26/07/2015
25th May 2013
A Biografia completa do Apóstolo Paulo
A Biografia completa do Apóstolo Paulo
Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus no Estácio Rua Hadok Lobo, nº 92 Pastor Presidente Jilsom Menezes de Oliveira
– HISTÓRIA E CARACTERÍSTICAS Neste primeiro tópico do nosso estudo, abordaremos questões referentes à pessoa do apóstolo Paulo, suas viagens, sua obra, seu zelo e sua doutrina. Suas viagens se revestem de fundamental importância e estão ligadas ao propósito do seu ministério. Apóstolo significa "enviado". Sendo assim, o apóstolo precisa ir. Suas viagens produziram uma obra, que foi o estabelecimento de igrejas em diversas cidades do Império http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:0008:…
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Romano. Após a fundação das igrejas, Paulo poderia, simplesmente, seguir adiante sem se importar com o rebanho. Entretanto, destacase o seu zelo, demonstrado pelo envio de cartas às igrejas, inclusive a uma que não foi por ele fundada, a igreja de Roma. Essa correspondência poderia conter apenas assuntos de interesse pessoal do autor e dos destinatários. Entretanto, contêm a mais sublime exposição da doutrina cristã. Depois de todo esse trabalho, o apóstolo não recebeu recompensa humana. Pelo contrário, foi perseguido, preso, açoitado e morto. As suas viagens e as suas prisões foram necessárias para que hoje tivéssemos as epístolas paulinas no Novo Testamento. A vida de Paulo O ambiente de vida A vida do apóstolo Paulo pode ser dividida da seguinte maneira: do nascimento aos 28 anos – judeu observante; dos 28 aos 41 anos – o convertido fervoroso; dos 41 aos 53 anos – o missionário itinerante e dos 53 até a morte, presumivelmente aos 62 anos – o prisioneiro e organizador das comunidades. [1] Ou ainda: estudante farisaico; rabi perseguidor; aprendendo o Cristianismo; líder missionário e ensinador das igrejas. [2] Nasceu em Tarso, região da Cilícia, Ásia Menor, atual Turquia. Tarso era uma cidade bonita e grande. Tinha 300.000 habitantes e suas ruas eram estreitas e as casas pequenas. Era um importante centro cultural e comercial. Possuía um porto ativo e estava localizada na estrada romana que ligava o Oriente ao Ocidente. Em Tarso a cada quatro anos realizavamse os jogos de atletismo: corridas, lutas, lançamento de disco, tiro ao alvo etc. Tarso é hoje um pequeno povoado. Em quase todas as cidades romanas havia bairros dedicados aos judeus, cada um com uma sinagoga. A comunicação entre a sinagoga e o Templo em Jerusalém era muito intensa. Isto explica o fato de Paulo ter nascido em Tarso, mas educado em Jerusalém. Como judeu foi criado dentro das exigências da lei de Deus e das tradições paternas. Os judeus da diáspora eram praticantes. Estimase que a população judaica na diáspora era o dobro dos habitantes judeus na Palestina JUVENTUDE, EDUCAÇÃO, OFÍCIO E SEITA RELIGIOSA. http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:0008:…
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Embora Tarso fosse uma ótima cidade, sua cultura e costumes eram estranhos ao judaísmo. Os pais de Saulo parecem ter se preocupado com a formação religiosa do filho. Por isso, Saulo foi morar em Jerusalém (At.26.4), onde estavam sua irmã e seu sobrinho (At.23.16). Tal mudança deve ter ocorrido por volta dos 13 anos de idade, quando todo judeu deveria se apresentar no templo judaico. Daí em diante, o jovem Saulo ou a ser instruído pelo mestre fariseu Gamaliel (At.5.34; 22.3). Tornouse também um fariseu convicto e extremamente zeloso (Gl. 1.14). Pela análise de todos os textos mencionados, entendemos que a família de Saulo era influente. Ele mesmo chegou a possuir algum nível de autoridade política e religiosa em Jerusalém. Pode ter participado do Sinédrio ou simplesmente de uma sinagoga, onde votava contra os cristãos (At.26.10). Parte de sua instrução foi o aprendizado da confecção de tendas, ofício que mais tarde lhe serviria como fonte de renda em algumas viagens. Tendo nascido no ano 1, Paulo era contemporâneo de Jesus. Contudo, não sabemos se chegaram a ter algum contato antes da crucificação. Isso é bastante possível, mas, por falta de provas, tornase apenas objeto de especulação. Os versículos de II Cor. 5.16 e I Cor.9.1 podem indicar esse conhecimento, mas isso não é absolutamente certo. Mesmo que tenha tomado conhecimento a respeito de Jesus, Paulo, como fariseu, não via em Cristo a realização de suas esperanças, uma vez que os fariseus aguardavam a emancipação política de Israel. Assim, o cristianismo, que anunciava um reino espiritual, apresentavase como abominação aos olhos de Paulo, o qual se tornou um perseguidor implacável contra os cristãos (Gl. 1.13; I Cor. 15.9). Não satisfeito com as perseguições dentro de Jerusalém, Paulo os perseguia em outras cidades, procurando prendêlos afim de que fossem mortos. Notamos nisso um ímpeto "missionário" às avessas. Nesse tempo de perseguidor, Saulo ainda era um jovem, conforme está escrito em At.7.58; 8.13. [3] Paulo descende de uma família rigidamente judaica que vivia na diáspora. A formação Recebeu sua formação básica na casa dos pais, na sinagoga e na escola. http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:0008:…
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Além disso, recebeu formação em Jerusalém, estudando aos pés de Gamaliel. Mas também recebeu a educação de um grande centro como era Tarso. Os jogos realizados em Tarso influenciaram Paulo, pois ele citaos fazendo comparação: 1 Co 9.25, Fp 3.1214, 1 Co 9.26, 2 Tm 4.7. A preparação teológica no contexto judaico incluía a aprendizagem de uma profissão, daí a formação de Paulo para o artesanato com o couro. [4] Paulo era fabricante de tendas, ofício que aprendeu com o pai. Paulo era cidadão romano, pois seu pai ou avó pôde adquirir a cidadania. Como cidadão era membro oficial da cidade. Os seguintes títulos situam Paulo entre a elite: cidadão romano, líder nato, membro ativo da comunidade, formado para tomar conta da oficina do pai. O pai de Paulo deve ter sido um judeu que serviu como “auxilia”, precisamente como um fazedor de tendas, botas e cobertores de couro para o exército romano e ganhou a cidadania por algum serviço especial. [5] Portanto Paulo provém de uma família que goza de seus direitos plenamente. CONVERSÃO A conversão de Saulo se deu por volta dos anos 33 ou 34 d.C.. Converteuse sem a pregação do evangelho por parte de outro homem (Gál. 1.1112). Afinal, quem pregaria para Saulo? O próprio Ananias ficou temeroso quando Deus lhe enviou a orar por aquele que era conhecido como o grande perseguidor da igreja (At.9.13). Uma conversão sem pregação constituise exceção. O normal é que alguém pregue o evangelho para que outros se convertam (Rm. 10.14). O ministério Paulo tinha 28 anos de idade quando da sua experiência. Nesta época tinha poder e prestígio. Aos 41 anos tornouse um missionário. Neste período o imperador era Cláudio (4154) e depois Nero (5467). Partindo do itinerário apresentado por Atos, Ronald Rock chega à conclusão que Paulo viajou cerca de 10 mil milhas (16 mil km). Nestas viagens encontrou funcionários do governo, mercadores, peregrinos, enfermos, carteiros, turistas, escravos fugitivos, prisioneiros, atletas, artesãos, http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:0008:…
