Disciplina: História da Arquitetura e do Urbanismo no Brasil I Fase: 2ª Data: 28/03/11 Aluno:
Le Corbusier, cujo nome verdadeiro era Charles-Edouard Jeanneret nasceu em 6 de outubro de 1887 em La Chaux-de-Fonds, Suíça. Precocemente mostrou um grande talento para o desenho, de modo que aos 14 catorze anos foi colocado na Escola de Arte de La Chaux-de-Fonds, escola fundada no século XIX, em especial para a formação de gravadores e trabalhadores da indústria de relógios. Aos 18 anos, pediram-lhe que construísse uma casa para um membro do comité da direção da Escola de Arte. Com os seus honorários, Charles-Edouard Jeanneret começou um percurso que o levou para a Itália, para Budapeste e Viena, onde conheceu, entre outros, Josef Hoffmann que no momento era o diretor das Oficinas de Arte de Viena. Em fevereiro 1908, contando com seus 20 anos, o rapaz foi pela primeira vez à Paris, onde ou uma longa temporada. Conheceu alí Auguste Perret, com quem trabalhou por quinze meses como um arquiteto, então, a Escola de Arte em La Chaux-deFonds, foi contratado para realizar, de abril de 1910 a maio de 1911, uma viagem para a Alemanha, para que assim pudesse estudar o movimento das artes aplicadas nesse país. Reuniu suas observações em um relatório oficial em La Chaux-de-Fonds em 1911. Em 1910, o jovem Jeanneret conhece Peter Behrens em Berlim, com que trabalhara há cinco meses, em seguida, ou um tempo com Heinrich Tessenow en Hellerau, Dresden. Depois de permanecer na Alemanha, realiza com Auguste Klipstein, um famoso antiquário de Berna, uma viagem de sete meses para os Balcãs, Hungria, Roménia, e depois vai para a Bulgária, Istambul, Atenas e Roma. Depois de estabelecer em alguns anos a sua cidade natal, La Chaux-de-Fonds, onde L’Eplatenier pediu para que ele ficasse a frente de alguns cursos da Escola de Arte. Mas a vida e um quadro bastante estreito em La Chaux-de-Fonds e não poderiam segurá-lo por muito tempo, pois em 1917
na idade de 30 anos, instalou-se definitivamente em Paris. Aonde viveu lá por dezessete anos na rua Jacob, em seguida, mudou-se para a rua Nunguesser em Coli. Em Paris, pintou seus primeiros quadros, e, um de 1918, apresentado pela primeira vez com Amédée Ozefant (pintor cubista francês) na Galeria Thomas. Um pouco mais tarde, Après le Cubisme (após o cubismo), manifesto do qual Ozefant e Le Corbusier formulam sua concepção de arte contemporânea. A revista ―Esprit Nouveau‖ é fundada em colaboração com Paul Dermée; o primeiro número aparece em 15 de outubro de 1920. A ativa colaboração de Le Corbusier pela revista se manifesta por grande números de artigos sobre arte e arquitetura, que formam a base de publicações que apareceriam mais tarde na casa Crès. A composição e a apresentação gráfica desses cadernos – realizados em grande parte por Le Corbusier, assim como suas publicações posteriores – ainda hoje continuam sendo exemplar. Em 1922, em parceria com seu primo, Pierre Jeanneret então começou uma luta – que duraria décadas – por uma arquitetura que seria a expressão do nosso tempo e não um plágio de culturas adas. Le Corbusier reuniu em torno dele, em seu estúdio na Rua de Sèvres, jovens de todas as nacionalidades, muitos dos quais estão agora entre os melhores arquitetos de seus países. Seus estudos de arquitetura e urbanismo foram apresentados em seu ―Plano para
uma cidade contemporânea de 3 milhões de
habitantes‖, que contém todos os elementos do desenvolvimento urbano moderno, a separação de habitações e de circulação, alojamento e locais de trabalho, construção de casas em meio a relva e os bairros residenciais que cercam a vila como uma cidadejardim, 24-edifícios torre para servir como instalações istrativas, comerciais e hotéis. Em 1923 aparece a primeira publicação fundamental de Le Corbusier, Vers une Architecture (A arquitetura). Alí toma novamente e desenvolve os artigos que foram publicados na revista ―Esprit Nouveau―. Durante os anos seguintes a casa Crès edita sucessivamente oito publicações em série. ―Esprit Nouveau‖. São publicadas pela primeira vez com seu atual nome de Le Corbusier, que tomou de uma ramificação de seus anteados originários da França. De acordo com Le Corbusier, o primeiro dever do nosso tempo é alojar as massas de forma decente e humana. Isso só é possível graças à fabricação industrial dos apartamentos standard e através de um planejamento urbanístico racional. Já em 1914, por causa da impressão que causou a destruição da guerra em Flandres, Le Corbusier
