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Série Death Row 04 – O Amo Jaid Black
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Disponibilização: Soryu Tradução: Silvia Paula Revisão inicial: Gi Vagliengo Revisão final: Aryan Leitura final e formatação: Estephanie
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Informação da série 01 – O Fugitivo – Distribuído 02 – O Caçador – Distribuído 03 – O Vingador – Distribuído 04 – O Amo – Distribuído 5 – Besieged – Em tradução
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“A tradução em tela foi efetivada pelo Grupo Pégasus Lançamentos de forma a propiciar ao leitor o o à obra, incentivando-o à aquisição integral da obra literária física ou em formato e-book. O grupo tem como meta a seleção, tradução e disponibilização apenas de livros sem previsão de publicação no Brasil, ausentes qualquer forma de obtenção de lucro, direto ou indireto. No intuito de preservar os direitos autorais e contratuais de autores e editoras, o grupo, sem prévio aviso e quando julgar necessário poderá cancelar o o e retirar o link de dos livros cuja publicação for veiculada por editoras brasileiras. O leitor e usuário fica ciente de que o da presente obra destina-se tão somente ao uso pessoal e privado, e que deverá abster-se da postagem ou hospedagem do mesmo em qualquer rede social e, bem como abster-se de tornar público ou noticiar o trabalho de tradução do grupo, sem a prévia e expressa autorização do mesmo. O leitor e usuário, ao ar a obra disponibilizada, também responderá individualmente pela correta e lícita utilização da mesma, eximindo o grupo citado no começo de qualquer parceria, coautoria ou coparticipação em eventual delito cometido por aquele que, por ato ou omissão, tentar ou concretamente utilizar da presente obra literária para obtenção de lucro direto ou indireto, nos termos do art. 184 do código penal e lei 9.610/1998."
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Resumo 08 de Agosto 2250 dC: Abdul Kan está morto. Depois de ar 25 anos de um matrimônio polígamo forçado, Nicoletta Kan está livre para abandonar o harém e tomar suas próprias decisões. Mas alguém está observando-a, caçando-a como uma presa. Alguém que Nicoletta nunca havia pensado ver novamente, nem em seus piores pesadelos... ou em sua mais febril fantasia.
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Prólogo Minha Bella Nelly verei você em um par de semanas. Duas semanas e você vai se aconchegar em meus braços novamente! Mal posso esperar. Sinto falta de você, meu amor. Não deixe que a ausência nesses seis meses mude seu pensamento sobre mim. Eu precisava estar sozinha nesta aventura. Eu precisava de tempo para me curar. Quando recebi a carta de vocês informando-me a morte virtual de seu pai. Percebi que minhas feridas são profundas. Eu estava esperando que estar fora da Federação da Terra por um tempo iria diminuir as emoções com qual fui assaltada com a morte de Abdul. Seu pai era um monstro. Ele era um demônio entre os homens. Mas, ah, Kalast glorioso! Como eu o amava. Eu não deveria amá-lo. Sei muito bem. É a verdade de Ciro, eu sei que se Abdul Kan levantar milagrosamente do túmulo amanhã nunca mais voltarei a ele. Lutarei até a minha morte, antes de voltar para a sua cama e seuharém. Porém sempre terá um fôlego durante a respiração, uma parte que o amei. Vemo-nos em uma quinzena, filha. Acenda uma vela virtual na janela de sua mãe.
Nicoletta Kansas 7 de agosto de 2250
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Capítulo Um 1 de Outubro 2225 dC.
-Meu nome é Nicoletta Isabella Carlotta Apollinaris - sussurrou com um forte acento italiano, enquanto mantinha baixo seu olhar cor chocolate escuro. -Procedo da biosfera Grego-romana. Meus talentos são... - Fale mais alto! -gritou o leiloeiro de bens. Seu coração começou a golpear em seu peito, pequenas gotas de suor brotaram em sua testa. Assim eram as coisas, sentia-se uma pilha de nervos. Quieta, nua, com as mãos presas no alto por cima de sua cabeça contra a parede, e com as pernas também presas a umas argolas no chão, totalmente aberta para que os curiosos Amos potenciais pudessem ver tudo o que tinha para oferecer, a humilhação de ser leiloada em público era uma sensação quase esmagadora. Respirou fundo e exalou devagar. Podia fazer isto, disse a si mesma. Não tinha escolha. Tampouco desejava que sua aparente falta de delicadeza fizesse que a assem despercebidapelos os homens ricos. Nicoletta não desejava terminar como esposa de um homem de status baixo na hierarquia, alguém que mal pudesse pagar a comida e muito menos uma esposa. Essa era a realidade em que viviam seus pais, uma situação que sua filha de aspecto excepcional não ia repetir. Não era como se cada garota presa no cenário não fosse excepcionalmente formosa. Todas e cada uma delas eram umas belezas impressionantes com grandes peitos, caras formosas e corpos curvilíneos. Os cientistas se asseguraram há muito tempo que todas as meninas nascessem
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sendo fisicamente perfeitas. Qualquer imperfeição detectada no útero materno, de uma aparência gordinha ou muito magra, tudo era redesenhado antes que a menina nascesse. Era uma abominação repugnante e asquerosa de tudo o que era sagrado, mas também era a triste verdade. Pode fazer isto! Agora te acalme e fala com claridade. Havia pouca escolha. Seu aspecto não era nem melhor nem pior que qualquer das outras moças que estavam no bloco de leilões de matrimônio nesse dia. Tampouco podia dizer que tivesse algum talento superior ao resto delas. A única raridade sobre Nicoletta era que ainda era virgem, uma virgem de dezoito anos, uma virgindade que perderia nessa mesma noite com o varão que a comprasse como esposa. Seu coração corria impossivelmente rápido. Doce Kalast! Pensou, esperando que seu futuro marido não tivesse um aspecto muito mau. Os fetos masculinos não eram redesenhados como os femininos, uma rápida olhada ao mar de desgraçadas caras masculinas confirmou esse horrível feito. Assim se o destino quisesse atar sua vida a um Amo feio, ao menos podia esperar um marido que estivesse em uma posição intermediária dentro da Hierarquia. Meu nome... —Nicoletta limpou sua garganta e começou de novo, sua voz audível, mais forte esta vez- Meu nome é Nicoletta Isabella Carlotta Apollinaris — seus grandes peitos abaixavam e subiam com cada fôlego que tomava seu nervosismo aumentando em vez de diminuir. — E procedo da biosfera Grego-romana. — Que talentos têm moça — resmungou o leiloeiro de bens. Ela engoliu contra o frio nó de medo que se instalou em sua garganta. Decidiu que não se surpreenderia se caísse morta antes que seu turno tivesse terminado.
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— Meus talentos estão nas áreas de massagens corporais e mamadas. Ah, deuses, pensou, seu coração afundando-se, cada moça desse lugar possuía esses talentos. O mar de caras masculinas parecia intensamente aborrecido. Estava condenada. —Sou virgem, — disse Nicoletta rapidamente. O mar de caras aborrecidas se reanimou e prestou atenção. Seu queixo se elevou, sua confiança se restaurou o suficiente para terminar seu ensaiado discurso. As demais eram como ela, bonitas e possuíam outros talentos, por isso teria que explorar essa raridade que tinha. —Nunca fui penetrada vaginal ou anal, só de maneira oral para que pudesse aperfeiçoar essa habilidade para meu futuro Amo. O leiloeiro inclinou sua cabeça, girou para a seguinte moça e repetiu o processo. Seguiu até o final da fila, até que as dez mulheres presas disseram seus nomes, sua origem e suas habilidades. Só então, depois de que a última delas tivesse falado fez que começasse a inspeção. A inspeção pensou Nicoletta, tomando outro fôlego para relaxar. As dez noivas no leilão tinham sido submetidas a uma depilação genital, de modo que se mostrasse somente um triângulo diminuto de pelos pubianos, escovado com esmero em seus corpos. Também tinham sido banhadas em óleos exóticos para que cheirassem de forma embriagadora e excitassem aos ofertantes masculinos mais ricos durante o período de inspeção. Não se dava aos homens mais pobres nenhuma oportunidade de inspecionar, tinham que se conformar com os restos que a elite não se dignava a comprar. Por favor, me permita que tenha uma oferta! Seus pensamentos voaram para a pequena morada onde se alojava sua família desde que podia recordar, constava de dois pequenos quartos e
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eles eram sete. Nicoletta dormia em uma áspera esteira como um cão, e pedia comida nos vestíbulos do Airbus para não morrer de fome... Por favor! Todo seu futuro se reduzia ao que aconteceria na próxima hora. Doce Kalast, sentia-se a ponto de desmaiar! Só podia rezar a Cyrus para que sua virgindade deixasse os ofertantes suficientemente curiosos para querer lhe dar uma inspeção. Sabia que seus pais estariam muito decepcionados no caso de ser leiloada a um homem de meios questionáveis. Queriam que ela se casasse bem. Não é que ela planejasse ficar casada muito tempo, itiu silenciosamente, seu coração golpeando como um tambor em seu peito. Talvez fosse um mau plano e um complô contra seu futuro marido antes inclusive de que tivesse um Amo de quem falar, mas simplesmente queria mais de sua vida que... isto. Isto suspirou Nicoletta, mamadas, massagem corporal e reproduzirse, a isso se resumia todo o valor de uma moça na Federação da Terra. Tendo em conta que os varões superavam em número às mulheres, a uma razão de quinhentos para uma, supôs que era pouco surpreendente que as mulheres fossem consideradas como criaturas, posses para serem leiloadas e compradas. E, entretanto, queria mais..., queria algo mais que ser a humilde posse de algum homem. Queria ser livre. Era um sonho tolo, mas se dava conta que o tinha levado profundamente em seu coração desde que tinha memória. Tinha ouvido rumores sobre um planeta dirigido por mulheres, chamado Kalast, onde os salários eram justos e uma mulher era livre para tomar suas próprias decisões. Não sabia se o lugar era realmente uma invenção de uma mulher ou se era
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uma ideia idealizada e romântica de algumas esposas descontentes com a hierarquia, mas sua sorte ali não podia ser pior do que era neste lugar, pensou. Chegar a Kalast seria uma verdadeira façanha. Em primeiro lugar, precisava de bastante dinheiro depositado no chip de ienes de seu cérebro para reservar o voo, e não podia ser feito sem o o a uma conta em um banco virtual de uma pessoa rica. Em segundo lugar, precisava de um bom plano de fuga. A lei proibia às mulheres terráqueas deixar o planeta sem serem escoltadas pelo homem ao que pertenciam. Em terceiro lugar, ela... Ora! Não pense nisto! Estava trabalhando sobre como executar seu plano quando ainda não tinha conseguido ar o primeiro obstáculo: conseguir um marido rico. Acalme-se... Precisava de um Amo com amplos meios, não só para ter o a uma próspera conta bancária virtual, mas também para não sentir-se culpada quando fugisse dele. Depois de tudo, a grande maioria dos feios rostos masculinos dali que queriam comprar uma noiva hoje tinham economizado muitos ienes, durante muitos anos antes de ter o suficiente para cumprir os padrões mínimos do leilão. A maior parte dos homens da Federação da Terra morria sem nuncater tido uma esposa. Todos os varões que puxavam, salvo a elite da Hierarquia, que era um por cento, tinha conseguido juntar o suficiente sendo econômicos e cuidadosos durante os anos para economizar os ienes suficientes. Nicoletta não desejava fugir de um homem que tinha economizado toda sua vida para poder continuar sua linha genética. Ela desejava fugir de um homem que pudesse permitir-se substitui-la, um homem que não se sentisse devastado por sua perda. Tinha que ser comprada por um homem de posse da elite, um desses um por cento.