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mestres, estudantes etc. [6] As viagens eram muito difíceis. Só as grandes estradas romanas é que possuíam hospedarias a cada 30 km para oferecer segurança aos viajantes. [7] Um navio antigo comum podia fazer 160 km por dia. A cavalo percorriase cerca de 40 km por dia e a pé de 25 a 30 km. As fraquezas do apóstolo [8] Uma das marcas indiscutíveis do ministério de Paulo foi o sofrimento que teve durante sua vida ministerial. Suas cartas relatam estes sofrimentos: 1 Coríntios 4.913 – marcas da cruz de Cristo; 1 Coríntios 16.810 – adversários e tribulações; 1 Coríntios 15.32 – lutas; 2 Coríntios 7.5 – conflitos e temores; Gálatas 4.1115 e 2 Coríntios 12.7 – enfermidades (talvez os de malária); 2 Coríntios 11.2333 – elenco completo de sofrimentos: prisões; açoites; perigos de morte; fustigado com varas; apedrejado; naufrágio; perigos nas viagens, nas cidades, nos mares, entre judeus, entre gentios, nos rios; fome e sede; frio e nudez; etc. Além dessas referências, encontramos declarações paulinas sobre a fraqueza: “Deus escolheu as coisas fracas do mundo” (1CO 1.17); “Foi em fraqueza que estive entre vós” (1Co 2.3); “Sinto prazer nas minhas fraquezas” (2Co 12.10); e outros. Paulo aprendeu que a “fraqueza humana proporciona o melhor motivo para a manifestação do poder de Deus”. [9] O que mais influenciou a teologia de Paulo não foi sua experiência de conversão, seus estudos etc., mas, sim, a soma de todas as vivências do apóstolo, especialmente sua profissão como artesão, sua origem étnica, suas experiências como prisioneiro e os contatos com os povos das cidades e províncias submetidas ao poderio do império romano. [10] Dessa forma, podemos perceber que o contexto em que o apóstolo dos gentios exerceu seu ministério foi determinante para a elaboração das lições que ele deixou escritas em suas cartas, sobretudo as sobre o ministério. Como prisioneiro teve a possibilidade de tomar conhecimento dos termos jurídicos e forenses da época. Muitos destes termos são usados nas suas cartas para falar da justiça de Deus, falar de castigo, http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:0008:…
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julgamento etc. Como prisioneiro e cidadão romano tiveram a possibilidade de defenderse e assim apresentar o evangelho. Nem sempre gozou do privilégio de cidadão romano, pois ele mesmo afirma que ou por açoites, varadas, sofrimentos diversos nas prisões etc. A cruz, na pregação de Paulo (1CO 1.1825), evidencia as fraquezas do apóstolo e a experiência que teve com a mensagem da cruz. Soube entender a mensagem da cruz e descobriu que não podia falar da vida na sua plenitude sem falar da cruz. Neste texto de 1 Coríntios ele declara o significado da cruz para os cristãos. “É sempre sobre a fraqueza e humilhação humanas, e não sobre a força e confiança do homem, que Deus escolhe edificar seu Reino; e ele pode usarnos não meramente a despeito de nossa mediocridade, incapacidade e enfermidades desqualificadoras, mas precisamente em virtude delas. É isto uma descoberta emocionante que pode revolucionar nosso panorama missionário.” As figuras paulinas 11. Ao descrever o ministério missionário, Paulo usa várias figuras. Ele mesmo diz que não escreve para envergonhar, mas sim para oestar com um pai a seus filhos (1Co 4.14). Diz isso, porque algumas das figuras que usa podem chocar, pois indicam algo sem valor e até desprezíveis para a sociedade. Cooperadores (1 Co 3.9) Usa a palavra grega sunergoi, traduzida por cooperadores, que se refere no uso primitivo, aos remadores inferiores das embarcações antigas. Estes remadores inferiores trabalhavam no pavimento inferior, submerso na água, e faziam o movimento de cima para baixo a fim de aliviar o peso do navio, enquanto que os remadores do pavimento superior remavam no nível da água para fazer a embarcação se deslocar. Os do pavimento inferior eram os primeiros a morrer em caso de acidente, normalmente eram os condenados à morte que ocupavam esta função. No sentido bíblico indica um cooperador, um ajudante, alguém que trabalha junto com um colega e tem o sentido de cooperar, ajudar e promover. http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:0008:…
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[12] Usando esta palavra Paulo está a dizer que aqueles que exercem ministérios são “cooperadores de Deus”. Espetáculo ao mundo (1 Co 4.9) Usando uma figura comum no mundo romano, Paulo diz que os apóstolos foram colocados como os últimos, como se fossem condenados à morte. A figura espetáculos faz referência às lutas dos gladiadores numa arena, de onde apenas um saía com vida. Normalmente eram escravos ou condenados à morte que lutavam desesperadamente para dar “espetáculo” aos expectadores que se extasiavam vendo homens lutando para não morrer. A palavra grega é theatron, e indica que os apóstolos estão, numa linguagem figurada, expostos a ridicularização e vergonha [13] e que foram colocados em último lugar, como gladiadores condenados à morte. [14] Lixo e escória (1 Co 4.13) As palavras gregas perikátharmata e peripsema indicam, respectivamente, desperdício e refugo, sujeira e escória. A primeira referese ao que é removido por uma limpeza total. [15] A segunda indica aquilo que foi removido pelo ato de limpar. [16] “Os coríntios podiam pretender ocupar um lugar esplêndido, mas Paulo não tinha ilusão quanto ao lugar reservado para gente como ele neste mundo”. [17] Estas duas palavras aparecem somente neste versículo e denotam os humildes servos que colocam suas vidas em sacrifício para o bem dos outros e que aceitam a missão e os comprometimentos da missão. Perfume de Cristo (2 Coríntios 2.15) Paulo tira esta figura das celebrações pelas vitórias dos generais http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:0008:…
