UFRA – Universidade Federal Rural da Amazônia ISPA – Instituto Saúde e Produção Animal Eixo Temático Farmacologia e Química Aplicada 11/04/2011 Equipe 2 – Erika Lima – 20103027
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Daniele Góes – 20103020
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Dayanne Câmara – 20103022
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Henrique Rocha – 20103062
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INTRODUÇÃO Foram demonstrados apenas vias de o parenteral, segundo a Profª. Glaucia essa é a via de uso mais freqüente e comum na clínica de pequenos animais, contudo também são usados a via oral e retal, essa ultima mais utilizada em filhotes, devido a sua constituição física que dificultam o o por agulhas, tanto intramuscular quanto endovenoso. Nas vias demonstradas pela professora estão a intravenosa, intramuscular, subcutânea e intradérmica.
Figura 1 – demonstração das diferentes vias e seus respectivos locais de aplicação.
1- Via intravenosa (IV) – é istrada através de agulhas, scalps e cateteres conjuntamente a seringas, para injetar diretamente na corrente sanguínea fármacos, vacinas e hemoderivados em veias periféricas (veia jugular, veia marginal da orelha e cava-cranial, veia radial, femural e tarsal) Uma característica muito importante dessa via é que as substâncias não são absorvidas, portanto não há velocidade de absorção, pois como o medicamento cai diretamente na corrente sanguínea, é questão de segundos para que o princípio ativo atinja o tecido-alvo, fazendo assim com que seja uma das vias de menor período de latência, ou seja, o efeito da droga é muito rápido, sendo muito importante o conhecimento da velocidade adequada da istração para evitar possíveis choques e ou necroses e destruição de tecidos.
Os medicamentos usados devem sempre apresentar-se em soluções hidrossolúveis, e estéreis, a fim de evitar embolias (substâncias gordurosas) e infecções, para esse último é fundamental a boa assepsia do local da perfuração da agulha ou do cateter com álcool iodado ou álcool 70%, e a prévia retirada de pêlos. As agulhas e cateteres devem ter seus calibres escolhidos de acordo com o porte físico do animal, e lembrando que as agulhas são melhores para istração mais rápidas que os cateteres, já que pela sua rigidez não permitem que o animal se mova com tanta amplitude quanto o cateter que é de material plástico maleável, que permite que com os movimentos essa ponta plástica se acomode anatomicamente as veias e diminuam consideravelmente as chances de ocorrer um rompimento da veia e ocasione lesões nos tecidos próximos.
Figura 2 – diferentes calibres de agulhas. As cores são padronizadas de acordo com sua especificação.
Figura 3 – cateteres
Figura 4 –scalps
Figura 5 - seringas
Figuras 3,4 e 5 mostram as diferenças entre cateteres, scalps e seringas, como as agulhas possuem coloração padronizada.
Figura 6 – alguns aplicadores de uso em grandes animais.
2-Via Intramuscular (IM) – é a via onde se istra fármacos diretamente dentro de músculos esqueléticos (músculos da coxa ou tábua do pescoço), onde o medicamento fica armazenado profundamente e é absorvido rapidamente pelo tecido, é uma via de rápida absorção, porém, essa velocidade é inferior a via intravenosa. A principal vantagem dessa via é a de poder ser istrado fármacos de base oleosa que não podem ser injetados pela via IV, já que causaria embolia, os cuidados com a assepsia devem ser os mesmos da via IV, e as soluções também devem ser estéreis, por outro lado essa via apresenta como desvantagem a quantia de medicamento que pode ser injetado de uma só vez num mesmo local, podem ocorrer dor local e lesões musculares se aplicadas de forma errada ou em grandes quantidades. 3-Via Subcutânea (SC) – é a via de menor velocidade das aqui citadas, sua aplicação consiste em injetar pequenos volumes debaixo da pele (dorso lateral do pescoço, ombro e flancos do animal), apresenta como uma grande vantagem a absorção relativamente lenta e contínua do medicamento, sendo possível também a aplicação de fármacos com bases oleosas e implantes sólidos de absorção lenta, pode ocorrer sensibilização local (alergias) dor e necrose dos tecidos locais, é feita com a utilização de agulhas e seringas. 4-Via Intradérmica (ID) – feita com o auxilio de uma agulha, na qual a agulha deve injetar entre a derme e a epiderme e feita em pequenos volumes, dificilmente ultraando 0,5 ml. Seu uso é muito , principalmente para teste de sensibilidades alérgicas e botões anestésicos, o teste para tuberculose é um bom exemplo disso.