tinha projetado um sistema de construção para a montagem ―Domino‖, em que a armação, postes, telhados e escadas são pré-fabricadas, sendo capaz combinar as mais diversas formas. Na Exposição Internacional de Artes Decorativas de 1925, a bandeira do ―Esprit Nouveau‖, construído por Le Corbusier, e onde foi exposto o ―Plan Voisin―, causou sensação. A partir deste momento, Le Corbusier começou a implantar uma atividade intensa de arquiteto em seu estúdio na rua Sèvres número 35. Enquanto ele continuou a pintar. Em 1925, Le Corbusier ganhou o primeiro prémio para a Sociedade das Nações, em Genebra. Em 1928 em Sarraz fundou o grupo CIAM
(Congresso Internacional de
Arquitetura Moderna) Junto com grandes trabalhos como Centrosoyus Moscovo (1928/29), a ―Cité de Refuge Salvation Army of Paris‖, e sua colaboração no prédio do Ministério da Educação no Rio de Janeiro, Le Corbusier continuou seus amplos estudos teóricos sobre urbanismo, e, por conta de diversos paises, projeta diversos planos para as cidades, e para Estocolmo, Buenos Aires, Argel, Nemours (África), Bogotá, Moscou, Smyrna, e assim por diante. O problema do museu em espiral ―crescimento ilimitado‖ preocupou Le Corbusier desde os anos trinta, suas idéias encontraram realização muito convincente no Museu de Arte Moderna ocidental, de Tokyo. Várias palestras a convite das autoridades e das associações de arquitetos levam Le Corbusier à quase todas as principais capitais do mundo (Paris, Bruxelas, Madrid, Barcelona, Amsterdã, Estocolmo, Moscovo, Rio de Janeiro, etc.) Tornando mais fácil a oportunidade de apresentar as suas ideias sobre a arquitetura e urbanismo. Em 1940, logo após o início da guerra, Le Corbusier deixou Paris e mudou-se para a zona franca, aonde se dedica principalmente à pintura e a estudos teóricos (Modulor, etc). Le Corbusier em 1942 fundou o grupo ASCORAL (Assembléia de construtores para uma Renovação Arquitetônica ). Em 1944 consegue regressar a Paris, onde ele pode-se instalar novamente, em sua oficina. Em seguida, começar a trabalhar um período arquitetônico muito intenso. Em 1946 é chamado a colaborar em criação dos planos do palácio da ONU em Nova York. A ―Unidade de habitação‖, e suficientemente grande para
acomodar 1.600 pessoas, o que faz em Marselha para o Ministério francês da Reconstrução (1945-1952), finalmente hora de fazer a sua idéia de forma convincente, como sempre; casas pré-fabricadas em série de células em processos industriais, da casa de campo para o grande bloco de apartamentos. Cada um com seu apartamento com sala dois andares e um jardim, constitue uma espécie de casa unifamiliar adaptada sob medida as exigências de cada morador. Graças a comissão do Governo da Índia em 1950, Le Corbusier, foi contratado para construir Chandigarh, nova capital do Punjab, havendo assim a possibilidade de, pela primeira vez, realizar as suas idéias no desenvolvimento urbano. Le Corbusier desenvolveu os planos de arranjo geral e do Capitólio, os edifícios istrativos e de governo, bem como diversas habitações em Ahmedabad. O sucesso da ―Unidade de habitação‖, em Marselha, levaram à construção de outras unidades de princípio semelhantes aos de Nantes, Briey Meaux-en-Forêt. Em exposição na grande arquitetura, chamada de ―Interbau‖ de Berlim, em 1957, Le Corbusier estava apresentando uma ―unidade de habitação‖, com 400 casas. A capela de peregrinação em Ronchamp, Notre-Dame-du-Haut, inaugurada em 1953, é o primeiro edifício sagrado de Le Corbusier. Como é uma ―Unidade de habitação‖ Rochamp está entre as obras que, sem dúvida alguma, deram celebridade ao nome de Le Corbusier além dos profissionais na mídia. O convento de La Tourette, em Eveux, perto de Lyon, e do projeto da igreja Firminy são outros exemplos da arquitetura sagrada. Le Corbusier não assistiu a realização dos seus grandes projectos dos últimos anos, como o hospital de Veneza, o Centro de Investigações Olivetti em Rho, perto de Milão, Embaixada da França em Brasília e o Palácio de Congressos em Estrasburgo. Morreu vítima de ataque cardíaco em agosto 27, 1965, enquanto ele estava nas águas do Mediterrâneo. Junto com a arquitetura e planejamento urbano, Le Corbusier teve toda sua vida em pintura e escultura, e durante seus últimos anos, de tapeçarias. Citamos, entre as suas belas criações artísticas, ao qual ele dedicou tanta atenção, as cortinas do Palácio da Justiça em Chandigarh.
