante). ar imagem de arrogante (cabeça e tórax muito erguidos). ar imagem de excesso de humildade (cabeça baixa, ombros caídos). Falar com fisionomia rígida ou desanimada. Dar as costas para a audiência enquanto fala. Ficar parado num ponto por muito tempo. Ficar com uma ou as duas mãos na cintura. Apoiar-se em mesas, cadeiras, tribuna e parede. Olhar fixo para um ponto: pessoa, chão, teto. Balançar para os lados ou para frente. Coçar-se. Assoar o nariz. Ficar pendendo para um lado. Dramatização teatral: gestos muito largos ou sentimentais. Ficar arrumando o cabelo. Tentar esconder a folha de apoio para leitura. Pigarrear para melhorar a voz . Lubrifique as cordas vocais bebendo água.
Arrumar a roupa. Ex.: colocar a camisa para dentro da calça, afrouxar ou ajustar a gravata. Manias / vícios. Exemplos: tirar e colocar os óculos várias vezes. Manipular objetos como canetas, anel, gravata, pulseiras. Colocar a haste dos óculos ou caneta na boca. Andar: não ande rápido ou lento demais, demonstrará nervosismo ou entediará a platéia.
O que você achou da expressão corporal do orador na foto? (rsrsrs... eu achei que fosse uma bichona!!!)
Conforme Albert Mehrabian, professor emérito de psicologia da Universidade da Califórnia (UCLA), conduziu a partir de 1967 estudos que originaram a Teoria 7-38-55, publicada no Journal of Consulting Psychology com o título “Inference of attitudes from nonverbal communication in two channels”. O estudo indica que no processo de comunicação, somente 7% do impacto da mensagem decorre de seu conteúdo, 38% da comunicação verbal (intensidade e velocidade da voz) e 55% da linguagem não-verbal (gestos, postura, contato visual). Portanto, o sucesso da comunicação interpessoal não está naquilo que você diz, mas em como diz. Para Conquiste a atenção dos ouvintes. Olhe com atenção para a platéia, percorrendo todo o ambiente. Movimente-se para alterar o campo visual de atenção. Aproxime-se das pessoas e procure interagir com elas. Perceba os sinais emitidos, de interesse ou dispersão em sua mensagem, alterando, assim, a abordagem, seja por meio de inflexão de voz ou de mudança no foco temático. A ordem é persuadir e cativar o público. E lembre-se: os primeiros
minutos de sua exposição são fundamentais. É o momento em que as pessoas estão mais desarmadas e suscetíveis a serem conquistadas por você. Em minhas palestras, costumo aliar recursos audiovisuais a fim de ganhar a atenção dos participantes com sons e imagens que se integrem à minha voz e ao conteúdo transmitido.
“Quando falares, procura que as tuas palavras sejam melhores que o teu silêncio.” (Provérbio Indiano) Mas isso só demonstra como diz Pierre Weil: “O corpo fala.”
Videos complementares: http://www.youtube.com/watch?v=6VAjwF45dk0 http://www.youtube.com/watch?v=a1MtbWwdW_s http://www.youtube.com/watch?v=8fy2WOMxemE
Bibliografia: http://www.blogflaviopereira.com.br/oratoria-e-comunicacao/oratoria-recursoscorporais/ http://www.es.com.br/ http://www.es.com.br/informe-se/entrevistas/carreira-recursoshumanos/reinaldo-polito-desmistifica-mito-falar-em-publico-nao-e-dom-e-treino/12/ http://www.es.com.br/informe-se/carreira-e-rh/barack-obama-steve-jobssaiba-como-falar-como-um-lider/34547/ http://www.es.com.br/informe-se/artigos/como-falar-em-publico/25766/