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romanos. Ao entrarem numa cidade como vitoriosos, arrastavam os prisioneiros de guerra. Era comum que o povo recebesse os generais e sua comitiva com incenso e ervas perfumada ao longo da estrada, sendo que para os vitoriosos era perfume de vida e para os perdedores era aroma de morte, pois seriam condenados à morte ao final do cortejo triunfal. [18] Aplicando ao ministério dos apóstolos, podemos entender que eram perfumes de vida para aqueles que acolhiam o evangelho que anunciavam e de morte para aqueles que rejeitavam a mensagem das boas novas, optando pelas práticas da velha vida. Vaso de Barro (2 Coríntios 4.7) A palavra “vaso” pode ser traduzida por prato, utensílio, instrumento, deixando de forma bem clara o pensamento do apóstolo. Os instrumentos de barro para os povos do ado representavam a fragilidade diante de utensílios de metais e ferro. Os instrumentos de barro eram usados para todo tipo de trabalho. Por que Paulo usa esta figura? Porque quer mostrar que o “tesouro”, o poder de Deus se manifesta em vasos de barro, e não de ferro ou ouro. A Glória de Deus se manifesta justamente por meio de instrumentos vis e frágeis. As tribulações que Paulo enfrentou (descritas em 2Co 4.711, 11.2430, 6.45 e 12.710; Rm 8.35, 1Co 4.913), são evidências desta fragilidade e do poder de Deus que se aperfeiçoa na fraqueza do instrumento usado (2Co 12.9). Em outras palavras, as tribulações servem para ensinar ao “vaso de barro” a sua fragilidade e para que confie em Deus, não em si mesmo, pois prejudicaria a pregação do evangelho. Depois Paulo a a descrever algumas circunstâncias do “vaso de barro”: atribulados, abatidos, perplexos, perseguidos, levando em si os sinais da morte de Cristo. Mas, por ser de barro e dependente da graça de Deus: não angustiados, não desamparados, não desanimados, não destruídos, levando em si os sinais da vida de Cristo. Isto é que confunde os que pensam que são fortes. De vasos de barro Deus faz refletir a Sua Glória, o Seu Poder, a Sua Grandeza etc. Tenda, casa de lona (2 Coríntios 5.1). http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:0008:…
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O apóstolo Paulo menciona a casa terrestre ao referirse ao Tabernáculo, ou seja, a casa de lona (5.1). A palavra traduzida por Tabernáculo tem o sentido de tenda, barraca. Paulo usa uma figura comum e ageira para se referir à vida dos cristãos. A tenda não tinha tanta durabilidade e precisava ser substituída seguidamente. Quer mostrar que a glória não está na “tenda”, mas no altar de Deus, ou naquilo que Deus pode fazer com uma “casa de lona”. Com esta figura, o apóstolo quer dizer que o cristão deve estar sempre disposto e preparado para atender ao chamado de Deus e ao envio missionário. Nada há que prenda esta “casa de lona” de servir ao Senhor. O único revestimento permanente na vida do cristão é o fruto do Espírito Santo. O apóstolo Paulo aprendeu e ensinou a Igreja que o cristão, sendo ageiro e frágil, tem o penhor do Espírito de Deus (2 Co 5.5). Espinho na carne (2 Coríntios 12.7) O espinho na carne era para que o apóstolo se lembrasse das suas fraquezas. As fraquezas de Paulo podem ser divididas em quatro espécies: humilhações (11.2326); necessidades (11.27); perseguições (11.2325) e angústias (11.28). [19] Com o espinho na carne o apóstolo aprendeu uma grande lição: ter prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições e nas angústias (12.10), pois o poder é de Deus e não dos apóstolos. O espinho na carne indica algum tipo de doença que não impedia que o apóstolo cumprisse com seu ministério. [20] Servo de Cristo (Filipenses 1.1) A palavra usada é doulos, que significa, de forma literal, o escravo. Com esta expressão o apóstolo afirma que não é mais dono da sua vida, mas, sim, escravo de Cristo. A vocação de Paulo Em três textos do livro de Atos dos Apóstolos encontramos o relato e as implicações da vocação de Paulo. O relato nos faz refletir sobre nossa http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:0008:…
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vocação e as implicações que ela nos apresenta. Liturgia da vocação – Atos 9.119 Encontramos no presente texto o que poderíamos chamar de a “liturgia da vocação”. Com liturgia queremos falar de momentos específicos na experiência cristã de Paulo. Primeiro momento: execução dos projetos pessoais (9.13) Paulo seguia o caminho que havia escolhido; no caso, prender seguidores de Jesus Cristo. Para ele estes seguidores eram hereges e precisavam ser detidos de qualquer maneira. Antes de seguir para Damasco, prendeu e convenceu os juízes a condenarem um jovem chamado Estêvão, filho de família proeminente em Israel e conhecidos da família de Paulo. O plano de Paulo é interrompido quando uma luz estranha brilha à sua frente. Segundo momento: Experiência com o “Eu Sou” (9.49) No momento em que Paulo encontrase munido de ofícios que lhe permitiam prender aos cristãos, tem a sua experiência de conversão. Paulo não entendia o que estava acontecendo. Nem seus amigos conseguiram identificar aquela luz. Observando a luz que o cegava prostrouse em terra, assombrado com o fato. Alguns momentos depois da experiência, Paulo soube quem estava por trás daquela luz: Eu Sou (v. 5). Ele não conhecia a Jesus Cristo, a não ser pelas notícias que recebeu. Talvez tenha visto Jesus de longe quando era ainda um peregrino em Jerusalém. Mas, Paulo conhecia o Eu Sou. Sabia que a Luz era coisa de Deus. Até então se achava zeloso pelas coisas de Deus, na perspectiva em que ele havia sido educado, e bem educado, no caso a lei judaica. Terceiro momento: A experiência do chamado (9.1016) Deus fala com Ananias que Paulo era um “vaso escolhido”. Com “vaso escolhido” quer indicar o barro nas mãos do oleiro sendo preparado para ser um instrumento útil. Paulo, apesar de toda sua formação e experiência, era como um vaso sendo moldado pelo artista. Era um vaso de barro. Significava que não era nada diante do tesouro que carregaria e do poder do artista que modelava este vaso. Quarto momento: Aprender com os discípulos (19.1719) Havia certa resistência com respeito a Paulo. A igreja ficou desconfiada por muitos http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:000…
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anos. Paulo era perseguidor e agora se apresenta convertido. Para ser aceito e conhecido precisou permanecer e aprender com os discípulos. Por dez anos ficou em Tarso aprendendo com os irmãos. Definição da vocação – Atos 22.121 Vejamos os aspectos teológicos presentes no relato de Paulo, segundo o capítulo 22. Na verdade são 3 lições que o apóstolo tirou da sua experiência de vocação: A vontade de Deus pode não ser a vontade da pessoa (22.15) Nestes versos Paulo destaca três etapas na sua vida: nascimento, infância e educação. No início de sua vida recebeu influência romana, vivendo e estudando num grande centro do império na época: Tarso. Na segunda etapa viveu na Palestina, na cidade de Jerusalém, onde foi influenciado pelo Judaísmo e na terceira aprendeu aos pés de Gamaliel, quando se apropriou do fanatismo judaico no cumprimento da lei farisaica. Paulo foi autorizado pelo Sinédrio para realizar tal missão por toda a Palestina. Assim, prendeu muitos cristãos e consentiu com a morte destes. Paulo achavase um cumpridor fervoroso da lei judaica. Durante muitos anos viveu na expectativa de receber uma missão de Deus e julgou que esta missão era prender os seguidores do Nazareno. A vontade de Deus imaginara (22.616)
era
diferente
daquilo
que
Paulo
Nestes versos Paulo relata o momento dramático pelo qual viveu. Ele descobriu que estava equivocado na sua compreensão sobre a vontade de Deus e que, ao perseguir os cristãos, estava perseguindo ao próprio Deus, a quem amava e servia zelosa e incansavelmente. O vocacionado serve onde Deus quer (22.1721) Nestes versos relatados pelo próprio Paulo – daí a sua importância – o apóstolo conta que pretendia ficar em Jerusalém, ser testemunha nesta cidade e aproveitar o respeito que gozava entre os judeus. Mas, no plano http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:000…