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Respirou fundo e logo expirou. Poderia desejar também ser nomeada Rainha de todo Kalast. —Bonitos. Gordinhos e bonitos. Nicoletta piscou de volta, seus pensamentos tinham estado muito longe. Olhou fixamente o homem rico que estava de pé diante dela, logo baixou seus grossos cílios negros realçados com tinta, enquanto ele seguia puxando seus mamilos. Sua educação não tinha sido exatamente como a da elite, mas ainda assim sabia o suficiente para não falar. As moças deviam ser vistas, mas não ouvidas, tinha crescido ouvindo seu pai repetir aquele mantra uma e outra vez para que sua filha não o esquecesse quando chegasse o dia de seu leilão. O homem de classe alta ou seu tempo acariciando seus grandes peitos. Nesta etapa as moças tinham sido alinhadas e presas com a cintura dobrada sobre o meio para que os Amos não tivessem que estirar-se muito para inspecionar suas potenciais noivas. Nicoletta suspeitava que também fosse simbólico: as mulheres se inclinavam respeitosamente ante os homens, mas nunca o inverso. Seus mamilos se endureceram, alargando-se para o homem rico, o que pareceu lhe agradar. Fez um som apreciativo no fundo de sua garganta antes de baixar sua boca para seu peito. ou um tempo degustando cada um, chupando-os como guloseima de um menino. A sensação era maravilhosa, concedeu Nicoletta, seu fôlego estremecendo, enquanto mantinha os olhos fechados e tentava esquecer o fato de que o potencial Amo rico se via bastante frágil, e o suficientemente enrugado para ser seu avô. Só podia rogar a Cyrus para que ele decidisse fazer uma oferta. Não teria nenhum pensamento de fugir de um varão tão velho como este. Além
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disso, é provável que ela não fosse sua única posse. Poderia ser ilegal na Federação da Terra que um Amo possuísse mais de uma esposa, entretanto, era também amplamente conhecido que a maioria dos homens com um status alto dentro da Hierarquia compravam tantas esposas como desejavam. Os lábios do ancião ofertante se soltaram de seu mamilo com um estalo. Seus dentes se afundaram em seu lábio inferior quando se transferiu à moça seguinte no cenário, esperando com toda sua alma que ele ainda decidisse fazer uma oferta em seu seguinte período de inspeção. Os trinta minutos seguintes foram intermináveis para Nicoletta quando não um, nem dois, a não ser três potenciais Amos esfregaram e lhe beijaram todas as partes de seu corpo. Tocaram-na como quiseram, amassaram seus peitos grandes, massagearam seus rígidos mamilos, e brincaram com seu clitóris até que esteve quase a ponto de culminar... e logo foram inspecionar a seguinte garota. Sua respiração se tornou laboriosa, à hora da inspeção dos homens da elite se aproximava mais e mais a seu final. Não tinha forma de saber se algum deles pensava nela, ou se só um desses homens puxaria por ela durante o leilão. O único que sabia era que qualquer um estaria muito bem para seus propósitos, era o grupo de homens mais débeis, mais feios, mais mimados que já tivesse visto. —Tem um cabelo escuro encantador, — uma voz masculina murmurou conseguindo toda a atenção de Nicoletta. Levantou o rosto e seus olhos escuros se abriram antes que se desse conta e pudesse ocultar sua reação. Estava surpreendida, Doce Kalast, mais surpreendida do que já tinha estado! Conhecia esse homem, ou melhor dizendo sabia quem era ele. Duvidava que uma só pessoa em toda a
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Federação da Terra não reconhecesse o rosto de Abdul Kan, um dos homens mais ricos e capitalistas da Hierarquia. Por não mencionar um dos mais bonitos, pensou, seu ritmo cardíaco acelerando-se. Tratou de baixar os cílios, mas parecia não poder desviar seus olhos de seu intenso e penetrante olhar esverdeado. Não era bonito no sentido tradicional, mas sim de um modo potencialmente masculino, da maneira que separa um leão de um pavão. —Obrigada, — sussurrou antes de poder deter-se. Rapidamente desviou o olhar, abrindo os olhos quando se deu conta de que realmente tinha falado com o Amo Kan. Idiota! Nunca faria uma oferta por uma moça que não se lembrava de segurar sua língua. Mas quanto mais o considerou Nicoletta, melhor soou a realidade. Respirou fundo e exalou lentamente. Oh, não, não serviria de nada casar-se com um homem como esse. Era muito rico, muito capitalista, muito bonito... E, itiu com um suspiro quando lhe deu uma olhada, muito perigoso. Tinha ouvido rumores a respeito dele, todo mundo os tinha ouvido. Abdul Kan poderia ter nascido na riqueza, mas tinha ganhado suas próprias cicatrizes de batalha. Os mais ricos e mais capitalistas dos homens da Hierarquia tendiam a ser débeis, e suaves. Seu guarda-costas era a força muscular, não os mesmos da elite. Mas este macho... Ah, deuses, pensou Nicoletta, seu coração acelerado, não havia nada fraco ou suave nele. A túnica de seda negra e suas calças soltas combinando levavam os emblemas de seu status e, não ocultavam os músculos que se contraíam embaixo eles. Tampouco era fraca a expressão intensa, indecifrável da máscara que era sua cara, o conhecimento em seu olhar de jade. Era como se pudesse ver através dela, diretamente através da alma de Nicoletta, em
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particular. Encontrou-se ruborizando, perguntando-se se ele teria adivinhado seus pensamentos. —De nada, - murmurou ele, sua boca sem sorrir, mas o sorriso ardendo em seus olhos. Ela ficou gelada, não sabia se devia dizer algo mais ou calar-se. Tinha esperado que o Amo Kan se zangasse por sua tolice de atrever-se a lhe falar diretamente. Não tinha esperado que ele parecesse inclusive até mais intrigado por ela ao fazê-lo assim. Suas quentes e calosas mãos encontraram seus peitos e começou brandamente
a
amassá-los.
Ela
ofegou,
pela
razão
que
fosse
momentaneamente surpreendida por seu toque. —São muito formosos, — disse o Amo Kan roucamente, seus polegares roçaram seus inchados mamilos rosa. Ela gemeu baixinho, incapaz de suprimir sua reação — Nunca vi a uma moça com uns mamilos tão rechonchudos e suculentos como os seus. Seus cílios se fecharam quando ela o olhou fixamente através das pálpebras entrecerradas. —Obrigada, — sussurrou seu fôlego suspenso. Sua mão direita se arrastou mais abaixo, sobre seu ventre plano, pelo triângulo investido de cachos negros escovados com esmero. Seus mamilos ficaram impossivelmente mais duros quando viu como sua mão esquerda se unia à direita e seus dedos estendiam os lábios de sua vagina, abrindo-os. — É virgem? —perguntou Abdul, sua voz marcada com um suave tom rouco. Ela ou sua língua por seus lábios secos. Seus peitos subiram e desceram com cada laborioso fôlego.
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—Não, — sussurrou, não querendo que puxasse por ela. Um lado de sua boca subiu um meio sorriso. —Mente, — murmurou. Seu olhar tão intenso como perigoso, se não mais que o resto dele. —Surram as moças travessas que mentem a seu Amo. Seus olhos marrons se arredondaram. Com medo ou excitação, ela não sabia. —Não é meu Amo. Ele baixou sua vista e contemplou sua vagina apertada durante um momento. Sua língua serpenteou e deu uma longa lambida desde seu pequeno buraco até seu clitóris. Ela gemeu incapaz de conter sua reação. —Mas o serei, anawahid— disse com voz rouca, chamando-a por um nome que ela não reconheceu, em um idioma estranho que lhe pareceu como um íntimo beijo. —Serei, - murmurou. Nicoletta ofegou quando ele pegou seu clitóris no calor de sua boca e o sugou com força. Ela gemeu um pouco mais forte, nunca havia sentido uma sensação semelhante. O louco desejo de enfiar seus dedos por seu cabelo negro e sedoso e empurrar seu rosto mais perto contra sua carne, foi quase entristecedor, mas se salvou graças a Deus, de desonrar-se a si mesma pelas restrições que a atavam. Fechou seus olhos com um suspiro... Ah, Kalast gloriosa ia gozar com força para ele. Não queria, mas não podia evitá-lo. —Por favor, — ofegou Nicoletta, seu fôlego capturado na parte posterior de sua garganta. — Ah, deuses.
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Gozou com um forte gemido, seu corpo inteiro convulsionou quando um violento orgasmo explodiu em seu ventre. Ele grunhiu baixo em sua garganta enquanto lambia seu suco, o som tão letal como excitante. E assim, logo que chegou ao seu clímax, tudo ou por cima dela. Nicoletta olhava através de uma visão turva, quando o homem de elite ao que ela não tinha nenhum desejo de estar ligada se levantou e tomou o lugar que lhe correspondia na cabeça da zona de leilão. Seus intensos olhos verdes nunca vacilaram, nunca desviaram o olhar dos assustados olhos marrons que davam olhadas furtivas e vacilantes para ele. Dez minutos mais tarde, seu destino estava selado. Dez minutos mais tarde a filha de um dos homens mais pobres do mundo se converteu na segunda esposa do harém de um dos mais ricos. O coração de Nicoletta se apertou contra seu peito. Tentou engolir a saliva enquanto olhava seu novo Amo contemplá-la. Esses olhos calculistas, avaliadores, percorriam-na de cima abaixo por toda a extensão de seu corpo nu, hidratado, enquanto o leiloeiro desprendia suas mãos e pés e entregava ao Amo Kan sua corda. —Fique de joelhos, moça — recordou-lhe o leiloeiro com o cenho franzido. Nicoletta se ajoelhou diante de seu Amo e abaixou sua cabeça para beijar seus pés. ou por todos os movimentos esperados para uma noiva durante uma cerimônia de matrimônio, sua mente estava nebulosa quando um anel foi colocado em cada um de seus mamilos e uma corrente ada através deles, simbolicamente afastando-a do toque de qualquer outro homem, exceto Abdul Kan. —Sempre será minha, — murmurou Abdul, lançando seu dardo— Sempre.
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Sua respiração se deteve. Seus olhos se abriram. Era como se ele pudesse adivinhar seus planos e lhe avisasse que nunca poderia escapar dele. Nunca. —Sim, Amo — sussurrou Nicoletta obedientemente. Baixou seus olhos, ocultando-se de seu olhar— Sempre pertencerei a ti.
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Capítulo Dois
20 de Agosto, 2250 dC. (25 anos mais tarde)
— Diga, gostaria de tomar uma taça de licor, Senhora? Nicoletta Kan piscou as palavras do androide de serviço por fim se registraram nela. Levantando seu olhar se encontrou com a prateada mulher nua e negou com a cabeça, muito concentrada em suas lembranças para considerar tomar um alucinógeno, embora fosse um suave. — Nada, obrigada, — disse, com um sorriso cortês em seus lábios — Não tenho sede. O androide assentiu e seguiu pelo corredor para oferecer algo de beber ao seguinte ageiro do voo 127 das Aerolinhas da Federação da Terra. Seu transporte estelar estava totalmente cheio, notou Nicoletta, e a moça que servia tinha mais trabalho a fazer. Nicoletta virou a cabeça e olhou distraidamente pela janela. Posto que o transporte estelar estava agora mesmo no espaço exterior, havia pouco que olhar mais à frente do abismo negro ao outro lado do de visualização. Tinham estado a caminho do planeta Terra por mais de três dias. Supôs que ainda faltava mais de uma hora para abordar a Via Láctea. Mal podia esperar! Três horas depois de que isso acontecesse, a aeronave aterrissaria no chão da Terra. E mais algumas horas mais tarde, abraçaria sua querida filha Nellie. Nellie...
