FACULDADE INTEGRADA TIRADENTES- FITS CURSO DE PSICOLOGIA
Ana Luiza Mayara Ricardo
RELATÓRIO DO SNIFFY
Maceió 2010 Ana Luiza
Mayara Ricardo
RELATÓRIO DO SNIFFY
Relatório apresentado à disciplina Processos Psicológicos Básicos II, do curso de Psicologia da FITS- Faculdade Integrada Tiradentes, como requisito parcial para avaliação bimestral, sob a orientação da prof. Christianne Couto.
Maceió 2010 INTRODUÇÃO
A utilização de laboratórios experimentais já se tornou uma tradição no ensino de análise do comportamento. Adota-se, preferencialmente, o uso de ratos pelo fato de haver uma semelhança entre sua fisiologia e a do ser humano, além deste possuir um período de gestação curto e metabolismo acelerado. O estudo desse animal inferior permite a compreensão dos comportamentos mais primitivos dos seres humanos. No entanto, muitas são as dificuldades encontradas no manuseio deste animal (caso utilize-se um verdadeiro) como, por exemplo, ser extremamente difícil obter um ambiente sob condições perfeitamente específicas para a prática da observação, análise e previsão do comportamento, já que o rato será facilmente suscetível ao estresse. Devido a esta dificuldade, optou-se pela escolha da utilização do programa de computador Sniffy Pro, cuja finalidade é servir de material didático no tocante às práticas de análises comportamentais, mais especificamente o comportamento operante. Este programa, de fácil manuseio, ainda oferece a vantagem de economia de tempo, permite ao aluno associar conceitos básicos de análise do comportamento a experiências reais (associação de teoria a prática) e é uma forma de iniciação do estudante à forma de pensar científica e experimentalmente. Nesta primeira etapa serão abordados três níveis de condicionamento: 1) Nível Operante; 2) Treino do Comedouro; 3) Modelagem. O que designamos por Nível Operante nada mais é do que a observação do comportamento do rato virtual sem qualquer interferência, ou seja, é a observação do comportamento instintivo do rato. O Treino do Comedouro são os primeiros os do condicionamento do Sniffy. O objetivo aqui é fazer com que ele associe o barulho feito pelo pressionamento da barra ao local onde sairá a comida. Já na Modelagem condicionaremos o Sniffy para que ele próprio e a pressionar a barra para que saia a comida. Logo mais serão descritas as reações do Sniffy durante as etapas do condicionamento. OBJETIVO Observar, analisar e controlar o comportamento do Sniffy em um dado período de tempo e em níveis específicos, associando o condicionamento deste rato com o dos seres humanos. MÉTODOS A observação deverá ser realizada em dupla. Nível Operante
1. Abrir o programa Sniffy Pro; 2. Selecionar no menu Experiment o item “Design Operant Experiment”; 3. Alterar o tipo “continuous” selecionado para “Extinction”;
4. Clicar no botão ok; 5. Uma vez iniciada a sessão, um dos componentes da dupla observará durante 15
minutos os comportamentos do Sniffy e ditará para o companheiro; 6. O outro integrante anotará o que estará sendo ditado na Tabela 1 (olhar anexos), tendo
em vista que deverá ser dividido minuto a minuto - para facilitar a anotação utilizamse as iniciais de cada comportamento (olhar anexos- exemplos de iniciais de comportamento); 7. Encerrar a sessão clicando no menu File, em seguida Save As e escolher o local que quer que seja salvo a sessão; 8. Após salvar, clicar novamente no menu File e em seguida Exit. Treino do Comedouro 1. Abrir a sessão salva na última aula; 2. Clicar no menu “Experiment” e selecionar a opção “Design Operant Experiment”;
3. Alterar o tipo “Extinction” para o tipo “Continuous”; 4. Clicar no menu “windows”, em seguida “mind Windows” e “operant association”- que dará origem a um gráfico; 5. Uma vez iniciada a sessão, um dos integrantes ficará pressionando a barra para liberar
a comida toda vez que o Sniffy se aproximar; 6. Quando ele estiver comendo essa pelota liberada, pressionar a barra suscetivamente para tentar fazer com que ele não saia do comedouro; 7. Depois de aproximadamente 15 pelotas de comida liberada, deixar que o sniffy volte a andar um pouco; 8. Repetir o esquema acima descrito; 9. O outro integrante anotará os comportamentos do rato na tabela 2 (olhar anexos);
10. Encerrar a sessão clicando no menu “File” em seguida Save As e escolher o local que quer que seja salvo a sessão; 11. Após salvar, clicar novamente no menu File e em seguida Exit. Modelagem 1. Abrir a sessão salva na última aula; 2. Clicar no menu ““Experiment” e selecionar a opção “Design Operant Experiment”; 3. Alterar de “No Reinforcement” para “Bar Press”;
4. Um dos integrantes ficará responsável pelo pressionamento da barra e o outro pelas
anotações dos comportamentos na tabela 2 (anexos); 5. Estando o Sniffy já condicionado a associar o barulho emitido pela barra a ser
pressionada a obtenção de comida, inicie dando algumas pelotas de comida a ele; 6. Agora, pressione a barra somente quando ele estiver em pé; 7. Vá condicionando o sniffy de forma que ele fique em pé cada vez mais próximo da
barra; 8. Com o tempo ele ará a pressionar sozinho a barra; 9. Encerrar a sessão clicando no menu “File” em seguida Save As e escolher o local que quer que seja salvo a sessão; 10. Após salvar, clicar novamente no menu File e em seguida Exit. RESULTADOS Nível Operante As observações feitas nesta sessão estão descritas na tabela abaixo, sendo quantificados os comportamentos do Sniffy minuto a minuto da observação: Tempo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 Freqüência
Farejar 10 6 3 1 3 5 4 6 9 5 7 8 7 3 7 84
Andar 4 2 1 4 2 6 5 7 4 7 7 8 8 8 7 80
Coçar 6 7 3 2 2 5 0 4 3 6 3 5 4 5 2 57
Levantar 1 2 1 1 4 6 4 2 3 3 2 3 2 4 5 43
Parar 1 1 3 2 6 5 1 3 7 10 7 7 11 7 3 74
Virar 2 4 2 0 6 8 3 8 5 9 9 8 5 7 5 81
PB 0 0 0 0 1 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 1
Beber 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1
(total) Taxa de
5,6
5,33
3,8
2,86
4,93
534
0,66...
