Anestesicos Gerais 212t59

ANESTÉSICOS GERAIS Medicina Veterinária maio/ 2010

Abolição da dor

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Ópio, bebidas alcoólicas, maconha, haxixe... Contenção física Éter e óxido nitroso Agentes inalatórios : explosivos, inflamáveis e responsáveis por altas taxas de mortalidade Halotano (1950)

Anestesia Geral

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Hipnose, com perda da consciência Analgesia Ausência de resposta autonômica frente a estimulo nociceptivo Relaxamento muscular

Estágios Clínicos da Anestesia Geral ●

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I – Analgesia – da istração do AG até perda da consciência. Atividade motora e reflexos presentes. II – Delírio – respiração irregular e espástica, ando para regular e automática aumento da atividade motora e tonus muscular III – Anestesia cirúrgica IV – Paralisia respiratória

AG por inalação ideal ●

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Inerte, não inflamável, não explosivo, baixo pe, estável na presença de luz e metais, líquido de odor agradável Rápida indução e recuperação. Não irritar os tecidos Depressão reversivel do SNC, analgesia com relaxamento muscular, mínima depressão respiratória, não ser convulsivante Sem efeitos cardiovasculares, sem toxicidade hepática e renal, tecidos e sem metabolitos tóxicos

Estado de Anestesia Geral

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Uso sistêmico de várias substâncias que apresentam efeito inibitório no SNC Injeção intravenosa ou inalação de gases ou líquidos voláteis Agentes de indução causam anestesia e a manutenção é feita por inalação Infusões intravenosas contínuas Inalantes como agente de indução

AG inalatórios ●

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Óxido nitroso, halotano, enflurano, isoflurano Sevoflurano, desflurano

Farmacocinética ●

O processo farmacocinético depende principalmente: - da solubilidade do fármaco - ventilação pulmonar - débito cardíaco

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Absorção – ar alveolar, sangue alveolar, SNC

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Metabolização – fígado, pulmão, rins, intestino (oxidases de função mista - halogenados)

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Excreção – pulmonar (inalterado)

Halotano ● ● ●

70% excretado na forma inalterada Indução enzimática Interação com cimetidina (inibe metabolização)

Enflurano 80% excretado na forma inalterada interação com fenobarbital, isoniazida

Isoflurano ●

Apenas 0,2% é metabolizado

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Ausência de toxicidade renal ou tóxica

Sevoflurano ●

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Apenas 5% é metabolizado, gerando fluoretos inorgânicos rapidamente excretados Ausência de toxicidade renal ou hepática

Mecanismo de Ação ●

Teorias Clássicas - teoria da lipossolubilidade – relação entre lipossolubilidade e potência anestésica hipnose – concentração de lipídios na membrana celular - teoria coloidal – AG promoveria coagulação reversivel dos colóides da membrana - teoria da permeabilidade celular – alteração na permeabilidade da membrana a íons

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Teorias Modernas - teoria dos hidratos – AG formaria complexos com a água próxima da membrana - teoria bioquímica – AG reduz consumo de O2 - teoria da expansão das membranas AG se ligaria na porção hdrofóbica das proteínas, alterando sua conformação

Efeitos Farmacológicos SNC ●

Potentes depressores, produzem anestesia com analgesia leve

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Reduzem metabolismo cerebral

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Aumento do fluxo sanguíneo cerebral (óxido nitroso – pouco potente, usado em associação com halotano em pequenos animais nas cirurgias de longa duração)

Efeitos Farmacológicos ●

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Sistema Cárdio vascular – alteração depende: dose, ventilação, tempo de anestesia, volemia e associação com outros agentes Óxido nítrico- pouco afeta o SCV, ação adrenérgica moderada Halotano, enflurano – deprimem o débito cardíaco Sevoflurano – aumenta frequência cardíaca em cães. Diminui a pressão arterial, débito cardíaco e volume sistólico em equinos