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de Deus deveria ser testemunha entre os judeus e em outros lugares. Paulo insiste com Jerusalém, mas Deus insiste com os gentios. Paulo está aprendendo a submissão total a Deus. Visão celestial – ,/i>Atos 26.19 No seu discurso perante o rei Agripa, Paulo resume seu ministério e sua vocação numa simples frase, mas que diz muito: foi fiel à visão celestial que recebeu de Deus. Podemos destacar duas ênfases neste versículo: A vocação é como uma visão que Deus dá ao vocacionado e a vocação exige fidelidade a esta visão dada por Deus. PRIMEIRAS VIAGENS APÓS A CONVERSÃO Na epístola aos Gálatas 1, Paulo apresenta seu itinerário após a conversão para mostrar que não aprendeu de nenhum apóstolo à doutrina cristã: Damasco (At.9.8) Deserto da Arábia – Gl. 1.17 Damasco – Gl 1.17 Jerusalém – 3 anos depois da conversão, onde esteve 15 dias com Pedro – Gl. 1.18. Seu objetivo nesse ponto era deixar claro que não esteve com Pedro tempo suficiente para aprender com ele as doutrinas do cristianismo. Síria e Cilícia Gl. 1.21 – Esteve, por aproximadamente 10 anos, morando em sua cidade natal, Tarso. Talvez tenha ado esse período sozinho. Tinha sido rejeitado pela família, pelos judeus e encontrava dificuldades entre os cristãos, pois estes tinham receio dele. Por suas epístolas, entendemos que muitos não aceitavam seu apostolado pelo fato de não ter vivido com Jesus. Em Atos 1, na hora de escolher o substituto de Judas Iscariotes, Pedro apresentou os requisitos: o candidato deveria ter acompanhado Jesus desde o batismo de João até a ressurreição (At.1.2122). Portanto, se Paulo estivesse ali, não seria escolhido para ser apóstolo. Antioquia – Por fim, Barnabé foi até Tarso à procura de Paulo e logo depois o conduziu a Antioquia da Síria, onde ou a participar da igreja (At.11.2526). Antioquia foi o oásis de Paulo. Barnabé foi aquele irmão http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:000…
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de que Paulo tanto necessitava para introduzilo no convívio cristão. Em Antioquia Paulo permaneceu um ano. Jerusalém – Depois disso, Paulo foi a Jerusalém com Barnabé e Tito a fim de levar a ajuda enviada pelos irmãos de Antioquia (At.11.2730). Era então o ano 47 ou 48, 14 anos depois de sua conversão, conforme Gálatas 1.18. Antioquia – Paulo volta para Antioquia, que ou a ser um tipo de "quartelgeneral". De acordo com os Atos e as epístolas, entendemos que Paulo era um homem muito instruído, tanto em relação ao judaísmo quanto na filosofia grega. Contudo, seu conhecimento espiritual sobre os mistérios de Deus sobrepujava a tudo isso. Era também homem impetuoso, disposto e extremamente zeloso em tudo. A EVANGELIZAÇÃO DOS GENTIOS Pedro iniciou a evangelização dos gentios em Atos 10, mas isso não foi algo natural para ele que era um judeu de Jerusalém. Somente após um arrebatamento, uma visão e uma palavra direta de Deus, é que Pedro itiu a idéia de pregar aos gentios. Paulo, porém, era um judeu romano. Isso facilitava sua visão rumo aos povos não judeus. Deus o escolheu para essa missão: ser apóstolo aos gentios (At.22.21; Gál. 2.2,8). Nas cidades em que chegava Paulo normalmente ia primeiro às sinagogas (At.13.1314, 4248; 14.1; 17.12). Ainda não havia igrejas ou templos cristãos nesses lugares. Por outro lado, ele ainda honrava os judeus com a primazia no anúncio da fé cristã. Entretanto, eles não viam por essa ótica. As pregações nas sinagogas terminavam com a revolta dos judeus. Paulo era expulso, agredido e muitos queriam até apedrejá lo. Desse modo, ocorria um escândalo em público, mas a essa altura, alguns judeus já havia se convertido. Até as disputas em praça pública eram proveitosas para que os gentios ouvissem a palavra de Deus. Com esse grupo de convertidos se formava a igreja e as reuniões mudavam de local (At.18.47). PRIMEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA – entre os anos 47 e 49 (At.13 e 14) http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:000…
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Paulo esteve durante algum tempo participando da igreja em Antioquia. Esta cidade era muito importante. Chegaram a ser uma grande metrópole ainda nos tempos dos reis gregos da Síria, os selêucidas. Após a conquista por Roma, continuou como capital da província e ali se encontravam os governadores romanos. Era bela, com muitos palácios e templos, dentre os quais se destacava o Santuário de Apolo. Nessa cidade havia uma grande colônia judaica, correspondendo à sétima parte da população. Estando reunido com os irmãos em Antioquia, Paulo recebeu uma direção do Espírito Santo para empreender sua primeira viagem missionária juntamente com Barnabé. Partiram então, levando João Marcos. Eis o roteiro da primeira viagem missionária de Paulo: Antioquia da Síria; Ilha de Chipre (Salamina e Pafos); Antioquia da Pisídia; Icônio, Listra, Derbe; Perge; Antioquia da Síria. No meio da viagem, Marcos abandonou o grupo e voltou para Jerusalém. Por esse motivo, Paulo não quis leválo em sua próxima viagem (At.13.13). TERCEIRA VISITA A JERUSALÉM Após a primeira viagem missionária, Paulo faz sua terceira visita a Jerusalém, por volta do ano 49. Nessa oportunidade ocorre a famosa discussão dos apóstolos sobre o que deveria ser exigido dos gentios convertidos no que se refere à observância da lei mosaica. (At.15) SEGUNDA VIAGEM MISSIONÁRIA Entre os anos 50 e 52 d.C. (At.15.40 a 18.22) Terminado o concílio de Jerusalém (At.15), Paulo e Barnabé voltaram para Antioquia, levando consigo Judas, chamado Barsabás, e Silas. Alguns dias depois (At.15.36), Paulo inicia sua segunda viagem missionária, em companhia de Silas, com o principal propósito de visitar as igrejas estabelecidas nas cidades anteriormente visitadas. http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:000…
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Eis o roteiro da segunda viagem: Antioquia da Síria; Cilícia; Listra; Frígia; Galácia; Trôade; Macedônia/Grécia: Filipos; Tessalônica; Beréia; Acaia; Atenas; Corinto; Éfeso; Jerusalém; Antioquia da Síria. Em Listra, Timóteo entrou na equipe de Paulo. Em Trôade foi à vez do médico Lucas. Paulo ficou um ano e meio em Corinto, ocasião em que estabeleceu a igreja. Daí escreveu aos Tessalonicenses. TERCEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA – 53 a 58 d.C. (At.18.23 a 20.38). Tendo ficado "algum tempo" em Antioquia (At.18.23), Paulo parte para sua terceira viagem missionária. O apóstolo mudou então sua "base" para Éfeso, que a a ser sua cidade de retorno. Ali esteve durante dois anos (At.19.10). O versículo mencionado diz que toda a Ásia foi evangelizada naquele período. Portanto, parecem certo que Paulo fez diversas viagens às cidades da Ásia Menor, voltando sempre para Éfeso. O itinerário da terceira viagem foi: Antioquia da Síria, Galácia, Frígia, Éfeso, Macedônia, Grécia, Trôade, Mileto, Tiro e Cesaréia.