0,66...
Resposta
Desta tabela podemos elaborar o gráfico onde está expressa a taxa de resposta do Sniffy sem qualquer condicionamento: Figura 1. Taxa de resposta apresentadas pelo Sniffy durante 15 minutos no Nível Operante
Treino do comedouro:
Os comportamentos observados nesta outra etapa do condicionamento estão descritos na tabela abaixo: COMPORTAMENTOS
Pelotas de comida
OBS
liberadas
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
F/V/L/A/F/A/C/A (se aproximou da barra)
9
C/P/C/P/C/A(bebedouro)
4
V/P/V/C/A/A/A/A(se afastou da barra)/F/L/V
0
A/A/A/A/F/C/F/C/F/P
0
A/A/A(se aproximou da barra)
7
C...
11
(se afastou da barra)
0
V/C/V/A/V/A/V/A/L/F/L/C/A
0
C/F/C/F/V/F/V/V/V/A/A/A(se aproximou da barra)
7
C...
11
C... (ia se afastar, liberei pelota, voltou...)
21
(ia se afastar, liberei pelota, voltou...)
6
A(se afastou, liberei pelota, se aproximou)C/V/C/V
16
C...
12
L/C/P/C/V/
6
PB
PB (3)
Obs.: Continuamos até o sound food ficar no ponto máximo. Durou mais de 15 minutos.
Desta tabela obtemos o seguinte gráfico:
Figura 2. Taxa de resposta apresentadas pelo Sniffy durante 15 minutos no Treino do Comedouro
Modelagem: Os comportamento do Sniffy nesta etapa do condicionamento pode ser visualizado na tabela seguinte: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
COMPORTAMENTOS Se aproximou da barra (se afastou e se aproximou da barra) Farejou a barra Farejou a barra (se afastou, se aproximou, se levantou) Farejou a barra (pressionou) Se levantou perto da barra Se levantou perto do bebedouro Se levantou perto da barra Se levantou diante da barra Se levantou diante da barra Se levantou diante da barra Farejou a barra (pressionou) Pressionou a barra Farejou a barra (pressionou)
CONCLUSÃO
Pelotas de comida liberadas 13 6 16 11 14 11 13 3 14 12 8 11 5 8 8
OBS
Este experimento foi a primeira forma de vivenciarmos a Psicologia como uma ciência experimental. Aqui observamos que é possível condicionar pouco a pouco o comportamento do rato para que este ofereça as respostas que desejamos. Isto é facilmente visualizado através dos gráficos, pois percebemos a mudança significativa na taxa de freqüência do nível operante (onde o sniffy agia de forma espontânea, sem nenhuma espécie de estímulo) e no treino do comedouro (onde ele ou, com o tempo, a associar o barulho emitido ao pressionarmos a barra com a liberação de comida). Outra forma também de provar esse condicionamento é o fato de que no início o Sniffy realizava inúmeros comportamentos e andava constantemente por toda a extensão da caixa, já na etapa da modelagem permanecia próximo a barra e tinha uma menor freqüência de mudanças de comportamentos. REFERÊNCIAS Apostila do Sniffy fornecida pela professora Christianne Couto. Karlla Patrícia. Por que o rato é usado como cobaia em experiências? Disponível em: < http://diariodebiologia.com/2010/01/por-que-o-rato-e-usado-como-cobaia-em-experiencias/> ado em: 19 de setembro de 2010. LOPES, Manuela G.; MIRANDA, Rodrigo L.; NASCIMENTO, Silvania S. do; CIRINO, Sérgio D. Discutindo o uso do laboratório de análise do comportamento no ensino de psicologia. Disponível em:
ado em: 19 de setembro de 2010. ZICARDI, Érika; CLEMENTINO, Anna Clara. Utilização Do Programa Sniffy Pro X Laboratório Didático Com Animais Vivos: Comparação Dos Relatos De Estudantes. Disponível em: < http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2009/anais/arquivos/0257_0038_01.pdf > ado em: 19 de setembro de 2010. http://alunos.di.ubi.pt/~a14676/psicologia/condicionamento.pdf
ANEXOS
LEGENDAS F A
COMPORTAMENTOS Farejar Andar
DESCRIÇÃO Cheirar o ambiente Mover-se apoiado nas quatro patas em qualquer
C
Coçar
direção Coçar qualquer patê do corpo com a língua, dentes
L
Levantar
ou patas Permanecer sobre as duas patas traseiras
P
Parar
Ficar parado por mais de 2 segundos em qualquer
V PB B
Virar Pressão à barra Beber água
parte da caixa Dar um giro de 180 graus sobre o próprio corpo Erguer-se nas patas traseiras e pressionar a barra Lamber o bico do bebedouro
Exemplos de iniciais de comportamentos
Tempo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 Freqüência
Farejar
Andar
Coçar
Levantar
Parar
Virar
PB
Beber
(total) Taxa de Resposta Tabela 1: Nível Operante
COMPORTAMENTOS
Pelotas de comida liberadas
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 Tabela 2: Folha de registro para o Treino do comedouro e Modelagem
OBS