Efeitos Farmacológicos ● ●

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Sistema Respiratório – depressão Sistema Neuro Muscular – halotano relaxa musculatura esquelética e uterina Fígado - o óxido nitroso não interfere no fígado e nos rins Halotano induziria lesões hepáticas (rara em cavalos, cães e ovelhas)

Usos dos AG Inalatórios ●

Pouco utilizados no Brasil

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Não há previsão de duração da cirurgia

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Uso dos AG Injetáveis desaconselhável

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Permitem associação com todos agentes utilizados como medicação pré anestésica São istrados com oxigênio Os AG Injetáveis apresentam período de ação curto, não são analgésicos, biotransformados pelo fígado e excretados pelo rim

Halotano ●

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Mais utilizado, pequenos e grandes animais custo ível Principais riscos: hipotensão ( em cavalos pode estar associada à miopatia pós operatória e recuperação anestésica tardia) Pressão arterial deve ser monitorada e controlada com vasoativos

Enflurano ●

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Efeitos cardiovasculares semelhantes ao halotano Pequena ação arritmogênica, sem hepatotoxicidade Indução e recuperação anestésicas mais rápidas

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Usado em pequenos animais e silvestres

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Contra indicada em equinos (mioclonias)

Isoflurano ●

Indicado para pacientes com hepato ou nefropatia, neonatos, gravemente enfermos

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Indução e recuperação anestésica rápidas

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Utilizado em todas as espécies animais

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Custo elevado

Desflurano ●

Muito volátil, necessita vaporizador especial

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Pouco utilizado em animais

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Elevado custo

Sevoflurano ●

Bastante utilizado em animais

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Rápida indução e recuperação anestésicas

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Indicado para pacientes que o uso de AG injetáveis é desaconselhável

Anestésicos Gerais Injetáveis ●

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Hidrato de cloral: oral, retal e venosa associado ao sulfato de magnésio ( recuperação anestésica longa, fenômenos excitatórios e depressão respiratória) Derivados do ácido barbitúrico (pentobarbital -pequenos animais e tiopental – grandes e pequenos animais) Quetamida – pequena depressão respiratória e analgesia, usado em animais silvestres e domésticos (grandes e pequenos)

Classificação ●

BARBITÚRICOS Tiobarbitúricos – tiaminal, tiopental Oxibarbitúricos – metohexital, pentobarbital IMIDAZÓLICOS

etomidato

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ALQUIL FENÓIS

propofol

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FENICICLIDINA

quetamida, tiletamida

BARBITÚRICOS ● ●

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Muito utilizado em medicina veterinária Pentobarbital – usado em animais de laboratório Fenobarbital e barbital - anticonvulsivantes

Classificação dos Barbitúricos ●

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Ação longa (6-12 hs) barbital fenobarbital Curta (1-2 hs) pentobarbital Ultracurta (10 a 20 min) tiamilal meto hexital

Farmacocinética ● ●

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Uso venoso em medicina veterinária istração perivascular causa inflamação, dor e necrose tecitual Ligam-se a albumina (70 a 85%). Esta ligação é diminuída na acidose, uremia e hipoalbuminemia

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Metabolizado no fígado

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Excretado pelo rim

Mecanismo de Ação ●

Potentes hipnóticos, depressores dose dependente do SNC

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Sedação, sono, anestesia geral, depressão bulbar

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Alteram a condutividade de diversos íons

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Potencializam a transmissão GABAérgica (aumentam a condutância ao cloreto, hiperpolarizam a membrana, reduzindo a atividade elétrica do SNC)

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Ação periférica: diminuem ligação e seletividade da ACH na placa motora, causando relaxamento muscular

Usos terapêuticos / efeitos tóxicos ●

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No Brasil: tiopental e pentobarbital são usados em anestesia Pentobarbital – não se usa em grandes animais (risco de depressão respiratória, e recuperação tempestuosa) usado experimentalmente em cães e animais de laboratório (intraperitonial) Barbitúricos associados a medicação pré anestésica (fenotiazínicos, benzodiazepínicos)