VIAGEM A JERUSALÉM Percebese na história de Paulo seu amor pelo seu povo e pela cidade de Jerusalém (At.20.16). Agora, esse amor se dirigia, mais especialmente, aos cristãos daquela cidade. Ali chegando, o apóstolo foi recebido com alegria pelos irmãos. Vinha trazendo uma oferta para eles (I Cor. 16.3; II Cor. 9; Rom. 15.25; At.21.17). Afinal, todo o receio contra o ex perseguidor estava dissipado. A igreja havia finalmente abraçado o apóstolo. Contudo, a fúria dos judeus continuava crescendo contra aquele que consideravam um traidor da pátria e da religião judaica. Com esse espírito de ódio, os judeus prenderam Paulo em Jerusalém e o espancaram. O grande tumulto que se formou chamou a atenção das autoridades romanas, que prenderam Paulo. Aproveitando a oportunidade, o apóstolo pediu para falar à multidão que se ajuntou. http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:000…
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Nesse momento, ele deu seu testemunho de conversão até ser interrompido por aqueles que queriam sua morte (At.22.122). Em grego Paulos, derivado do latim Paulus, que quer dizer pequeno. Apóstolos, mesmo até depois da conversão de Sérgio Paulo, procônsul de Chipre, At 13: 9. Daqui em diante, só tem o nome de Paulo, que ele a si mesmo dá em todas as Epístolas.
Nome do grande apóstolo dos gentios. O nome judaico anterior era Saulo; no hebreu Shaul, no grego, Saulos; assim denominado nos Atos dos s suas cartas. Não é de estranhar que alguns pensem que tomou este nome do procônsul Sérgio. Isto, porém, não é de modo algum aceitável, tendo em vista o modo gentil pelo qual S. Lucas o apresenta, dandolhe o nome de Paulo, quando começou a sua obra de apóstolo das gentes. É mais provável que, acompanhando o costume de muitos judeus, At 1: 23; 12: 12; Cl 4: 11, e principalmente os judeus da dispersão, o apóstolo usasse de ambos os nomes. Havia nascido em Tarso, cidade principal da Cilícia, At 9: 11; 21: 39; 22: 3, e pertencia à tribo de Benjamim, Fp 3: 5. Não se sabe como é que a sua família foi residir em Tarso. Uma antiga tradição afirma que ele havia sido levado de Giscala em Galiléia, pelos romanos, depois que tomaram este último lugar.
É possível, pois, que a família de Saulo em tempos anteriores, tivesse fixado residência em Tarso, com alguma das colônias que os reis da Síria estabeleceram ali (Ramsay, St. Paul the Traveler, p. 31) ou que tivesse imigrado voluntariamente, como faziam muitos judeus por motivos de ordem comercial. Parece que S. Paulo tinha relações familiares de alto valor e de grande influência. Em Rm 16: 7, 11, mandam saudar a três pessoas, seus parentes, das quais Andrônico e Júnias, que se haviam assinalado entre os apóstolos e que foram cristãos primeiro que ele. Pela leitura de At 23: 16 sabese que "um filho de sua irmã" que http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:000…
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provavelmente morava em Jerusalém com sua mãe, deu informações ao tribuno sobre a conspiração tramada contra a vida de S. Paulo. Dá isto a entender que este moço pertencia a alguma das famílias importantes da cidade, o que parece confirmado pelo fato de Paulo haver presidido à morte de Estevão. É provável que já fosse membro do concílio, At 26: 10, pois que não tardou a receber comissão do sumo sacerdote para perseguir os cristãos, 9: 1 2; 22: 5.
Os seus dizeres na epístola aos filipenses 3: 47, autorizamnos a crer que ocupava posição de grande influência que lhe dava margem para conseguir lucros e grandes honras. As suas relações de família não podiam ser obscuras. Apesar de receber uma educação subordinada às tradições e às doutrinas da fé hebraica, e de ter pai fariseu, At 23: 6, ele era cidadão romano. Ignorase por que meios havia alcançado este privilégio; teria sido por serviços prestados ao estado ou talvez por compra, e pode bem ser que o nome Paulo tenha alguma relação com o título de cidadão romano. De qualquer modo que seja, davalhe grande importância na seqüência de seu trabalho cristão, e serviu mais de uma vez para salvarlhe a vida. Tarso era centro intelectual do oriente onde existia uma escola famosa e onde dominava a filosofia estóica. É possível que Paulo crescesse ali sob estas influências. Seus pais, sendo como eram fiéis à lei mosaica, o mandaram logo para Jerusalém para ser educado lá. À semelhança de outros rapazes da mesma raça, tinha de aprender um ofício, que, no seu caso, foi o de fazedor de tendas, das que se usavam nas viagens, 18: 3. Como ele mesmo diz 22: 3 foi educado em Jerusalém, para onde o mandaram, quando muito jovem. A educação consistia principalmente em fixar nele as tradições farisaicas. "Foi instruído conforme a verdade da lei de seus pais", ibid.