*Vale ressaltar, que não importa qual dessas vias forem utilizadas, é necessário esclarecer que o material de aplicação, como agulhas, cateteres e scalps, são de uso único, ou seja, não devem ser utilizados em mais que um animal, sendo descartado após o uso, não sendo aconselhável a esterilização ou limpeza para próximo uso, para fim de evitar infecções e contaminações por doenças principalmente em animais que já apresentam um estado de imunidade afetado, em caso de animais de campo em que se usam pistolas de injeção, que vários animais são aplicados com a mesma agulha, deve-se atentar para o máximo de 10 animais por agulha, sendo a mesma trocada após essa quantia ou quando essa agulha entortar. E não menos importante é o descarte desse material, que deve ser feito em caixas de papelão revestidas de sacos plásticos, que por fora devem ter identificação de material perfuro cortante e de perigo biológico (descartex) que deve ser recolhido por empresa especializada que dará o fim correto para esse tipo de material (descontaminação e incineração).
Fig. 7 – “descartex” de papelão revestido internamente de saco plástico, todos devidamente identificados como descarte de material perfuro cortante e perigo biológico.
PROCEDIMENTOS PRÁTICOS
O primeiro procedimento a ser tomado é conter o animal para que não haja complicações durante todo o procedimento médico. O uso de focinheiras é fundamental, para que o animal em caso de estranhamento, não venha a morder o veterinário, e uso de amarras ou contenção física para que o animal não se movimente bruscamente e venha a causar algum acidente no local da aplicação ou até mesmo ao aplicador do medicamento, o mais usual é pedir o auxílio do proprietário na contenção do seu animal em caso de procedimentos mais simples. Todas essas práticas devem levar em consideração o comportamento e o porte físico do animal.
1 – Endovenosa – A primeira coisa demonstrada pela profª. Glaucia nessa via foi o como dito acima, a contenção do animal em cima da mesa de procedimento, foi colocado uma focinheira compatível com o tamanho do animal, mesmo o animal sendo dócil, em seguida o animal foi deitado lateralmente, com o auxilio dos presentes uma pessoa segurou o pescoço, outro segurou em seu dorso e um último segurou sua anca, com o animal bem contido e impedido de realizar movimentos que pudessem causar acidentes com a agulha os procedimentos foram iniciados. Em um segundo momento ela demonstrou a necessidade de escolher a veia, no caso foi utilizada a veia tarsal devido sua boa calibrosidade no animal em questão, fez-se a assepsia local com álcool 70%, não foi feita a raspagem do local por ser apenas uma demonstração, e com o auxilio da mão como torniquete pressionou-se um pouco acima da região escolhida para a aplicação, afim de que a veia inchasse e ganhasse mais um pouco de calibre, isso é necessário por dois motivos básicos, fica mais fácil de aplicar e porque também o fármaco fluíra com mais facilidade, diminuindo uma possível dor pela ação irritativa do medicamento, após isso em uma angulação de 45° inseriu-se a agulha ou cateter devagar e com cuidado para que não houvesse transfixação da veia, fez-se a sucção da agulha e constatouse o o ao vaso quando verificou a entrada de sangue na seringa, isso é importante para ter certeza de que se atingiu o interior do vaso, e de que o medicamento não vai ser injetado em algum tecido adjacente, já que isso poderia significar dor para o animal e desperdício do medicamento que não faria a ação esperada e ate uma possível lesão ou necrose tecidual local, depois disso com uma velocidade moderada aplicou-se o soro fisiológico glicosado 0,9% utilizado para simular o medicamento.