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Tiopental – após 10-20 seg:perda da consciência, relaxamento muscular adequado Em pequenos animais, faz-se 1/3 da dose e após 15-30 segundos a dose restante lentamente Em equinos que receberam fenotiazínicos e éter como medicação pré anestésica, faz-se istração rápida Cães normovolêmicos apresentam taquicardia, aumento da pressão arterial e do débito cardíaco. Em equinos, queda da PA, do retorno venoso e do inotropismo quando usado em doses excessivas.

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Pouca interferência nas contrações uterinas, atravessam a placenta Não são recomendados como indutores de anestesia nas cesarianas ou no final da prenhez.

Imidazólicos = etomidato ●

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Potente hipnótico, sem propriedades analgésicas Farmacocinética: istração venosa, 75% de ligação a albumina metabolização hepática excreção renal

Mecanismo de Ação

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Pode modular a neurotransmissão GABAérgica Potencializam os efeitos do GABA, prolongando o tempo de abertura do canal de cloro e Parece aumentar o número de receptores GABA disponíveis

Usos terapêuticos/efeitos tóxicos ● ● ●

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Efeito de curta duração (10-15 min) Relaxamento muscular, sem ação analgésica Indicado para pacientes cardiopatas, não altera o ritmo cardíaco, não diminui a pressão arterial, não produz redução na resistência vascular periférica, não deprime a contratilidade do miocárdio Indicado em neurocirurgias – reduz fluxo sanguíneo cerebral, o metabolismo e pressão intracraniana

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Dor no local de aplicação Mioclonias – pode durar todo período da anestesia (associa-se miorrelaxantes diazepan) Excitação Vômitos – em cães deve-se associar metoclopramida

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Doses clínicas em cães pode ocorrer aumento da frequência respiratória e redução do volume corrente Doses elevadas podem levar a acidose respiratória Não utilizado em equinos e ruminantes Usos a cães cardiopatas

ALQUIL FENÓIS / Propofol ●

Farmacocinética: istrado por via venosa, elevada ligação as proteínas plasmáticas metabolização hepática e excreção renal (gatos apresentam deficiências na metabolização)

Mecanismo de Ação ●

Potencializa a ação GABAérgica, aumentando a condutância ao cloreto, promovendo a hiperpolarização da célula

Usos terapêuticos/ efeitos tóxicos ●

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AG de ação curta, sem propriedades analgésicas e com leve ação relaxante muscular Usado em injeção contínua ou doses repetidas Associação com sedativos na pré anestesia abole efeitos excitatórios Usado em pequenos e grandes animais Elevado custo

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Produz diminuição da resistência vascular periférica, produzindo hipotensão mais severa que o tiopental Depressão respiratória Funções hepática e renal pouco alteradas Atravessa placenta, não são teratogênicos mas produzem depressão fetal dose dependente

Derivados da Fenciclidina ● ● ●

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O uso venoso e muscular Elevada margem de segurança Usados em muitas espécies de animais domésticos e silvestres Quetamida e Tiletamida Analgésicos, não produzem relaxamento muscular

Farmacocinética ● ●

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Quetamida Usada por via venosa e muscular (reação dolorosa) Rápido início de ação Metabolização hepática, metabólitos ativos Excreção renal Atravessa placenta

Farmacocinética ● ●

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Tiletamida: Uso via venosa ou muscular associado ao zolazepan Metabolização hepática Excreção renal

Mecanismo de Ação ●

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Ações no SNC não são totalmente conhecidas Bloqueio de receptores muscarínicos centrais Potencializam os efeitos inibitórios do GABA Bloqueio da transmissão neuronal de serotonina, dopamina e noradrenalina Bloqueio de receptores glutamatérgicos NMDA, ação analgésica em baixas doses Diminui o limiar convulsivo em ratos e camundongos

FIM !