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Oh, como sentia falta dela! Tinha querido retornar à Federação da Terra no mesmo momento que se inteirou da gravidez de sua filha, mas pelo contrário, tinha estado tão dominada pela melancolia depois de saber da morte de Abdul que temia que sua presença fosse algo negativo neste momento tão feliz para Nellie e Kerick, que tanto mereceram, mais que algo positivo. Abdul Kan, seu marido, tinha morrido. Ademais, recordou-se com a mandíbula tensa, era um marido morto pelo que não tinha porque chorar. Tinha fugido dele, não é certo? Suas narinas se dilataram. Sim, tinha estado fugindo de seu marido quando a morte lhe tinha reclamado. Poderia ter sido um dos homens mais ricos e mais temidos dentro da Hierarquia, mas o preço desse poder tinha sido a custo de muitas vidas e torturas. Era o diabo. Um demônio com pele humana. Ela mesma tinha sabido por mais tempo do que se sentia cômoda itindo. Abdul foi o responsável pela morte de Sinead, sua própria primeira esposa, sua querida amiga tinha morrido em suas atrozes mãos. Foi Abdul o responsável por infectar inúmeros detentos sem voz. Aqueles escravos da Hierarquia tinham sido infectados com a enfermidade mais horrível imaginável com fins experimentais. Esses desgraçados se converteram por capricho de Abdul Kan. Monstros! Estremeceu-se. Não havia nenhuma palavra melhor para descrever os sub-humanos, decidiu Nicoletta. Monstros. Bestas. Abominações. Seus dentes se afundaram em seu lábio inferior quando recordou sua última fuga de uma criatura infectada. A primeira vez que tinha fugido de Abdul Kan, um macho sub-humano a tinha capturado e alevou chutando e
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gritando para sua caverna, logo se acasalou com ela durante dois dias e noites arrepiantes. Depois que escapou do homem-besta, reuniu-se com Nellie. Nicoletta tinha estado preocupada durante semanas de que o filho da criatura estivesse crescendo em seu útero. Mas por sorte, seu ciclo de sangue chegou, e soube que a abominação não tinha conseguido engravidá-la. Entretanto... De todos os modos a criatura a perseguia. Era como se sua alma pertencesse tanto a Abdul, como ao homem-besta, já que a pessoa mandava em seus sonhos e o outro em seus pesadelos. Apesar de seus medos, e o fato de que lamentava recordar aqueles dois dias e noites, ainda sentia pena pela criatura. Tinha sido, apesar de tudo, um homem uma vez. Tinha sentido esperança, desespero, amor, ódio, alegria, fracasso e... Seus olhos se apertaram. Uma vez tinha sido um homem. Abdul e seus companheiros da Hierarquia tiraram essa humanidade por seus próprios objetivos asquerosos. Nicoletta suspirou enquanto olhava fixamente o negro abismo. Fechou seus olhos, decidindo que dormir seria melhor que recordar. Não desejava pensar no homem-besta. Tampouco desejava pensar em seu marido morto. Seus olhos se abriram de repente. Seu coração deu um tombo. Inclusive em seus sonhos Abdul estava sempre ali, sempre. Resistia a suas evocações, rebelando-se ante as lembranças dos maravilhosos anos que tinha ado em seu harém. Lutou contra ele, enfurecendo-se como sempre tinha feito com tudo em relação ao Amo Kan. Vinte e cinco anos atrás, Abdul tinha prometido que sempre lhe pertenceria. Tinha cumprido essa promessa até o final. Tinha sido certo
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durante sua vida, mas ela estaria condenada se ele tivesse esse poder sobre ela depois de sua morte. Nicoletta inquietamente ou suas mãos por seu longo cabelo escuro. Talvez, só talvez, seria mais fácil deixá-lo ir se entendesse como tinha mudado. Precisava de respostas, mas não sabia onde busca-las. Suspeitava que a filha de seu coração Nellie, sabia de algo... algo que ela encontrava difícil de falar. E desta maneira os segredos de Abdul, todas suas intenções e objetivos, tinham lhe seguido para a tumba. Onde tinha errado tudo? Nicoletta se perguntou pela enésima vez nos vinte e cinco anos que tinha estado casada com ele. Quando Abdul a tinha comprado no leilão matrimonial suas esperanças por ter uma feliz vida de casada tinham sido altas, fosse a segunda esposa ou não. Todos seus pensamentos juvenis, idealistas de fugir dele se foram no momento que seus corpos se uniram. Que ela tivesse que compartilhar seu corpo e coração com outra garota tinha sido difícil de aceitar a princípio, mas desde o momento em que conheceu Sinead tinha estado muito afeiçoada por ela para que seu espírito se afundasse muito. A princípio lhe tinha parecido que seu novo marido poderia bem ser o místico amante, glorioso, romântico que todas as garotas sonham que as compraria. Ser a posse de tal varão faria com que qualquer mulher se deprimisse de felicidade, e Nicoletta tinha acreditado que seu marido era esse príncipe. Os primeiros meses tinham sido tudo o que ela podia sonhar e mais. Tinha sido amável, atento, romântico, tudo o que ela tinha querido alguma vez. E, é claro, uma esposa nunca poderia pedir um melhor amante como o Amo.
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Abdul sempre tinha sido extraordinariamente vigoroso, recordou Nicoletta, acomodando-se melhor em seu assento. Não tinha se surpreendido que precisasse de duas mulheres para saciar seu apetite sexual. Podia fazer amor durante horas, jogando sua semente tanto em Sinead como nela mesma, sua energia sexual era aparentemente interminável. Entretanto, poucos meses mais tarde, cinco anos depois de que Sinead deu a luz a Nellie, tudo começou a mudar, inclusive mesmo Abdul. Um homem que sempre tinha sido perigoso se fez impossivelmente mais. Um homem que uma vez a tinha amado e apreciado, ou assim tinha pensado ela, voltou-se contra ela em um abrir e fechar de olhos. Chegou a odiá-lo, desprezá-lo, a detestar inclusive sua presença, e, mesmo assim... Nicoletta suspirou, com um sorriso triste. Entretanto, atreveu-se a esperar. Não tinha fugido dele nos velhos tempos, porque tinha se atrevido a sonhar que Abdul voltaria para ela, e outra vez mais seria seu príncipe árabe, o cavalheiro da brilhante armadura que aparecia nos antigos contos de fadas. Mas isso nunca tinha acontecido. Tinha lhe dado um herdeiro, seu filho amado, Asad, e de todos os modos não voltou a ser o mesmo de antes. Cada dia Abdul se tornava mais frio, cada dia se distanciava dela até que sentiu como se estivesse casada com um estranho aterrador, volátil. O distanciamento continuou. Mais mulheres foram acrescentadas a sua família, corpos para que Abdul se acasalasse corpos que ela suspeitava que tivessem sido comprados simplesmente porque ele se deu conta de que elas não lhe faziam sentir exatamente o que ele queria. Sete anos depois que Nicoletta tinha se casado o harém da família Kan estava formado por seis pessoas: Abdul, Sinead, Nicoletta, e três esposas mais que Abdul tinha comprado. Nem Sinead e muito menos ela tinham sentido
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carinho pelas novas esposas. Muitos anos depois da morte de Sinead, Abdul tinha comprado outra esposa, outra razão pela qual Nicoletta lhe tinha culpado, embora reconhecesse que não era a maior. Por que, Abdul? - Perguntou silenciosamente, suas narinas tremendo. Quero saber por quê. Por que me obrigou a ficar quando durante anos se aborrecia em me ver? Por que!
— Aeronave 127 da Federação da Terra, prepare-se para abordar a galáxia da Via Láctea — anunciou uma alegre e imaterial voz feminina, tirando Nicoletta de seus pensamentos — Requer-se agora que todas as mulheres dominadas e desprotegidas tirem seu cenário corporal. Obrigada por escolher as Aerolinhas da Federação da Terra. Nicoletta se levantou e tirou o longo e solto traje que usava. Tirou-o por sua cabeça e entregou sua decoração corporal a um androide para que o armazenasse. Nua salvo por seus anéis de mamilo e corrente como se requeria que usassem todas as mulheres da Federação da Terra, deixou-se cair de novo em seu assento. Que seu marido estivesse morto não significava que as autoridades do porto não comprovassem seus aportes virtuais em qualquer estação espacial na cúspide mais extrema da galáxia quando atracassem. A nádega direita de Nicoletta foi marcada com o sinal de Abdul Kan. Para eles, vivo ou morto, era e sempre seria sua exclusiva propriedade. Segundo a lei, a nenhum outro varão era permitido tocá-la. Isso não significava que não acontecesse, apenas não era legal. Tomou um fôlego profundo, calmante e devagar o exalou quando se voltou a acomodar em seu assento. Seus cílios revoaram até fechar. Para eles,
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possivelmente, ainda era propriedade de Abdul, mas Nicoletta sabia que ela era livre... A partir de agora e para sempre, pensou, sempre seria livre. O coração de Nicoletta se afundou enquanto observava Abdul terminar de fazer amor com Sinead. Seu gemido foi longo e forte quando ejaculou dentro dela. aram longos minutos antes que ele se retirasse da cama do harém assim Nicoletta se manteve fingindo que arrumava o cabelo enfrente ao espelho. — É a ti a que ele ama Nica, — murmurou Sinead, chegando atrás dela. Seu sorriso era tão suave como seu acento irlandês. — Sabe moça. Nicoletta seguiu penteando seu longo cabelo escuro diante do espelho tridimensional. — Isso não é verdade, — sussurrou. Suspirou, momentaneamente parando de pentear-se — Sinto ciúmes, Sinead. Não poderia pedir melhor amiga ou confidente que você. — Mas quer ser sua única esposa. — Assim é, — fechou os olhos um instante, doída por sua própria issão. Desejar isso era querer Sinead longe e ela não podia fazê-lo. —Por favor, entende que isto não tem nada a ver com meu carinho para ti. Só quero... — O conto de fadas, — Sinead assentiu com a cabeça. Seu olhar parecia longe — Como eu o fiz a minha maneira, — murmurou ela. Nicoletta deixou o pente, girou-se e a olhou. — Sinto muito, Sinead. Estou aqui sentindo melancolia por mim — murmurou com arrependimento quando ela estendeu sua mão para pegar a
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sua, — Quando você é sua primeira esposa. Não posso imaginar como deve ter estado chateada quando ele se casou comigo. — Não estive — confessou suavemente Sinead — Fui feliz por vocês — diante da expressão confusa de Nicoletta, ela explicou misteriosamente. — Há mais em minha relação com o Amo do que possa saber — suspirou olhando longe — Só confie em mim e em nosso amor uma pela outra quando te digo que desejava que Abdul encontrasse sua felicidade contigo, uma felicidade que ele nunca encontraria comigo. — Não entendo... — Eu já disse muito — sacudiu seu cabelo vermelho como o vinho, assim sorriu e abraçou Nicoletta — Só sei que ele te ama, Nica — sussurrou. ou suas mãos sobre os grandes peitos de Nicoletta e suavemente massageou seus mamilos. A respiração de Nicoletta se prendeu. — Como eu, — disse Sinead roucamente. Seu beijo com língua foi embriagador, como eram todos seus beijos. Sinead era a única amante mulher que tinha conhecido a única amante mulher que ela conheceria. Seu coração pertencia tanto a Sinead, como o fazia Abdul, embora o amor fosse tão diferente. Queria Sinead... Mas estava apaixonada por Abdul. — Disse que se levantasse. Agora, mulher! Nicoletta piscou várias vezes em rápida sucessão quando um homem que não reconhecia a forçou a ficar em pé, sacudindo-a do profundo sono que a tinha reclamado. O que estava ando! Sua mente gritou. O que fazem estes homens aqui? Sua mente estava tão enevoada que era difícil de assimilar o que estava acontecendo ao seu redor. As mulheres choravam, os homens
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berravam. O que acontece! Lutou por despertar, por focar seus olhos ao seu redor e pensar sem as teias de aranha que cobriam seu cérebro. Quinze ou vinte homens armados enchiam o avião, as expressões de suas caras sérias. Uma rápida olhada ao portal mais próximo confirmou que o transporte estelar se chocou em algum lugar no interior das selvas da Federação da Terra, onde ninguém sabia o que havia. Outra rápida olhada para uma das quatro asas retráteis do transporte estelar revelou os fortes danos. Sua respiração gelou. A realidade devagar chegou. Tinham sido derrubados. Doce Kalast! - Pensou seu olhar selvagem virando-se para eles, tinham sido capturados por forças Exteriores! Mas o que queriam estes foragidos do Subterrâneo? O que procuravam? Engoliu com força quando duas ásperas mãos masculinas alcançaram ao redor dela por trás e agarraram seus grandes peitos. Assustada, ofegou quando o libertino começou a beliscar seus mamilos, empurrando sua ereção contra suas costas. Oh deuses, queriam às mulheres, pensou histericamente Nicoletta, sua respiração tornando-se trabalhosa. Estes varões do Exterior não podiam comprar mulheres legalmente já que moravam fora do amparo das biosferas. Não podiam comprar mulheres, então as roubavam. Tinha sido liberada do harém de Abdul para isto? Não... não! Seu coração pulsava como um louco em seu peito, Nicoletta gritou enquanto tratava de se separar do homem que a segurava como refém. Ele lutou com ela, fixando-a fortemente contra ele de modo que ela não pudesse mover-se. — Deixe-me ir! — disse com raiva, metade histérica e metade venenosa. Isso não podia estar acontecendo. —Pertenço a outro!