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Teve como preceptor, um dos mais sábios e notáveis rabinos daquele tempo, o grande Gamaliel, neto do ainda mais famoso Hilel. Foi este Gamaliel, cujo discurso se contém nos Atos dos Apóstolos 5: 3439, que aconselhou o sanedrim a não tentar contra a vida dos apóstolos. Este Camaliel possuía alguma cousa estranha ao espírito farisaico, a qual se avizinhava da cultura grega. O seu discurso já referido demonstra que ele não possuía o espírito intolerante e perseguidor, característico da seita dos fariseus. Celebrizaramse por seus vastos conhecimentos rabínicos. A seus pés o jovem Saulo, vindo de Tarso, recebeu as lições sobre os ensinos do Antigo Testamento, porém já se vê, de acordo com as subtilezas e interpretações dos doutores que acenderam no espírito ardente do jovem discípulo, um zelo feroz para defender as tradições de seus anteados. Assim, pois, o futuro apóstolo tornouse fariseu zeloso, disciplinado nas idéias religiosas e intelectuais de seu povo. Por este modo, as suas qualidades pessoais, o seu preparo intelectual, e, talvez ainda, as relações de família, preparavamlhe posição de destaque na sociedade judaica. Aparece no cenário da história cristã, como presidente da execução de Estevão, o protomártir do Cristianismo, a cujos pés as testemunhas depam suas vestimentas, At 7: 58, quando ainda mocho. A sua posição neste caso, não queria dizer que estivesse investido de funções oficiais. De acordo com os dizeres da agem referida acima, ele apenas era consenti dor na morte de Estevão.
Contudo, vêse claramente que perseguia com ardor os primeiros cristãos. Sem dúvida entrava no número daqueles helenistas ou judeus que falavam o grego, mencionados nos Atos dos Apóstolos, 6: 9, que promoveram a acusação contra Estevão. Não erramos dizendo que o ódio de Paulo contra a nova seita já estava aceso; não só desprezava o crucificado Messias, como considerava os seus discípulos um elemento perigoso, tanto para a religião como para o Estado. Não é para irar, pois, que fosse tão feroz o seu ódio a ponto de promoverlhes o extermínio pela morte. Logo após o martírio de Estevão, tomou parte ativa, dirigindo o movimento de perseguição contra os cristãos, At 8: 2 http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:000…
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3; 22: 4; 26: 10 11; 1 Co 15: 9; Gl1: 13; Fp 3: 6; 1 Tm 1: 13. Fazia tudo isto guiado por uma consciência mal informada. Era o tipo do inquisidor religioso. Não satisfeito com a perseguição devastadora que fazia em Jerusalém, pediu cartas ao príncipe dos sacerdotes para as sinagogas de Damasco com o fim de levar presos para Jerusalém quantos achasse desta profissão, At 9: 1 2. Os romanos davam largos poderes aos judeus para exercerem a sua istração interna. O governador de Damasco que obedecia à direção do rei Aretas, era particularmente favorável aos judeus, 9: 23 24; 2 Co 11: 32, favorecendo por este modo a perseguição de Paulo aos cristãos.
Nota importante a observar, segundo o testemunho expresso de S. Lucas e do próprio S. Paulo, é que respirava ameaças de morte contra os discípulos de Jesus até ao momento da sua conversão, crendo que assim fazendo, prestava grande serviço a Deus. Não tinha dúvida quanto à justiça da sua empresa, nem sentia desfalecimento de coração para executála.
Foi no caminho de Damasco que se deu à repentina conversão. Paulo e seus companheiros provavelmente iam a cavalo, como era costume nas viagens pelos caminhos desertos da Galiléia, para a antiga cidade. Estavam perto da cidade. Era meiodia, o sol ardente estava no seu zênite, At 26:13. Repentinamente, uma luz vinda do céu, mais brilhante que a luz do sol, caiu sobre eles, derrubandoos, 14. Todos se ergueram, continuando Paulo prostrado por terra, 9: 7. Ouviuse então uma voz que dizia em língua hebraica: "Saulo, Saulo, por que me persegues? Dura cousa é recalcitrares contra o aguilhão", 26: 14.
Respondeu ele então: "Quem és tu, Senhor?" Ele respondeu: "Eu sou http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:000…
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Jesus a quem tu persegues 15. Levantate e vai à cidade e aí se te dirá o que te convém fazer", 9: 6; 22: 10. Os companheiros que o seguiam ouviam a voz sem nada ver, 9: 7, nem entender, 22: 9. Paulo sentiuse cego pelo intenso clarão da luz, e foi conduzido pela mão dos companheiros, entrou em Damasco, hospedouse na casa de Judas, 9:11, onde permaneceu três dias sem vista e sem comer, nem beber, orando, 9, 11, e meditando sobre a revelação que Deus lhe fizera. Ao terceiro dia, o Senhor mandou a certo judeu convertido, chamado Ananias, que fosse ter com Paulo e imporlhe as mãos para recobrar a vista.
O Senhor garantiu o Ananias, o qual tinha receio de encontrarse com o grande perseguidor, que este quando em oração, já o tinha visto aproximarse dele. Portanto, Ananias obedeceu. Paulo confessou a sua fé em Jesus, recobrou a vista, e recebeu o batismo; e daqui em diante, com a energia que o caracterizava, e com grande espanto dos judeus, começou a pregar nas sinagogas que Jesus era o Cristo, Filho de Deus vivo 9: 1022. Tal é a narrativa da conversão de Saulo de Tarso. Há três narrativas deste fato nos Atos; uma feita por S. Lucas, 9: 322, outra pelo próprio S. Paulo, diante dos judeus, 22: 116, e outra pelo mesmo S. Paulo, diante de Festo e Agripa, 26: 120.
As três narrativas combinamse entre si, posto que nem todos os incidentes se achem em cada uma delas. Em todo caso, cada uma foi escrita com referência ao fim que o narrador tinha em vista. Em suas epístolas, o apóstolo alude freqüentemente à sua conversão, atribuindoa a graça e poder de Deus, ainda que a não descreva em minúcias, 1 Co 9: 116; 15: 810; Gl 1: 1216; Ef 3:18 Fp 3: 57; 1 Tm 1: 1216; 2 Tm 1: 911. Este fato, pois, é atestado pelo testemunho mais forte possível. É certo também que Jesus, não somente falou a Paulo, mas também lhe apareceu, At 9: 17 27; 22: 14; 26: 16; 1 Co 9: 1. Não se diz de que http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:000…
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forma; com certeza foi de modo tão glorioso, que o apóstolo conheceu logo no Jesus crucificado, o Cristo, Filho do Deus Vivo que lhe falava; e ele chama a isto, "visão celestial" At 26: 19, ou um espetáculo, palavra esta empregada em Lc 1: 22; 24: 23, para descrever o aparecimento de entes celestiais. Não há lugar para dizerse que seja ilusão de qualquer espécie. Contudo, o aparecimento de Cristo não foi à causa da conversão de Saulo, e, sim a obra do Espírito Santo no coração, habilitandoo a receber e aceitar a verdade que lhe havia sido revelada, Gl 1: 15.