2 – Intramuscular – após a primeira demonstração o animal foi mudado de posição, ele ficou apoiado sobre suas quatro patas, após isso adotou-se a posição de contenção, uma pessoa segurou em seu pescoço e cabeça, uma segunda segurou em sua região lombar, o aplicador imobilizou um dos membros posteriores, elevando um pouco da mesa e comprimindo a região tarsal contra a região tibial, fazendo com que essa pata ficasse em uma posição boa para o procedimento, o músculo escolhido para a ocasião foi o da coxa, fez-se a assepsia com álcool 70% e inseriu-se a agulha em um ângulo de 90º em relação ao membro, após isso fez-se a aspiração, agora para certificar-se de que não houve o a nenhum vaso, pois os medicamentos para a via intramuscular normalmente são incompatíveis com a via intravenosa, pois podem apresentar toxicidade ou ocasionar embolias em caso de medicamentos de bases oleosas, teve-se cuidado de fazer a aplicação devagar e em pequena quantidade para causar o mínimo de dor e para não ocasionar nenhuma lesão muscular, novamente no lugar de fármacos foi utilizado apenas soro fisiológico glicosado 0,9%, apenas um pequeno detalhe que é bom ressaltar, nesse procedimento, a escolha dos músculos das coxas leva a atenção do aplicador a tomar cuidado para não atingir o nervo ciático, pois se isso ocorrer e ocasionar-lhe alguma lesão pode levar ao animal paralisia do membro ou sua ataxia.
3 – Subcutânea – nesse momento foi feita a troca de animal, pois o primeiro já encontrava-se em grande estresse, e para poupar-lhe foi feita sua substituição. O animal igualmente o anterior foi colocado uma focinheira e deitado sobre sua lateral, foi feita sua contenção igual no primeiro procedimento (Via IV), após isso se executou a assepsia local com álcool 70%, a região escolhida foi a lateral da coxa, na Via SC puxa-se a pele do animal formando um triangulo, a agulha é inserida no ângulo superior desse triangulo levemente inclinada para baixo, faz-se a aspiração para certificar-se de não ter tido o com nenhum vaso pelos mesmos motivos da Via IM, e foi injetado o soro fisiológico glicosado 0,9%, devagar e em pequenas quantias, para evitar qualquer dano tecidual e dor local. 4 – Intradérmica – com o animal igualmente contido na Via SC, inseriu-se a agulha com muito cuidado para que essa não ultraa-se a pele e atingisse a Via SC, essa é justamente a maior dificuldade nesse procedimento, já que é necessário uma certa destreza para que atinja-se o local desejado, após a certificação de estar a agulha no local correto, aplicou-se em pequena quantia o soro fisiológico glicosado 0,9%, após isso foi observado o “botão” característico quando se usa essa via.
BIBLIOGRÀFIA CONSULTADA Livreto – Manual Veterinário de Colheita e Envio de Amostras – Organização Pan-Americana Da Saúde – OMS – 1ª edição 2010.
Sítio – <www.canilvonborghen.com/anatomia.htm> ado em 5 de abril de 2011. Sítio – < http://www.injectaveis.com/vias_istracao.html> ado em 5 de abril de 2011.
Fig. 1 -
ado em 5 de abril de 2011. Fig. 2 - Manual Veterinário de Colheita e Envio de Amostras – Organização Pan-Americana Da Saúde – OMS – 1ª edição 2010. – pag. 47 Fig. 3 -
ado em 5 de abril de 2011 Fig. 4 -
ado em 5 de abril de 2011 Fig. 5 - <www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.agroales.com.br/media/catalog/product/cache > ado em 5 de abril de 2011 Fig. 6 - <www.faulhaber.ind.br/vet4.htm> ado em 5 de abril de 2011 Fig.7 – adaptado do Manual Veterinário de Colheita e Envio de Amostras – Organização PanAmericana Da Saúde – OMS – 1ª edição 2010. – pags. 22 e 23.