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— Já basta, moça — grunhiu o homem. Gritando quando seus dentes se afundaram em seu braço, tirando sangue. — Disse que já basta — gritou, girando Nicoletta para obrigá-la a lhe confrontar. Havia manchas de cor púrpura em sua boca. A quem pudesse ter pertencido antes não importa — sua raiva era algo tangível. — O único que deve importar é a quem pertencerá. Ah, Cyrus, não, pensou, seus olhos abrindo-se. Nãoooo! Abriu a boca para gritar de novo, mas foi parada de forma brutal antes que um só som deixasse seus lábios. Momentos depois, seu atacante a agarrou pelos ombros enquanto um segundo homem agarrou suas pernas que se agitavam. Dando chutes e gritos, levaram-na do amparo do transporte estelar à caverna da selva mortal. — Me ajudem! — Chorou Nicoletta — Nellie, Kerick, alguém tem que me ouvir! Ajudem-me!
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Capítulo Três
Seu coração pulsava em seu peito enquanto Abdul deixava suaves beijos por todo seu rosto. Tinham estado fazendo amor sem Sinead esse último mês. Esta parecia preocupada nestes últimos tempos e o Amo Kan não a tinha pressionado sobre voltar a levá-la à cama do harém para que lhe desse um herdeiro varão. Existiam segredos entre eles, segredos dos quais Nicoletta se dava conta que não estava a par. — Amo-te, anawahib - murmurou Abdul no acento árabe denso que sempre deixava seus joelhos débeis. Ah deuses, ela também o amava! Oh, como o amava! Pensou em lhe perguntar o significado de anawahib, mas seu olhar verde intenso encontrou o seu enquanto voltava a falar. — Eu... — suas narinas tremeram uma expressão de dor quando olhou para o outro lado. — O que tenho feito? — Perguntou em voz rouca, como se falasse consigo mesmo. Seus dedos aram através de seu cabelo escuro, agarrando-se muito forte, como se ela fosse sua corda de salvação da loucura. — Cyrus, o que tenho feito? A cara de Nicoletta se enrugou. — Abdul? — alarmou-se, já que nunca antes o tinha visto perder seu controle de ferro. Seus olhos se aumentaram — Abdul, o que acontece? A máscara estava de volta, as emoções cruas ocultas, como se nunca tivessem existido.
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— Nada — levantou-se de entre suas pernas e caiu sobre a cama junto a ela. Seu olhar era distante, sua expressão tão fria e remota, que enviou calafrios por suas costas. — Nada — murmurou.
Devia ter dormido. Como em nome dos Santos antigos tinha conseguido ficar adormecida na presente circunstância? Isso estava além dela, ainda com a claridade que tinha. Sempre, sempre, Abdul frequentava seus sonhos. Geralmente Nicoletta odiava isso, que ele tivesse poder sobre ela até depois de sua morte, embora itiu que preferia voltar para seu estado anterior de sono, sua mente ocupada recordando os dias ados com ele em seu harém, que enfrentar a realidade atual, mais espantosa. Atada, amordaçada e nua, tinham-na miserável no subterrâneo, nas catacumbas uma série de estruturas parecidas com umas tumbas escuras, misteriosas, esculpidas no ventre da terra onde os Exteriores tinham feito suas casas. Casas de barro e madeira cobertas de palha que só estavam iluminadas por tochas em suas paredes. Ela estremeceu, um arrepio se formou em sua carne pela frieza do ar. Seus braços tinham sido colocados por cima dela no frio chão de terra e suas pernas tinham sido levantadas com as coxas separadas. Cinco homens estavam por toda parte dela, suas mãos e suas bocas explorando todos seus orifícios. O rebelde do Exterior a tinha prendido na terra, e todos pareciam ser irmãos de vinte a trinta anos... e todos pareciam ser virgens. Nunca tinham montado antes em uma verdadeira mulher, pensou, seus olhos abrindo por cima da mordaça. Um androide possivelmente, mas nunca uma mulher humana. Doce Kalast, a foderiam durante dias...
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Mas não a tinham montado ainda, considerou com muito alívio, perguntando-se sobre isso. Ninguém a penetrava agora, só lambiam e acariciavam várias partes de seu corpo. Não sentia nenhuma dor entre suas pernas, por isso estava bastante segura de que não tinha sido possuída enquanto tinha estado dormindo, ou nocauteada. Sim, tinha sido nocauteada. As lembranças eram imprecisas, mas se lembrava vagamente de lutar com dois homens na selva... e apenas um tecido cheirando uma substância parecida com clorofórmio, chamada sarsi ser colocada sobre sua boca e nariz até que não recordou nada mais. Também suspeitou que tivesse sido ilegal o ocorrido no transporte estelar. Os rebeldes tinham obtido ajuda interna, que tinham soltado gás sonífero, pois era a única maneira de explicar porque permaneceu adormecida durante um acidente como aquele. Nicoletta se retorcia virtualmente quando observou como dois homens olhavam com desejo seus mamilos, que se mantinham perpetuamente inchados e rígidos pelos anéis que lhe tinham posto no dia em que Abdul a tinha comprado. Não se sentiu surpreendida quando as duas bocas masculinas se lançaram sobre cada mamilo, seus lábios fechados ao seu redor, sugando com avidez. As expressões de suas caras eram de felicidade, de estar experimentando finalmente uma sensação maravilhosa que nenhum homem teria acreditado que conheceria alguma vez. Ah, deuses, pensou Nicoletta, sua respiração cada vez mais laboriosa. Estes homens não me deixarão ir sem lutar. Possivelmente até a morte. Só podia rezar a Cyrus estar equivocada e que estes homens tivessem visto e estado com mulheres reais antes. Se ela fosse a primeira e última esperança de obter uma esposa comunal...
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Brevemente fechou os olhos, o terror cravando-se nela. Se estes cinco irmãos desejavam fazê-la sua esposa comunal, a consequência seria que não poderia deixar sua moradia. Tinha-lhe levado vinte e cinco anos para fugir de um marido. Evitar cinco? Doce Cyrus, pensou Nicoletta, nunca seria livre. — Quando estará o fodido homem aqui? — Um dos irmãos resmungou sobre seus clitóris. — Desejo desesperadamente estar dentro dela. Nicoletta se estremeceu. Oh, não... não, não, não! Estavam esperando um Oficiante, um homem que acreditavam ser abençoado por Cyrus para levar a cabo o ritual matrimonial. Em outras palavras, precisavam de alguém com conhecimentos em metais e tatuagem com a finalidade de eliminar os anéis dos mamilos que usava atualmente e substitui-los pelos seus próprios, assim como tentar ocultar a tatuagem de Kan de sua nádega direita, trocando-a com o selo de sua linhagem. — Não sei — Um dos irmãos com um mamilo na boca o deixou sair o tempo suficiente para responder — Já paguei vinte e cinco lagartos à Comuna por ela. Nicoletta não sabia se ria ou chorava, sentir-se insultada ou todo o anterior. Perversamente, o insulto ganhou. Suas narinas tremeram em cima da mordaça enquanto considerava que seu verdadeiro valor andava só em vinte e cinco lagartos. Vinte e cinco lagartos! Uma grande diferença do meio milhão de ienes que Abdul tinha pagado a seu pai. Ela amaldiçoou atrocidades amortecidas pela mordaça aos repugnantes irmãos, mas não lhe emprestaram atenção absolutamente. — Irei ver o que está lhe atrasando — O irmão de aspecto mais jovem resmungou enquanto se levantava e saiu pisando forte. — Doce Cyrus, meu pau está duro. Melhor que se apresse.
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Durante os seguintes quinze minutos, os quatro irmãos restantes se alternaram para lamber e chupar todas suas partes íntimas. Nicoletta se sentia descontente porque seu traidor corpo respondia, sem sequer dar-se conta de como a excitação não desejada era uma reação perfeitamente natural ao ter seu clitóris e mamilos, lambidos, beijados e sugados. Sabia muito mais que isso, mas ainda desprezava a umidade entre suas pernas. O irmão maior tomou sua vagina inteira em sua boca e a sugou com força. Nicoletta gemeu atrás da mordaça, os mamilos já duros cada vez mais impossivelmente rígidos. Os irmãos chupavam mais forte. Seus peitos. Sua vagina. Um dedo em seu ânus. Seus gemidos apreciativos repercutiram dentro da câmara de terra, enquanto eles chupavam mais duro, e mais duro e... Nicoletta
gemeu
forte
detrás
da
mordaça,
seu
corpo
involuntariamente se arqueou quando ela gozou. O sangue foi para sua cara, esquentando-a.
Correu
para
seus
mamilos
e
clitóris,
fazendo-os
extraordinariamente sensíveis. Gritou detrás da mordaça quando eles chuparam mais forte, uma sensação dolorosa em seu tão sensível corpo. — Doce Cyrus — Resmungou um irmão — Desejo meter-lhe tanto. O que chupava seu mamilo esquerdo gemeu em acordo. Soltou seu mamilo rosado com um som explosivo e logo o acertou com seu dedo indicador e o olhou, apoiando-se no cotovelo. — Está a caminho! — O quinto irmão anunciou entre ofegos quando voltou correndo à câmara de terra. — Corte as cordas para que ele possa trabalhar nos anéis de mamilos! Não, por favor, não!
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Um rugido demolidor repercutiu por toda parte do subterrâneo, toda a atenção apanhada pelo som. Os irmãos se detiveram. Algo se aproximava, pensou Nicoletta, aterrorizada. Algo com um grunhido surpreendentemente similar ao daquele sub-humano... Não! Não era possível. Esta não era uma das primeiras catacumbas do subterrâneo que tinha visto desde que fugiu de seu falecido marido. Os condenados sempre mantinham os túneis e câmaras seladas aos depredadores que habitavam as selvas. As duas espécies viviam como se tivessem declarado um arrendamento tácito, compartilhado: o homem governava as covas, o homem-besta as selvas. Como teria forçado sua entrada um sub-humano? Por que inclusive tentaria? O som dos rugidos se fez mais próximo, mais mortal. Histericamente notou que nenhum dos irmãos estava armado com cassetetes elétricos. Oh, deuses, seriam todos alimento para o monstro. Estavam todos mortos! Os irmãos cortaram as ataduras de suas pernas, seus braços e boca ainda presos, e a pam de pé. — Vamos! — Um dos irmãos berrou enquanto a empurrava da caverna por uma próxima ao que saíam os sons de grunhidos. — Te mova moça! — Advertiu furiosamente quando ela lutou contra ele. Tinha o olhar pálido de um homem que sabia que a morte vinha. — Te mova ou te deixo aqui para que morra — Ofegou. O ataque chegou sem aviso prévio, um horrível banho de sangue tirado de um pesadelo. Em choque, Nicoletta se segurou contra a barreira de um muro de barro que impedia que seguisse movendo-se. Seu coração palpitava em seus ouvidos. Seus olhos atormentados, sem piscar, olhavam a criatura matar sua segunda vítima. Corre! Pelo amor dos Santos antigos, corre!
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A besta virou sua cabeça ao redor. Seu olhar de cor carmesim apanhou o seu. Os olhos de Nicoletta se ampliaram. Sua cara empalideceu e seu sangue gelou quando ela conseguiu uma boa primeira vista de sua cara. Tinha-a encontrado. Isto... esta coisa... que a tinha sequestrado enquanto ela estava procurando Nellie, essa coisa que a tinha miserável em sua caverna na selva e tinha montado seu corpo durante dois dias com suas noites. Isso havia retornado... Por ela. Abriu a boca para gritar, recordando só então, que a tinha ainda amordaçada. Corre idiota! Enquanto sua atenção está concentrada nos irmãos, Doce Kalast, Nica, Corre! Por fim, seus pés cooperaram. Fazendo caso omisso aos torturados gritos de morte, Nicoletta fugiu das catacumbas tão rápido como seus pés a puderam levar. Mais rápido! Mentalmente se estimulou, com o medo alimentando sua adrenalina. Negou-se a olhar para trás, negou-se a pensar se o homem-besta se aproximava dela. Seus peitos nus balançavam para cima e para baixo enquanto corria cada vez mais e mais rápido. Mais rápido! Mais rápido! Mais rápido! Perdendo o equilíbrio, caiu sobre seus joelhos, raspando-os. Ignorou o fogo que se disparou através deles quando voltou a seguir adiante, com as mãos ainda atadas diante dela, seguiu correndo sem rumo fixo pela selva. Seu coração pulsava com força contra seu peito, o suor ensopando sua testa.