Foi o mesmo Espírito que convenceu o Ananias e que o levou a impor as mãos e a unir à igreja nascente, o novo convertido. Vários racionalistas pretendem explicar a conversão de Paulo, sem tomar em conta a intervenção sobrenatural; essas opiniões são destruídas pelo testemunho do mesmo Paulo. Afirmando a sua atitude de perseguidor, obedecia a motivos de consciência e que a sua mudança era devida ao soberano exercício do poder de Deus e à sua graça infinita. A frase "Dura cousa é recalcitrares contra o aguilhão", não quer dizer que ele agia contra a sua vontade ou que já reconhecia a verdade do Cristianismo, quer dizer antes que era insensatez resistir aos propósitos divinos. A sua vida anterior deve ser reconhecida como um período de iniciação inconsciente para a sua missão futura.
Os foros de cidadão romano, a instrução recebida nas escolas, as suas qualidades pessoais, tudo isto serviu para fazer dele um instrumento especial para a obra missionária. Há motivos para crer que o seu espírito não tinha paz na prática do Judaísmo, Rm 7: 725. Se assim não fora, não chegaria a compreender claramente que a salvação somente se alcança por meio da graça de Deus em Cristo. A sua experiência religiosa também teve o efeito de preparálo para ser grande expositor da doutrina da justificação pelos méritos de Cristo, alcançados somente pela fé. Após a sua conversão, Paulo deu início à obra da evangelização; em http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:000…
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parte graças à sua natural energia, e também por haver Deus revelado que ele ia ser vaso escolhido para levar o seu nome diante das gentes, dos reis e dos filhos de Israel, isto é, missionário e apóstolo, At 9: 15; 26: 1620; Gl 1: 15 16. Começou a sua obra nas sinagogas de Damasco com muito bom êxito, provocando contra si a perseguição dos judeus de Damasco, auxiliados pelo governador da cidade, 2 Co 11: 32, de modo que foi preciso fugir. Os discípulos, de noite, o deslizaram pela muralha da cidade, metendoo numa alcôfa, At 9: 2325; 2 Co 11: 33. Em vez de regressar a Jerusalém, dirigiuse para a Arábia e de lá voltou a Damasco, Gl 1: 17.
Não se sabe em que lugar da Arábia ele esteve, nem quanto tempo lá se demorou, nem o que foi fazer naquele lugar. Presumese que meditasse sobre os grandes acontecimentos de sua vida religiosa e das revelações que Deus lhe havia feito. Três anos depois da sua conversão, determinou sair de Damasco e ir outra vez a Jerusalém. Diznos ele que o principal objetivo desta viagem foi visitar a Pedro, Gl 1: 18, 19, demorandose com ele quinze dias não tendo visto mais nenhum dos apóstolos senão a Tiago, irmão do Senhor. S. Lucas menciona mais alguns particulares, At 9: 2629. A igreja de Jerusalém teve medo dele, não acreditando que agora fosse discípulo de Cristo. Foi necessário que Barnabé o levasse consigo e o apresentasse aos apóstolos, contando como havia visto ao Senhor e como depois em Damasco ele se portou com toda a liberdade em nome de Jesus.
Diz ainda S. Lucas que Paulo pregava em Jerusalém com o mesmo desassombro como havia feito em Damasco, empregando seus esforços para a conversão de seus velhos amigos e compatriotas, que falavam o grego, 9: 28 29. Como em Damasco, estes também conspiraram contra ele.
A situação ameaçadora e perigosa em que se achava, fez com que os http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:000…
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irmãos o conduzissem a Cesaréia e dali para Tarso, 29, 30; Gl 1: 21. Saiu mais depressa de Jerusalém, por haver tido uma visão no templo, na qual o Senhor lhe ordenou que sem detença se afastasse dali para ir às nações de longe, At 22: 1721. As duas notícias sobre esta visita a Jerusalém, que se encontram nos Atos o na carta aos Gálatas, parecem inconsistentes, porém, harmonizamse naturalmente.
É muitíssimo provável que Paulo quisesse visitar a Pedro a fim de que o trabalho que lhe estava destinado fosse feito em harmonia com os primitivos apóstolos, dos quais Pedro se destacava. É igualmente provável que os cristãos de Jerusalém, a princípio, se arreceassem dele, e que o proceder de Barnabé, que era como Paulo, helenista judeu, fosse recebido com algumas reservas. Além disso, quinze dias de estada na cidade, é tempo suficiente para os acontecimentos descritos nos Atos. A ordem do Senhor para que Paulo deixasse logo a cidade, são de fato confirmada, 22: 18. A notícia que S. Lucas dá de que Barnabé apresentou Paulo aos apóstolos, não contradiz a afirmação de Paulo de que somente viu a Pedro e Tiago.
A recepção feita ao novo converso pelo apóstolo S. Pedro, para não falar também de Tiago que ocupava posição quase apostólica, Gl 2: 9 equivaliam ao oficial do novo apóstolo, e é isto mesmo que S. Lucas queria significar. É ainda digno de nota que achava completamente confirmado, tanto por parte de S. Paulo como dos irmãos principais de Jerusalém, que o novo converso havia sido escolhidos apóstolo, e que a sua missão iria ser entre os gentios. Nesta ocasião se cogitava das relações dos gentios convertidos para com a lei mosaica. Ninguém poderia ainda avaliar a importância e a extensão da obra de Paulo. Contudo foi ele reconhecido como tal e enviado a Tarso para iniciar a seu trabalho. A demora dele nesta cidade é quase um enigma; parece que foi de seis ou sete anos (veja a cronologia abaixo), durante os quais se ocupou de evangelização e provavelmente fundou as igrejas da Cilícia, http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:000…
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incidentalmente referidas em At 15: 41.
Se alguma vez sentiu a influência intelectual de Tarso, esta devia ser lhe muito propícia. Como já foi dito, Tarso era um dos centros da filosofia estóica. Em seu discurso em Atenas, São Paulo faz apreciações sobre esta escola, suficientes a satisfazer a nossa curiosidade. Ainda que em atividade, Paulo aguardava as indicações providenciais sobre o caminho que devia tomar no serviço do Mestre. Finalmente começaram a aparecer. Alguns dos judeus convertidos que falavam a língua grega, que haviam saído de Jerusalém, fugindo à perseguição que se seguiu à morte de Estevão, chegaram à grande cidade de Antioquia da Síria, situada às margens do Orontes, ao norte da cordilheira do Líbano. Tinha sido capital do reino e era naquele tempo, a residência oficial do governador romano da província. Era contada entre cidades principais do império, por causa de sua população mista e da extensão de seu comércio.