OBRAS SEDE DA ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU)
A Sede da Organização das Nações Unidas está localizada em Nova Iorque, Estados Unidos. Foi construída entre 1949 e 1952, com a ajuda do arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer e está localizada no setor leste de Manhattan. Em vez de anunciar um concurso para o projeto do complexo das Nações Unidas, a ONU preferiu montar uma equipe de arquitetos de diversos países para a composição do projeto. O arquiteto americano Wallace Harrison foi o diretor de planejamento e os governos dos países indicaram seus representantes. A equipe de arquitetos consistiu em N.D. Bassov(União Soviética), Gaston Brunfaut (Bélgica), Ernest Cormier (Canadá), Le Corbusier (França/Suíça), Liang Ssu-cheng (China), Sven Markelius (Suécia), Oscar Niemeyer (Brasil), Howard Robertson (Reino Unido), G.A. Soilleux (Austrália) e Julio Villamajo (Uruguai). O comitê apreciou 50 estudos diferentes antes de chegar a uma decisão. A base do desenho final derivou de uma proposta de Niemeyer/Corbusier. VILLA SAVOYE
A Villa Savoye, maison Savoye ou simplesmente residência Savoye é uma casa projetada na França pelo arquiteto franco-suíço Le Corbusier em 1928, considerada um dos ícones maiores da arquitetura moderna no século XX. Forma com a residência Farnsworth (de Mies van der Rohe) e a Casa da Cascata (de Frank Lloyd Wright) uma tríade de residências paradigmáticas das diferentes tendências da arquitetura moderna que surgiam no início do século. A residência é responsável por influenciar o pensamento projetual de diversos arquitetos em todo o mundo devido à síntese que faz das idéias pregadas por seu autor com relação à nova arquitetura que sugeria para um século, que segundo o próprio, seria marcado pela máquina, pela razão e pelo progresso. Segundo Le Corbusier, a casa é uma máquina de morar e a Villa Savoye foi projetada seguindo tal idéia de forma plena.
PAVILHÃO SUIÇO
O Pavilhão Suíço é um edifício da Cidade Universitária de Paris, construído entre 1931 e 1933.
A construção deste pavilhão foi confiada sem concursos pelo Comité das universidades suíças a Le Corbusier e Pierre Jeanneret. A construção deu-se em circunstâncias excepcionalmente difíceis (finanças e natureza do solo) e foi a ocasião de constituir um verdadeiro laboratório de arquitectura moderno: problemas de maior urgência foram abordados lá, em particular a construção resistente à seca e a insonorização. A sua implantação teve certas dificuldades de acordo com o terreno, o qual não se encontra à mesma cota. A cidade universitária de Paris foi fundada em 1921 para dar acomodação e aos estudantes estrangeiros em Paris, com um número de pavilhões residenciais dotados por comunidades nacionais diferentes. Le Corbusier aceitou a comissão da comunidade suíça nos finais da década de 1920. O pavilhão adere a cinco pontos da arquitectura de Le Corbusier, mas com um número de desenvolvimentos desde a Villa Savoye. A fachada livre e a janela horizontal transformaram-se em uma cortina de vidro contínua, no lado sul do edifício. As finas colunas tornaram-se pilares reforçados, desenhados para ar ventos. Os quartos de estudantes se localizam sobre o pilotis e os espaços públicos se integram no térreo. A planta acomoda-os em um bloco separado que vai até o solo, e a sua forma curvilínea contrasta com as linhas simples do alojamento de estudantes. O Pavilhão faz parte do patrimônio histórico da França desde 16 de dezembro de 1986. TSENTROSOYUZ
Tsentrosoyuz ou Centrosoyuz é um edifício do governo russo. Está localizado na rua Myasnitskaya 39 (35-41), em Moscou e foi projetado e construído em 1933 por Le Corbusier e Nicolai D. Kolli. É um dos diversos prédios representativos da arquitetura ligada aos movimentos da vanguarda russa. Tsentrosoyuz foi um dos primeiros trabalhos de Le Corbusier. O prédio abriga hoje em dia o Serviço Estatal de Estatística da Rússia. CHAPELLE NOTRE-DAME-DU-HAUT
A Capela Notre-Dame-du-Haut (fr: Chapelle Notre-Dame-du-Haut) foi construída sobre a colina de Bourlémont em Ronchamp em Haute-Saône, pelo arquiteto franco-suiço Le Corbusier. Iniciada em 1950, foi concluída em 1955. A capela foi consagrada em 25 de junho de 1955 pelo arcebispo de Besançon. MAISON DU BRÉSIL
A Maison du Brésil é uma residência voltada a pesquisadores e estudantes brasileiros. Está situada na Cité Universitaire — na qual se encontram outros edifícios voltados à recepção de estudantes de várias nacionalidades, em Paris, na França e funciona também como um pólo de difusão da cultura brasileira em Paris. O conjunto arquitetônico foi concebido pelos arquitetos Lúcio Costa e Le Corbusier, tendo sido construído em 1959 e reformado em 2000. O edifício faz parte da lista de monumentos históricos do Ministério da Cultura francês. REFERÊNCIAS SOUTO, Emanuel. A Vida de Le Corbusier, obras, teorias e projetos. Disponivel em www.papodearquiteto.com. o em: 14 de Outubro de 2010.