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Tinha ado toda uma hora antes que deixasse de correr, uma hora antes que seu corpo cedesse e, esgotada, se derrubasse no chão. Tem que te levantar! Com sua boca e mãos ainda atadas, tentou forçar-se a ficar em pé. Ah deuses, estava tão cansada, muito esgotada para levantar-se usando só os músculos das pernas, reconheceu entre ofegos. Mas se não encontrasse algum tipo de refúgio estaria morta. Se isso não a encontrasse, outro sub-humano o faria. A boneca de trepar de um demônio ou a comida de alguém. Não sabia que ambiente podia esperar. Seus olhos escuros se apertaram quando encontrou a entrada de uma cova. Deu-se conta de que podia muito bem ser a caverna de um subhumano, mas também havia uma boa probabilidade de que não o fosse. É sua única esperança. Vamos, Nica... Com o último pingo de energia que restava, Nicoletta usou seus cotovelos para ajudar a entrar na cova. Estava escura, fazia frio, mas também, graças aos Santos da antiguidade, estava vazia. Gemeu quando voltou a cair. Por favor, Nellie, encontre a mamãe, rogou em silêncio. Seus olhos lentamente fechando-se. Por favor, me encontre.
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Capítulo Quatro
— Nunca, nunca faça! Não volte a olhar outro homem e muito menos flertar com um! Seus olhos eram selvagens, ameaçadores. A ira que o consumia não se parecia com nada que Nicoletta já tivesse visto em sua vida. Um medo gelado se apoderou dela quando a obrigou a ficar sobre seus joelhos e a golpeou com força. — Escuta-me? — berrou com a mão golpeando seu traseiro nu uma e outra vez. — Para! — gritou, a dor era entristecedora quando ele a golpeou pela quinta vez. — Ah, deuses, Amo, já não mais! — Escuta-me? — enfureceu-se, golpeando-a incrivelmente mais duro. Ela se negou a responder. Estava ali, suspensa sobre seus joelhos, soluçando como uma menina enquanto ele repetidamente a surrava, uma e outra vez. — Detenha — ofegou ela, sentindo-se a ponto de desmaiar pela dor que lhe estava causando. — Por favor... Abdul grunhiu enquanto a golpeava mais duro, sua raiva crescendo. Quando finalmente terminou, puxou-ade sobre seus joelhos e a sacudiu em pé.
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— Fiz-te uma pergunta! — berrou sua mandíbula muito tensa enquanto seus olhos refulgiam selvagens. — Nunca deve flertar. Está me escutando? — uivou. Suas narinas tremiam enquanto ela se esforçava para ficar em pé. — Não, — ofegou. O medo aparecendo momentaneamente em seus olhos quando ele a agarrou pelos ombros, os dedos dolorosamente cravados ali, mas ela o controlou. — Trouxe uma terceira esposa — soltou sua ira tão tangível quanto a sua. — Como pôde me fazer isso? Como? A odeio! — exclamou com lágrimas nos olhos. — E te odeio! — Agradeça aos deuses! — berrou de novo, sacudindo-a pelos ombros. Sua fúria o consumia todo, dominando-o. — Não quero seu amor — chiou enquanto as lagrimas caíam pelas bochechas dela. — Agora, entra na cama! — Nunca! — gritou, com lágrimas de angústia fluindo livremente. Tinha rezado a Cyrus por um matrimônio feliz. Tinha abandonado seus projetos de fugir no momento em que se uniram, porque bobamente tinha acreditado que o amor de Abdul por ela era tão forte como seu amor por ele. Mas esse amor não existia, nunca existiu. E agora, dois anos mais tarde, o único que queria era lhe abandonar. Queria ser livre. Nicoletta se separou de seu aperto, seus olhos ardendo com raiva, com ódio, com dor e traição. Endireitou seus ombros enquanto seu olhar fixo penetrava no dele. — Pode me forçar se quiser — disse glacialmente, com o veneno em sua voz apenas controlada, — Porque juro que nunca mais procurarei você
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por vontade própria na cama... — Se os olhares fossem letais, o deus da Morte o teria reclamado agora mesmo. — Nunca.
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Despertou com o som de um grunhido surpreendentemente familiar, um som de lamento baixo que repercutiu por toda parte na cova como se lhe recordasse que pertencia a ele... a isso. Seu coração se acelerou, Nicoletta se estremeceu de onde estava nua deitada sobre seu ventre. Tinha medo de virar a cabeça e contemplar a besta-homem, embora soubesse que estava ali. Reconheceria seu grunhido e seu aroma em qualquer lugar. Abriu a boca para gritar, mas recordou que ainda estava amordaçada. Seu coração se afundou em seu peito, resignando-se. Não havia razão para gritar, ninguém a resgataria. E ainda se alguém o tentasse isso só mataria ao desgraçado por atrever-se a aproximar-se dela. Bom Cyrus, por que ava por isto? Por que! Ainda sobre seu estômago, sua cabeça subiu e girou para contemplar a criatura. Estava ali, tal e como ela sabia que estaria de pé sobre seu corpo como se estivesse custodiando-a ou dispondo-se a possui-la... Ou as duas coisas. Caminhava erguido como um homem olhava-a com a fome carnal de um homem... Mas não era um homem...
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Os olhos vermelhos que frequentemente pareciam os de um demônio, a musculatura pesada de um super-homem. Os dentes serrados pareciam algo de um pesadelo, as unhas de vampiro em cada dedo enviaram calafrios que percorreram sua coluna. A criatura grunhiu baixo em sua garganta, deixando descobertos seus dentes como adagas. A palidez cinza, como a morte, de sua pele brilhou em uma fração de seus músculos tensos como cabos. Parecia que se dispunha a matá-la... isso deveria tê-la matado, sabia. Era o que sub-humanos faziam, tudo o que faziam. Caçavam suas presas, e a matavam. Por que era diferente este? Por que ela era diferente? Nicoletta se obrigou a subir sobre seu ventre e colocar-se sobre suas nádegas. Tinha as mãos atadas ainda por diante, sua boca ainda amordaçada, mas isso não significava nada. Tudo o que ela poderia fazer era simplesmente contemplar a besta, cada pergunta que se fez em seus olhos para que ele as visse. Por que me quer? Por que não me deixa em paz? Por que só não me matas? Uma mão foi para ela, às unhas o suficientemente afiadas para rasgála em tiras. Esticou-se, seus peitos subiam e baixavam enquanto seus olhos se alargaram em cima de sua mordaça. Isso ia se aproximar de sua cara... Ah, deuses, sua jugular possivelmente? Não! Não! Não... Ofegou quando uma só unha cortou a mordaça, liberando sua boca. Ficou quieta, tão surpreendida que se esqueceu respirar. Sabiamente, entretanto, a besta não fez nada para desatar suas mãos, como se soubesse que isso lhe permitiria fugir melhor dele.
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Talvez soubesse realmente isso, considerou enquanto olhava seus olhos estranhamente hipnóticos. Apesar de tudo, esta criatura tinha sido uma vez um homem... Outra atrocidade que poderia pôr aos pés de Abdul. Ele tinha proporcionado aos cientistas da Hierarquia escravos humanos para experimentar com eles. Se o Amo Kan não tivesse tido um fornecimento amplo de prisioneiros para entregar como cães de laboratório para um louco, não teria havido nenhum experimento depravado, e os sub-humanos não existiriam, esta criatura que pensava que ela era sua propriedade não existiria. — Por que eu? — Sussurrou seu olhar procurando o da besta. Seu coração pulsando em seu peito. Ficou sem fôlego. — Não entendo... O monstrogrunhiu outra vez, seus afiados dentes e proeminentes. Deveria ter ficado assustada se isso significasse que ia matá-la, a única conclusão sã em um mundo de loucos. Mas desta vez Nicoletta reconheceu o som pelo que era: marcava território, falava de dominação... Posse. Mantenha a calma, Nica. Doce Cyrus, sentia-se a ponto de desmaiar! Só mantenha calma. O grunhido se aprofundou, ressonando em sua garganta. Mantenha a calma. — Isto é o que quer? — sussurrou. Deitando-se sobre suas costas, estirou suas mãos atadas sobre sua cabeça e olhou a criatura entre seus dois grandes peitos coroados por seus rígidos mamilos rosados. Seus olhos carmesim seguiram cada aspecto de seus movimentos. Ela devagar estendeu suas coxas abertas até onde podia.
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— Isto? — murmurou. O grunhido seguiu enquanto pouco a pouco baixava sobre seus joelhos, a mandíbula tensa e seus dentes de serra descoberto como se se preparasse para mordê-la até matá-la. A transpiração brotava em sua testa, o ritmo de sua respiração se acelerou. Não tinha ideia se isso significava que ia matá-la ou fodê-la. Seu pênis grosso, duro, e o olhar entrecerrado em seus olhos sugeria o segundo. Nesta ocasião, por mais estranho que fosse, ela desejava isso. — E... Está bem, — sussurrou Nicoletta, seu tom seguro em desacordo com a histeria sempre presente que ameaçava toma-la. — E... está bem, - balançou seus dedos sobre sua cabeça, lhe recordando que estava atada, mostrando a criatura de força sobre-humana que não lhe oferecia nenhuma resistência. O grunhido se fez mais profundo, embora fosse mais baixo, menos ameaçador. A besta-homem estava sentada diante de suas coxas estendidas, seus olhos carmesim rastreando a estável subida e descida de seus peitos, logo olhou seu íntimo oferecimento. Uma mão cinza calosa tomou seu grande peito. Amassou-o e logo o soltou. Ela se estremeceu quando viu uma só unha de vampiro negra ar o contorno de seu anel de mamilo. A ação foi feita com tal suavidade para fazer que sua testa se enrugasse em confusão. A unha suavemente arranhou seu tenso mamilo rosado. Ela gemeu, não tendo nem ideia de porque um só toque seu podia inflamar seu corpo inteiro. Era justamente igual como tinha sido quando a tinha sequestrado e levado à cova na última vez. Não o tinha entendido então. Não o entendia agora.
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— O que me faz? — Nicoletta ofegou, sua excitação aumentando enquanto a besta suavemente arranhava sobre ambos os peitos. Esquecendo que suas mãos estavam atadas, ela sem pensar começou baixa-las, o instinto para se proteger era bastante entristecedor. Seu grunhido de resposta a assustou, fazendo-a sobressaltar-se. — Eu... eu o sinto — sussurrou, o sangue palpitando em seus ouvidos. Imediatamente colocou suas mãos atadas de novo sobre sua cabeça. A ação fez que seus peitos se levantassem, dando uma imagem de um oferecimento submisso completo outra vez. — Não lutarei contra ti. Não é que a ajudasse lutar, pensou sua língua lançando-se a umedecer seu lábio superior ressecado. O macho sub-humano poderia matá-la em um segundo. — Entrego-me a ti voluntariamente. Não sabia se compreendia suas palavras, mas seu grunhido de resposta dominante, disse que entendia suas ações. Em pouco tempo, o subhumano estava sobre ela, chupando seus mamilos, fazendo-a gemer de medo e excitação. — O que me faz? — ofegou, com as costas arqueadas, e fechando seus olhos. — Ah, deuses... A besta apalpou seus dois peitos, obtendo toda a atenção de Nicoletta. Seu olhar procurou o seu. Viu o sub-humano contemplá-la através de suas pálpebras pesadas enquanto que se estabelecia entre suas pernas. Sua respiração se tornou trabalhosa, recordando seu último encontro, como a criatura era sexualmente insaciável.
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Não tinha conseguido engravidá-la na última vez. Certamente seu aroma lhe disse o mesmo. Ela engoliu ao dar-se conta que isto sabia, sabia, e talvez esta vez se assegurasse de engravidá-la. A besta se meteu dentro de sua vagina com um forte rugido que repercutiu na cova. Nicoletta ficou sem fôlego, tinha esquecido o longo e grosso que era seu pênis. Deslizou-se até o fundo, sepultando-se até o talo, lhe recordando uma e outra vez com seus grunhidos possessivos a quem pertencia sua vagina. Suas pernas totalmente abertas, com as mãos submissamente ligadas por cima de sua cabeça... assim não era difícil recordar a quem pertencia ela. Enfiou duro, sem piedade, afundando-se dentro e fora de sua carne em golpes profundos que a marcavam. Nicoletta gemeu enquanto a fodia, suas grandes tetas balançando-se com cada impulso. — Mais profundo, — ofegou, dizendo-se agora que não era o momento de deter-se muito no fato de que ela não devia animá-lo. — Mais rápido... ah, deuses, assim. A criatura a montou mais duro, mais rápido, fodendo-a enquanto que seu grunhido se manteve invariável. Ela podia ouvir o som de sua vagina tomando-o cada vez que saía dela, podia cheirar sua própria excitação. As palmas de suas mãos foram para seus peitos que se bamboleavam, e baixou sua cara pegando um rígido mamilo entre seus dentes de serra. Suavemente raspou o mamilo, uma e outra vez, até que Nicoletta esteve gemendo, o clímax esticando seu ventre. Colocou o mamilo em sua boca, o homem-besta chupou com força, beijando e sugando com força a aréola, enquanto se amamentava de seu rígido mamilo. — Vou gozar — gemeu Nicoletta — Vou goz... ohhhh!
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Ela gritou quando um orgasmo estalou em seu ventre, uma euforia violenta, que foi tão doloroso como agradável. O grunhido do varão subhumano se fez mais forte, quando sua vagina começou a contrair-se ao redor de seu pênis, tratando de lhe sugar sua semente. Então a cobriu por completo, com suas mãos de vampiro possessivamente fixando suas mãos atadas em seu lugar, enquanto a fodia. Mais duro. Mais profundo. Mais rápido. Repetidas vezes. Uma e outra vez. Nicoletta moveu sua vagina contra seu captor, ofegando enquanto seus olhos se fechavam e sua cabeça se apoiava em seu pescoço. — O que quer de mim? — perguntou de novo, seu fôlego retido. Ele respondeu a fodendo mais duro, sem piedade. Montou seu corpo como o animal que era sua única atenção em possui-la. Cada rugido de advertência lhe dizia que pertencia a ele, cada golpe para marcá-la reafirmando seu domínio. Os sons de carne batendo contra carne chegaram a seus ouvidos, misturando-se com os grunhidos de excitação territorial... Mais duro. Mais profundo. Mais rápido. Repetidas vezes. Uma e outra vez. A besta gozou com um rugido forte que repercutiu um som ensurdecedor que ressonou em toda a caverna e na selva. A musculatura completa do sub-humano se esticou e convulsionou, quando o esperma quente brotou como um vulcão em seu útero.
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Sua respiração nunca tinha sido tão desigual. Sua confusão nunca tinha sido tão pronunciada. Tinha animado seu captor sub-humano a possuila, essa coisa podia não ter entendido suas palavras, mas definitivamente entendeu as ações de seu corpo. A besta atormentava sua alma de um modo que nenhum outro, salvo Abdul, fazia. Tinham ado seis meses desde que tinha fugido de qualquer deles, e ainda os dois a possuíam de um modo que nunca poderia pôr em palavras. Estava em seus olhos. Algo em seus olhos lhe dava pena, algo a chamava. Seus olhos podiam fazê-la quase acreditar que a necessitava. Parecia que uma eternidade tinha ado por diante dela ou da criatura antes que se movesse. E logo, surpreendeu Nicoletta, sabendo que não o esperava, seu olhar se alargou quando uma unha negra de vampiro cortou diretamente as ataduras, liberando suas mãos. A criatura se afastou dela, virando de um lado. Entretanto, a estava olhando, notou ela. Seu fixo olhar vermelho nunca a abandonou. Estava esperando ver o que fazia, pensou, seu ritmo cardíaco acelerado. Essa coisa esperava ver se ela trataria de fugir ou decidia ficar. Nicoletta virou de lado também de modo que estivessem um em frente do outro. Seus olhos castanhos estavam redondos, com medo, com uma expressão confusa. Devagar, muito lentamente, uma tremula mão alcançou o coração do sub-humano e descansou ali. — O que está me fazendo? — murmurou Nicoletta. Fechando seus olhos um instante, arrastando um fôlego entrecortado. Seus olhos se voltaram a abrir de novo — O que está me fazendo?
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Capítulo Cinco
— Armou-me uma armadilha — silvou Abdul. — Por que não deveria te matar aqui e agora? Dê-me uma só razão! — retrucou—lhe. — Por... porque você pre... precisa de mim — Balbuciou Maxim Malifé, seu medo era algo tangível. — Não sabia nada disto. Estive tão surpreso como você, juro! As narinas de Abdul tremeram. O homem no que tinha confiado para dirigir a Kan Technology em sua ausência mentia e ele sabia. Havia feito Malifé um homem muito rico que agora ocupava o quinto cargo mais alto dentro da Hierarquia da Federação da Terra. Averiguar a forma de como o tinha procedido fez que seu estômago se revirasse. Abdul Kan acreditou que Malifé tinha estado usando detentos para o Fathom Systems somente para seguir colocando sangrentos ienes no chip de seu cérebro. Não tinha nem ideia das atrocidades a que estavam destinados, e mesmo assim se sentiu responsável até o último deles. Tinha entregado esses homens como ratos de laboratório para experimentar com eles... Ele os tinha levado como porcos ao matadouro. — Os cientistas de Fathom Systems estão perto — prometeu Maxim, seus olhos brilhando. Abdul o olhou, fixamente, sem piscar. — Alguns anos mais, velho amigo, e a imortalidade será nossa — agitou uma mão desdenhosamente. — Alguns homens morreram. Uns que já nasceram mortos. Ninguém sentirá falta deles.
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Abdul piscou sua expressão incrédula. — Está louco. Malifé riu. — Prefiro a palavra "criativo". — Louco. — Parece — respondeu Malifé. — As rodas estão já em marcha. E o que é mais, atuo sob as ordens da Hierarquia. — Da qual estou acima de você — murmurou Abdul, lhe recordando sua classificação. — Tampouco acredito durante um segundo que um homem como Creagh Ou'Malley, um homem cuja posição dentro da Hierarquia é superior às nossas, participaria de uma loucura como esta! Abdul o arrastou ao redor até tê-lo em frente dele, agarrando sua túnica pelo pescoço e apertando forte. Os olhos de Malifé se alargaram levemente, seu medo voltando. — Não formarei parte disto — chiou Abdul, esticando seus músculos — A partir desse momento seu fornecimento de detentos está cortado. — Não preciso de mais — sussurrou. — Infectamos centenas já, e logo os liberamos no perímetro das biosferas. Tudo o que faremos agora é esperar... — Malifé engoliu ruidosamente, seus olhos exagerados. — E aprender.
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Três noites mais tarde. A criatura de pele cinza a seguiu ao mais profundo da caverna, cuidando de não deixá-la ir muito longe de sua linha de visão enquanto ela ia a uma correnteza que fluía do teto do refúgio de terra como uma pequena cascata. Durante três dias e três noites essa coisa a havia fodido virtualmente de forma contínua. Em sua vagina, seu ânus, sua boca, tomou-se seu tempo em todas suas partes. Ela sabia por experiência que seu captor tinha que estar cansado. — Agora para onde possivelmente poderei fugir? — perguntoulhe sem se virar quando caminhou pela água da pequena piscina onde caía a cascata. É mais rápido, mais forte, pode ver na noite, e já me apanhou duas vezes - ela inclinou a cabeça, e sorriu ligeiramente ao varão sub-humano sobre o ombro. — Acredito que pode relaxar enquanto me banho. Não sabia o que acontecia em sua cabeça, entretanto se sentiu alarmada porque pudesse ter enlouquecido. Já não tinha o medo que uma vez a consumiu. E, contra toda lógica, já não se amassava o cérebro imaginando possíveis planos de fuga. — Sinto-me culpada, já sabe — disse à criatura, quando ficou de pé na piscina de água fria e vigorosamente esfregou seus braços. A frieza do ar fez que arrepios se formassem em sua pele, e seus mamilos já rígidos ficassem impossivelmente mais duros. — Nunca estive com nenhum homem salvo meu marido. Até ti - esclareceu. Deu-se conta que a criatura provavelmente não entendia suas palavras. De algum jeito isso fez com que fosse mais fácil as pronunciar. — Nunca deixei de lhe amar — sussurrou Nicoletta, seu olhar distante. Sua respiração detida. — Duvido que alguma vez deixe de fazê-lo. Ela piscou seu olhar voltando para presente.
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— Mas não importa. Você não tem nenhuma concorrência, para não falar de que ele não me amava. E — disse em voz baixa, — Está morto. Nicoletta se ajoelhou, a água da piscina nem sequer era o suficientemente profunda para cobrir seu colo. Manteve-se de costas para a besta, enquanto ela mesma se lavava, sentindo a curiosa sensação, de que estava olhando a marca de Abdul Kan gravada com laser em sua nádega direita, difícil de descartar. Deu uma olhada por cima do ombro e confirmou que, de fato, estava olhando a marca. Perguntou-se se a criatura sabia o que era. Ou possivelmente o símbolo de propriedade só provocava uma lembrança de uma antiga vida. — Isto significa que pertenço a outro — sussurrou, desviando o olhar dele. — Suspeito que não deixará que isso te detenha. E por que o faria? O sub-humano desejava sua presença com um desejo que Abdul nunca teve. Ela ficou quieta, alarmada pela direção que seus pensamentos tomavam. Possivelmente a morte de Abdul a havia tornado louca. Não podia ficar com o homem-besta. Não podia inclusive considerar tal coisa. — É o modo no qual me olha — confessou consolada pelo fato de que não pudesse entender suas palavras. — Seu olhar intenso me é familiar, e, entretanto estranho. Familiar de uma maneira que não entendo estranho de uma forma que faço — sorriu à cascata — Sempre quis que ele me olhasse do modo que você me olha — murmurou. — Cada noite rezei a Cyrus, rogando e suplicando que meu Amo pudesse me amar —seu suspiro foi resignado. — Mas isso nunca aconteceu. E agora ele se foi deste reino. Parecia que o sub-humano escutava um fato que o fez estremecer. Sacudiu a cabeça, sorrindo ante a loucura da situação e de si mesma por pensar durante um momento que a besta sabia o que ela estava dizendo.
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Virou sua cabeça outra vez, seu sorriso desvanecendo-se quando viu o modo que a contemplava. Com desejo. Com desejo. Com necessidade. — Amou uma mulher alguma vez? — sussurrou. — Antes que fosse infectado? A besta não disse nada, só a olhava, mas apenas tinha esperado uma resposta. Supôs que viu a resposta em seus olhos, entretanto. Parecia que eles absorviam cada sussurro, bebendo a simples visão dela. — Amou, — murmurou. Seus olhos se suavizaram com pena ou dor compartilhada, não sabia. — E aposto que ela te amava com todo seu coração e alma. Olhou longe e Nicoletta teve o pensamento louco de que ela tinha movido algo profundamente dentro dele. Deu-se conta que unia emoções humanas a uma besta desumana, um Neandertal predatório cujos instintos só eram caçar, matar e procriar-se. E, entretanto, encontrou-se querendo lhe oferecer consolo. Sem dúvida estava se tornando louca. Nicoletta já estava de joelhos, assim ficou de quatro, mas levou um segundo. Empurrou seu traseiro alto no ar, usando seus cotovelos para apoiar-se quando estendeu suas pernas abertas amplamente. — Preciso ser amada — sussurrou. Ela o olhou por cima do ombro, movendo as nádegas e sorrindo para ele. — Tanto como você. Um grunhido baixo começou em seu peito, um som profundo e mortal ao qual já não temia nesse momento. Mais tarde, se preocuparia com o amanhã. Duas mãos cinza e ásperas se apoderaram de seus quadris por trás, fazendo que gritasse de forma afogada pelo medo durante um momento.
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Tinha esquecido como se movia rápido, esquecendo também a força mortal que a besta tinha. Seu captor sub-humano afundou seu pênis dentro de sua vagina sem preliminares, seu rugido possessivo fez que os cabelos diminutos de sua nuca se arrepiassem. Ela gemeu quando começou a fode-la, seu pênis longo e grosso afundando-se em sua vagina repetidas vezes, uma e outra vez. Ela jogou seus quadris para trás, para ele, aspirando seu fôlego enquanto ela encontrou seu impulso com o seu. As unhas da criatura roçaram o sinal de seu Amo, sua mão então pegou a polpa de sua nádega em que estava marcada. A testa de Nicoletta se enrugou com um sentido curioso de déjà vu, Abdul fazia o mesmo quando a montava por trás. Isso a fodeu mais duro, mais rápido, seus grunhidos mais profundos. — Sim — gemeu Nicoletta, seus peitos bamboleando-se enquanto a besta a montava duro. O som de seu pênis ao meter em sua vagina impregnou a caverna enquanto a cascata fluía sobre eles. Ela fechou seus olhos e se deixou levar para desfrutar de seu orgasmo próximo — Sim, sim, siiiiim. Montou em sua vagina sem piedade enquanto suas paredes vaginais começavam a contrair-se ao redor de seu pênis. Sua mão direita nunca deixou a marca de Abdul Kan quando ela gritou ao chegar ao orgasmo, gemendo na noite. — Mais duro Amo. — pediu ela, sem pensar, lhe chamando pelo nome em que chamava Abdul. Seus dentes se apertaram quando vorazmente bombeou seus quadris para ele, querendo ser fodida tão profundamente e com tanta força como ele pudesse fazer. Seus mamilos estavam tão rígidos pela excitação que doíam. — Quero mais forte.
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O grunhido possessivo se fez mais forte quando o varão subhumano a fodeu mais duro. Ela ofegou e gemeu enquanto seu pênis se afundava em sua vagina, com movimentos ultrarrápidos que eram tão profundos como territoriais. Ouviu que sua respiração se fazia mais pesada, agora também ouvia um rugido familiar que gorjeava nas profundidades de sua garganta. Nicoletta moveu sua vagina contra ele com tanta força como pôde, gemendo quando ele convulsionou e gozou dentro dela. Esta vez, quando esteve sobre ela, soube que o macho subhumano procuraria recuperar-se com o sono. E, em efeito, depois de recolhêla com um grunhido de advertência, e levando-a tropeçando para um lugar de descanso, isso foi o que a besta fez. Situada junto a ele, olhou seu peito cinza elevar-se e cair antes que seu olhar se movesse para encontrar-se com o seu. Lutava contra o impulso de dormir e perdê-la. Nicoletta ficou quieta. Deu-se conta porque seu captor lutava contra isso, é claro. Assim tinha sido exatamente como se afastou dele na última vez. O sono de um homem sub-humano era profundo, tão intenso, que parecia que hibernava. Era a única oportunidade que tinha a presa de escapar do que a perseguia. Havia resignação em seu olhar, um conhecimento. A besta se dava conta que se ficasse adormecida, sabia que não podia lhe impedir que fugisse, e ainda assim queria agarrar-se a cada segundo que pudesse com ela. — Dorme — sussurrou-lhe, alcançando com uma tremula mão em sua testa. Sua respiração detida em algum lugar perto de seu coração. — Fecha seus olhos e dorme.
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Capítulo Seis
Morria de vontade de tocá-la, abraçá-la e dizer que seu amor por ela era o mesmo que tinha sentido desde o primeiro momento em que a tinha comprado. Mas não podia, não sem arriscar a lhe fazer dano. Uma vez quando estavam fazendo amor, seu coração elevando-se com a emoção, quase tinha se transformado, quase tinha matado sua amada Nica. Ela o fazia sentir. A mesma coisa que ele não podia permitir-se fazer. E assim, sem saber que outra coisa podia fazer, deu-se conta que deveria mantê-la afastada dele até que pudesse encontrar as respostas suficientes para vencer Fathom Systems e Maxim Malifé em seu jogo de loucos, Abdul tinha se afastado da esposa que apreciava. Tinha-a obrigado a lhe aborrecer, a lhe desprezar, a detestar a só presença dele. Indevidamente, por desgraça, tinha funcionado. — Não me toque! — retrucou ela, afastando-se dele. — Enjauleme, me surre, faça o que você deve fazer! Mas nem te atreva — vaiou ela — me tocar. Suas palavras foram mais devastadoras que um golpe mortal. Queria dizer que a amava, que sempre a amaria. Mas suas palavras lhe faziam sentir, maldita seja. E isso fazia que o demônio nele subisse à superfície. Abdul deu um sorriso torcido em seu rosto. — Acredita que preciso de você? – zombou — Tenho três novas esposas ansiosas pelo meu toque. Não preciso de você. O olhar de pura dor e de traição em sua cara disparou seu coração. Não quero dizer isto! Quis dizer. Nica sabe que não quero dizer isto!
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— Bem então — sussurrou ela, sua voz presa, seus formosos olhos marrons cheios de lágrimas, mas era muito orgulhosa para deixá-las cair. — Melhor que vá com elas.
Ela sorriu enquanto se dispunha a abrir seus olhos, perguntandose o que faria seu captor quando visse que não tinha fugido dele. Seus olhos se abriram ao mesmo tempo. Seus olhares se enfrentaram. O sorriso de Nicoletta se desvaneceu, a cor abandonou sua cara. Seu coração começou a palpitar em seu peito, golpeando como uma rocha, fazendo que sua respiração fosse difícil. Girou-se no chão e retrocedeu diante ele. — Não, — afogou-se ela, tropeçando até que suas costas golpeou com uma parede rochosa. Seus peitos nus subiam e desciam com cada fôlego forçado. — Isto não pode ser possível! Você, não é possível! Ele não disse nada, só a contemplou, enquanto devagar ficava de pé. Estava perdendo a razão, decidiu ela. Tinha que ser isso. Não havia nenhuma outra explicação. — Agora sabe meu segredo, Nica — murmurou seu intenso olhar de jaguar cheio com tal emoção que ela teve que olhar para longe. — Os segredos que me fizeram maldito durante vinte e cinco anos, que fizeram que me escondesse para que não pudesse me olhar com repulsa — seu suspiro foi longo, cansado, resignado. — E, entretanto, a fim de guardá-lo, tive que fazer que me odiasse. Ia desmaiar. Estava segura de que ia desmaiar. Seu coração soava em seus ouvidos contra os que bombeavam violentamente.
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— Eu...eu... Ela engoliu, contra uma garganta seca, as palavras a abandonaram quando contemplou seu marido, seu marido que conforme se afirmava tinha morrido, estava muito, mas muito vivo. Tinha que estar sonhando... ou tendo alucinações. Ele e a criatura eram o mesmo? Não, não, não era possível. — Abdul? — sussurrou por fim. — Não podia deixá-la ir — disse ele suavemente. — Merece ser livre, Cyrus sabe que merece. E, entretanto... — caminhou para ela devagar, não querendo intimidá-la — Não posso deixá-la ir — ofegou. Sua expressão estava escondida e, entretanto, ela podia ver a miséria e a solidão gravada em seu rosto. Sua postura era tensa e relaxada de uma vez, contendo-se a base de força, como se ele tentasse fortemente não parecer ameaçador embora seu primeiro instinto fosse sentir-se agitado enquanto ela estava preocupada sempre tinha sido assim, e o seguiria sendo. Não havia nenhuma forma, por Cyrus, em que Abdul não parecesse um pouco ameaçador, pensou Nicoletta. Seu olhar foi ao seu corpo bronzeado, nu, aos pesados músculos e cicatrizes de batalhas. Era tão poderoso e grande, mais do que tinha sido quando era apenas um homem, quando não era também uma besta. Diferente, e mesmo assim o mesmo. Agora ela reconheceu o que tinha visto na criatura... Abdul. Seu olhar encontrou o seu. —Amo-te, Nicoletta Isabella Carlotta Kan — murmurou. Ela fechou seus olhos firmemente para se impedir de chorar. Suas narinas tremiam enquanto as lágrimas se derramavam para baixo por sua cara de todos os modos.
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— Amo-te, anawahib. Seu coração se retorceu dolorosamente. — Não me faça isto. Os olhos de Nicoletta se abriram de repente, a angústia em sua cara banhada em lágrimas claramente legível. — Precisei de vinte e cinco anos para me separar de ti — gritou — Vinte e cinco brutais anos onde pedi e supliquei a todos os Santos antigos e a cada Deus sob o sol que você pudesse me dizer essas mesmas palavras algum dia. — Nica... — sua voz abafada, era a primeira vez que Abdul tinha mostrado uma debilidade desde aquela noite a tanto tempo quando estavam fazendo amor. — Sempre te amei. Ela levantou uma mão. Suas pernas tremiam com tanta força que mal podiam sustentá-la. — É muito tarde, Abdul — grunhiu ela — Meu amor por ti sempre estará, mas mesmo assim, há muito entre nós para que algo possa resultar disso. Sua mandíbula se esticou. — Não pode entender por que me fechei para ti? — grunhiu, tentando de novo, tratando outra vez de controlar o impulso esmagador que tinha de obrigá-la a ficar. — Se tivesse morrido em minhas mãos... — suspirou seus olhos fechando-se brevemente enquanto se acalmava. — Não poderia tê-lo ado. Silêncio. Os intensos olhos verdes de Abdul se enfrentaram aos seus.
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— Não te obrigarei a ficar ao meu lado, Nica — murmurou. Seu sorriso era triste. — Havia tanta dor em ti a princípio quando te comprei, anos de pobreza e abandono que quis apagá-los de suas lembranças como se nunca houvessem... Seus olhos se encheram de lágrimas renovadas quando lhe escutou falar. Ela procurou em seu olhar enfeitiçado, o valorizou. — Havia tantas coisas que eu queria que compartilhássemos juntos. Tantas malditas coisas — olhou longe como se estivesse perdido nas lembranças. — Entretanto, tudo o que nos concedeu o destino antes que eu adoecesse, foram uns escassos meses. — Abdul... — Amo-te — murmurou. Seus olhos injetados em sangue procuraram os seus. — Inclusive se decidir te afastar para sempre, quero que saiba que em meu coração nunca haverá outro amor além de você. Silêncio. Ele lhe estendeu a mão, mas não se aproximou dela, deixando Nicoletta fazer sua própria escolha. As lágrimas corriam por seu rosto. Havia tantas emoções entre eles, como sempre tinha sido, inclusive quando Abdul tinha desejado outra coisa distinta. E ainda com toda a emoção também havia muita angústia... tanta dor e tantos anos de pena, de solidão, e de isolamento. Abdul. Seu primeiro amor. Seu único amor. Nicoletta girou quando o alcançou, um som gutural gorgolejou no fundo de sua garganta.
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— Eu... eu te amo — ofegou, envolvendo seus braços ao redor de sua cintura e abraçando-o com força. — Eu pensava... — as lágrimas faziam que as palavras fossem difíceis de pronunciar — Eu... eu acreditava que você estava morto. — Quis estar quando fugiu de mim — disse com voz rouca, suas narinas tremendo enquanto a abraçava ferozmente — Quis estar — murmurou Abdul sobre seu cabelo. — Nunca me deixe Nica — disse com uma voz suave — Por favor, volte para mim. Sua boca procurou a dela, seus lábios se chocando com a paixão que sempre tinha existido entre eles. Abdul a abaixou ao chão enquanto se beijavam suas línguas avidamente acariciando-se quando a colocou embaixo dele. Dirigiu suas calosas mãos por toda parte em seus peitos, rompendo o beijo e afastando a vista de sua formosa cara enquanto suavemente, mas firmemente a amassou do modo que sabia que gostava. Ela ofegou quando seus dedos agarraram seus inchados mamilos rosados, gemendo quando ele abaixou sua cara e tomou um desses gordinhos brotos em sua boca. — Abdul — Nicoletta disse roucamente, seus olhos fechando-se e arqueando as costas. Ela pressionou sua cara mais perto de seu peito, sorvendo o ar quando sua língua estalou seu mamilo de um lado para o outro. — Abra as pernas — ordenou-lhe, ao redor de seu mamilo, com seu sexy acento árabe. Soltou seu mamilo com um ruído explosivo e olhou seu rosto. — Quero sentir minha vagina — murmurou ele, seus olhos com as pálpebras pesadas, enquanto se estabelecia entre suas coxas — Minha vagina — disse com voz rouca, possessiva, equilibrando seu pau duro em sua entrada.
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Nicoletta se estremeceu, ao reconhecer a maneira territorial que Abdul sempre a tinha guardado. O fato de que ele era o único homem que tinha estado dentro dela fazia que seu territorialismo fosse ainda mais agudo. Afundou-se em sua vagina com um gemido, com os olhos fortemente fechados, e apertando os dentes. — Minha – grunhiu. —Toda minha. Nicoletta gemeu quando começou a lhe fazer amor, seus mamilos ficando cada vez mais impossivelmente duros quando roçavam contra seu peito com cada investida. Agarrou o ritmo de seu ato afundando-se dentro e fora de sua escorregadia vagina com uma fome que beirava um maníaco. — Abdul, — ofegou ela, jogando seus quadris para trás, sobre ele para encontrar cada um de seus possessivos golpes. — Mais forte. Suas narinas tremeram, ele jogou suas pernas sobre seus ombros sem perder o ritmo. Deu-lhe o que ela desejava, montando seu corpo de forma dura, bombeando dentro e fora enquanto gemia. Sua mandíbula se apertou com veemência quando a golpeou sem piedade, fodendo-a cada vez mais rápido. A pele ensopada de suor golpeava contra pele ensopada de suor, suas tetas movendo-se por debaixo dele enquanto rogava e gritava, pedindo mais. — Minha vagina — resmungou ele. — Minha. Nicoletta gritou seu orgasmo quando Abdul a montou, afundando-se em sua apertada carne, uma, e outra, e outra vez. Fodeu-a duro, rápido e profundo. Seus dentes se apertaram enquanto utilizava de todas as suas forças para não gozar. Queria que o momento seguisse e seguisse, afundandose dentro e fora dela para sempre. Fodeu-a mais duro, de forma bestial, os
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gemidos ecoando por toda parte da caverna na selva, e eram tão torturados como estavam cheios de prazer. Sempre tinha sido assim entre eles. Sempre. — Vou gozar — ofegou incapaz de conter um segundo mais. Suas narinas dilatando-se e seus músculos esticando-se quando repetidamente se colidiu contra sua vagina. — Nica. Gozou com um rugido territorial, seu corpo convulsionando, sacudindo seu pênis e ejaculando dentro dela. Nicoletta lançou seus quadris para ele, freneticamente ordenhando sua semente, enquanto ele gemia e gozava. ou muito tempo antes que se movessem muito tempo antes que suas respirações se normalizassem. Agarraram-se um ao outro todo o tempo, duas almas enfeitiçadas cujos fantasmas só podiam descansar um no outro. — Amo-te, Nicoletta Isabella Carlotta Kan — murmurou Abdul. Seu olhar se encontrou ao dela e o sustentou. — Sempre te amarei.
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Capítulo Sete
Ele tinha sabido quase desde o começo que estava mudando e também Sinead estava. Não tinha nem ideia de como os valentões contratados por Malifé tinham chegado à sua primeira esposa, embora claramente o tivessem feito. Podia ver as mudanças dentro dela acontecendo tão claras como podia vê-los dentro de si mesmo. Felizmente, Nica tinha se salvado. Assim como sua filha, Nellie, e seu filho, Asad, que Nica lhe tinha dado. Quando Abdul se deu conta em primeiro lugar de que acontecia com ele e Sinead, contratou os melhores cientistas da Hierarquia que pôde reunir para encontrar uma cura. Dia e noite eles trabalharam duro em seus laboratórios, dez milhões de ienes foi à recompensa pela qual competiam para achar a cura. Os cientistas acreditaram que tinham encontrado uma cura... Equivocaram-se. Sinead piorou suas brigas com a loucura foram esmagadoras em várias ocasiões. Ele mesmo, Abdul a injetou com o que ele tinha rezado a Cyrus que fosse a cura, só para encontrar, que o suposto remédio a fez piorar. E Nellie... Havia algo na forma em que os jovens olhos de sua filha o olhavam com uma expressão horrorizada. Era como se ela soubesse que sua mãe estava doente e o cule por isso. O medo que viu em seu inocente olhar quando o contemplava foi o suficiente para romper seu coração. Abdul se perguntou, e não pela primeira vez, se as lembranças de sua filha tinham sido manipuladas. Deu-se conta que suas próprias lembranças tinham sido apagadas, por mais que tentasse, não podia recordar o que tinha
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levado a infectá-los ele e Sinead. E se suas lembranças tinham sido alteradas, talvez Nellie também... E Sinead também. Sinead pensou Abdul, suspirando enquanto levantava uma taça de licor a seus lábios e bebia dela. A pobre Sinead. Nunca tinha querido converter-se em sua esposa, já que sempre tinha preferido à companhia das mulheres a dos homens. Ela amava Abdul, como seu amigo, mas nunca poderia apaixonar-se por ele. E, entretanto, em um mundo onde as mulheres não podiam fazer nenhuma regra, Sinead sabia que nunca seria livre para amar outra mulher. Creagh Ou'Mallery tinha querido que sua irmã fosse possuída por um Amo que a respeitasse, e que também respeitasse os limites de seu amor. E então Abdul se casou com ela. Sinead lhe tinha dado sua Nellie e tinha sido uma boa mãe, por isso ele nunca lamentou sua união. E logo Sinead tinha encontrado Nicoletta para ele. Ah, Nica, enquanto tiver fôlego para respirar, nunca haverá outro amor para mim, exceto você...
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Dois dias depois. — Sei que você está nervoso por ver Nellie outra vez — disse Nicoletta quando deixaram a cova de mãos dadas. Ela olhou com uma careta a improvisada roupa áspera que tinham feito para ele de pele animal,
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esfregando uma parte de sujeira da manga da túnica — Entretanto, esteja seguro de que estará contente em te ver — seu sorriso era caloroso, suave, como tinha sido nos velhos tempos quando lhe tinha dado seu amor livremente. Era o momento de começar a viagem pela selva e pelo coração das catacumbas do Underground rebelde. Em alguns dias, Abdul se reuniria com sua filha primogênita e seu marido. Um novo destino se desdobrava para todos eles, um futuro que ele não podia controlar ou predizer. Era de uma vez excitante e aterrador. Mas independentemente de que estivesse por vir, sua querida esposa estaria ao seu lado. Por isso, Abdul estaria sempre agradecido. As coisas entre Nellie e ele não seriam tão fáceis como Nicoletta imaginava, e Abdul sabia, embora ele concordasse que agora não era o momento de preocupar sua esposa com o que ia acontecer. Mas, não, não seria tão fácil... Nicoletta não tinha sido a única que ele tinha afastado em um esforço por impedir que sua loucura o reclamasse. Tinha machucado Nellie também. Ela tinha querido seu amor apesar de tudo, apesar de que ele profundamente suspeitava que ela acreditasse erroneamente, que ele tinha tido a culpa da infecção de sua mãe biológica, Sinead, e finalmente de sua morte. Embora diferentes, as feridas infligidas a Nellie eram tão profundas como as feridas que tinha causado em Nicoletta. Naquele tempo, quando a infecção tinha sido uma nova enfermidade e ninguém tinha uma suposição em quando ou como poderia ser curada, Abdul fazia a única coisa que lhe ocorreu para evitar sucumbir a ela. Negou-se a sentir. Negou-se a mostrar amor ou aceitá-lo.
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Em seu coração, ainda sabia que tinha sido a única maneira. Tinha dito repetidas vezes, que um dia, de algum jeito, de alguma forma, ele encontraria essa cura e tudo seria como deveria ter sido, outra vez. Mas então, um ano se transformou em dois, dois em uma década, e uma década em vinte e cinco anos... Não. O perdão de Nellie não chegaria fácil ou rapidamente. Mas estava decidido a ganhá-lo. Queria sua vida de novo, uma vida que lhe tinha estado esperando no lugar de um pesadelo que tinha durado um quarto de século. Um pesadelo que ainda não tinha terminado. Até que ele estivesse curado e sua família estivesse unida, nunca teria terminado. — Deixa sua preocupação, Abdul — repreendeu-o Nicoletta — Posso te ler, de verdade, dá-te conta — sorriu-lhe — Nellie ainda te ama. Abdul levantou a mão de Nicoletta a seus lábios e a beijou. Sua querida Nica era mais bela de que ele inclusive tinha recordado. Nua, vestida só com seus anéis matrimoniais de mamilo e a corrente, com sua marca na nádega direita para que o mundo a visse, tudo ao menos entre eles, era como devia ser. — Espero que esteja certa — murmurou ele. Ela inclinou a cabeça. — Estou. Sei que você duvida de mim, mas estou. E, além disso, acredito que ela poderia ser capaz de te curar. Lembro claramente de sua declaração que o soro dos cientistas do Underground tinha obtido resultados naqueles que ainda não tinham se transformado totalmente — seus olhos estavam cheios de entusiasmo, de esperança — Você ainda não se transformou totalmente — suspirou.
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Abdul assentiu com a cabeça. Se tivesse sido assim, e ele tivesse se transformado, não haveria homem para falar dentro dele. — Não. Não me transformei — suspirou, e itiu — A única coisa boa que resultou nos últimos vinte e cinco anos. Ela devolveu o suspiro, sem saber o que dizer já que era a verdade. Andaram em silêncio um momento, agarrados pela mão, enquanto se abriam o no mais profundo da selva, e pelas catacumbas para poder reunir-se com sua filha mais velha. — Tenho muito que lhes explicar — disse Abdul, apertando sua mão. Nicoletta negou com a cabeça. — Não, equivoca-se — deteve-se e se virou para olhá-lo de frente. — Você me disse um montão, e o resto tenho descoberto por mim mesma. Seu olhar procurou o dela. — Perdoa-me? — murmurou ele. — Sim — sussurrou ela, com o coração nos olhos. Tinham um caminho longo para fazer, mas o fariam juntos. Ela se deteve, quando um pensamento lhe ocorreu. Seu olhar se estreitou em um cenho franzido. — Tenho uma pergunta para ti, e por Cyrus te juro que será melhor que tenha uma resposta correta. Tinha sua frente enrugada. — Ganhou toda minha atenção — pronunciou lentamente. — Adiante.
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Ela soltou um grunhido. — Tola, mais que Tola, Estúpida, Idiota sem remédio — vaiou Nicoletta, lhe fazendo sorrir pelos nomes com que ela estava acostumada referir-se a suas outras esposas. – As manterá? Coçou o queixo, pretendendo pensar no assunto. Ele começou a rir quando ela se virou e começou a caminhar com o forte, longe. Com o braço serpenteando ao redor dela, atraiu-a de novo ao seu lado. — Não, — disse ele simplesmente. O queixo de Nicoletta subiu sua expressão satisfeita. — Bom — ela bufou. Antes que Abdul soubesse o que se apoderou dele, riu, a primeira risada que tinha saído dele em mais anos do que gostaria de recordar. Lançando a sua esposa que grunhia sobre seu ombro, caminhou pela selva, tão excitado como tenso sobre a perspectiva de reunir-se com sua filha. Abdul Kan era um homem com muitas coisas para arrepender-se. Confiar seu segredo a sua esposa para que pudessem lutar juntos, nunca seria uma delas. Dando a suas outras mulheres sua liberdade para que a única mulher que seu coração tinha apreciado alguma vez pudesse saber que a felicidade não era nenhum sacrifício absolutamente. Sempre seria Nicoletta. Nunca poderia haver outra.
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Epílogo
Mais tarde nessa noite. — O que quer dizer anawahib? — sussurrou Nicoletta com a cabeça sobre o peito de Abdul. Não podia tirar essa pergunta de sua mente, porque ele a tinha chamado, e só a ela, com esse nome durante todo o tempo que tinham estado casados. Sua cara se aproximou. — O que quer dizer? Seu sorriso era doce, seus olhos cheios de ternura. — Isso significa minha única — murmurou Abdul. Abaixou a cara e suavemente beijou seus lábios. — Minha única. Ela procurou em seu olhar. — Como você é meu. Abdul fez amor com Nicoletta na cova onde se refugiaram essa noite. Foi o mesmo marido que a tinha apreciado com todo seu ser nos primeiros dias, o mesmo marido pelo que sempre tinha rezado para que voltasse um dia para ela. Não tinha medo da besta que habitava dentro dele, nem o deixaria liderar sozinho a batalha contra essa besta. Quando Abdul se afundou nela, possessivamente, empalando seu pênis em sua carne uma e outra vez enquanto ele gemia e fazia amor com ela, prometeu a si mesma que acontecesse o que acontecesse, estaria sempre com ele.
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Tinha abandonado Abdul para poder encontrar seu destino. Ironicamente, felizmente, foi em Abdul onde ela o tinha encontrado. Não havia nada como o amor entre um homem e uma mulher. O amor por todos outros pode ser feroz, até confinar com o maníaco, mas o amor entre um homem e uma mulher a uma fome, um desejo, uma intensidade, que o diferencia de qualquer outro. — Amo-te — sussurrou Nicoletta uma e outra vez enquanto seu marido fazia amor. Vinte e cinco anos, as lembranças boas e más. Filhos, e logo um neto. Havia entre eles mais de que as meras palavras podiam expressar. E, entretanto, tentou. Ela sorriu, chorou, e lhe disse uma e outra vez só o que estava em seu coração. — Oh, como te amo...!
Fim
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