Situada fora dos limites da Palestina, e às portas da Ásia Menor, ligada também pelo tráfego e pela política com todo o império, servia de base natural de operações, de onde a nova fé, separada do judaísmo sairia à conquista do mundo. Nesta cidade, os cristãos refugiados começaram a pregar aos gentios, At 11: 20. Há uma dificuldade no texto original para determinar com clareza se era mesmo aos gentios que eles pregavam; mas no contexto não há lugar a dúvidas. Muitos gentios se converteram ali de modo a formarem uma igreja gentílica na metrópole da Síria.
Quando a notícia chegou a Jerusalém, enviaram lá a Barnabé para investigar o caso. Claramente descobriu a mão de Deus neste movimento, não obstante serem os recémconvertidos incircuncidados. Parece que ele também percebeu que Deus estava abrindo a porta aos trabalhos de Paulo, porque dali foi buscálo a Tarso e levouo para http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:000…
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Antioquia. Ambos trabalharam naquela cidade um ano inteira. Muitos outros gentios se converteram, de modo que a nova igreja, sem vestígios de judaísmo, foi denominada dos cristãos pelos habitantes gentios da cidade. Começaram por este modo as relações do apóstolo com Antioquia. Nas páginas da história foi registrada a primeira igreja cristã formada de elementos gentílicos, ponto de partida para a obra de S. Paulo no mundo pagão.
Quando S. Paulo estava em Antioquia, um profeta por nome Ágabo, vindo da Judéia, predisse na assembléia dos cristãos, que em breve haveria uma grande fome na terra. Serviu esta profecia de motivo para que os irmãos manifestassem o seu extremado amor para com os cristãos da Judéia. Este fato é prova notável do sentimento de obrigação destes gentios para com àqueles de quem haviam recebido a nova fé, e também para mostrar quão depressa haviam sido destruídos os muros de inimizade que separava as raças e as classes. Em Antioquia fizeram se logo contribuições para aliviar as necessidades dos irmãos da Judéia enviadas por mão de Barnabé e de Saulo, At 11: 29 30. Esta visita de S. Paulo a Jerusalém deveria ser no ano 44, ou pouco antes, e a ela não se refere na sua epístola aos Gálatas, talvez por não tiver visto nenhum dos apóstolos. Alguns escritores tentaram identificar esta visita com a que se acha mencionada em Gl 2:110; porém deuse esta depois de discutida a circuncisão dos gentios, como se depreende de At 15: 1.
O propósito de Paulo, na epístola aos Gálatas, foi o de contar de novo às oportunidades que ele havia tido, de obter a confirmação de seu evangelho pelos apóstolos mais velhos, e se nesta ocasião, como diz S. Lucas, ele encontrou somente os anciãos da igreja, a sua rápida visita era de simples caridade.
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O seu argumento na carta aos Gálatas não exigia menção desta viagem. Barnabé e Paulo voltaram novamente a Antioquia, levando consigo a João Marcos, 12: 25. Havia chegado o tempo de iniciar a história missionária da evangelização dos gentios, indicada pelo Espírito aos profetas pertencentes à igreja de Antioquia, At 13: 13, os quais, por ordem divina separam a Barnabé e a Paulo esta obra a que Deus os havia chamado. Obedecendo à direção divina e sob os auspícios da igreja de Antioquia, o apóstolo principiou a primeira viagem missionária, sem podermos determinar a data, que deveria ser entre 45 e 50, ou 46 e 48, e sem sabermos quanto tempo durou. Barnabé que era o mais velho dirigia o movimento, mas Paulo, em breve, ocupou o primeiro lugar por causa de seus dotes oratórios. João Marcos entrou nesta comissão. Saíram de Antioquia para Selêucida, situada na foz do Orontes e dali para Chipre, pátria de Barnabé. Desembarcando em Salamina, na costa de Chipre, começaram a trabalhar como de costume, nas sinagogas. Percorreram toda a ilha até chegarem a Pafos na costa sudoeste. Neste lugar, despertaram a atenção de Sérgio Paulo, procônsul romano. Saiu lhes ao encontro, com violenta oposição, um feiticeiro judeu, chamado Bar Jesus, também conhecido por Elimas, o mago que previamente havia conseguido a proteção do procônsul, At 13: 6 7. Paulo resistiulhe indignado e repreendeuo severamente, e feriuo de cegueira. Resultou disto a conversão de Sérgio Paulo, 812. Partindo de Chipre, o grupo de missionários de que Paulo era agora o chefe, 13, navegaram para a Ásia Menor e chegaram a Perge na Panfília. Ali João Marcos, por motivos ignorados, deixou os seus companheiros e regressou a Jerusalém. Os dois, Paulo e Barnabé, não se detiveram em Perge, dirigiramse para o norte, chegaram a Frigia e foram até Antioquia da Pisídia. Esta era a cidade principal da província romana de Galácia. Entraram na sinagoga judaica, e a convite dos chefes da sinagoga, proferiu o grande discurso, registrado, em At 13: 1641, primeiro espécime de sua pregação de que há notícia. Depois de narrar a missão dos chefes de Israel, com vistas ao Messias, que tinha de vir, falou do testemunho de João Batista e do modo por que Jesus foi rejeitado pelos judeus; declarou que Deus o havia ressuscitado dentre os mortos, cumprindo na sua pessoa as promessas feitas a Israel pelos antigos e que, somente pela fé nele, os homens podem ser justificados. oestou os judeus a não repetirem o crime cometido pelas autoridades de Jerusalém. Este discurso fomentou a odiosidade dos judeus, mas impressionou a alguns http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:000…
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outros e ainda mais aos gentios que já estavam sob a influência da sinagoga e formavam o laço de união entre esta e o mundo gentílico para o trabalho de S. Paulo. No sábado seguinte deuse o rompimento entre a sinagoga e os missionários cristãos, de modo que estes aram a dirigirse aos gentios. O povo da cidade, excitado pelos judeus, levantouse contra Paulo e Barnabé e os lançaram fora, At 13: 50. De Antioquia aram a Icônio, outra cidade da Frigia, onde uma copiosa multidão de judeus e de gregos se converteu à fé, 51. Aqui também encontraram forte resistência da parte dos judeus incrédulos, irritando os ânimos dos gentios contra seus irmãos. Daqui aram para Listra e Derbe, cidades importantes da Licaônia, 14: 16. Em Listra, o apóstolo S. Paulo curou um homem coxo desde o ventre materno. O povo tendo visto o milagre, levantou a voz dizendo:
"Estes, são deuses que baixaram a nós em figura de homens; chamava o Barnabé, Júpiter e a Paulo Mercúrio". Este fato ocasionou o segundo discurso feito por S. Paulo, registrado nos Atos, 1518, no qual pós em evidência a estultícia da idolatria. É quase certa que a conversão de Timóteo se deu em Listra, At 16: 1; 2 Tm 1: 2; 3: 11. A popularidade de Paulo durou pouco. Irrompeu nova perseguição, instigada pelos judeus, At 14: 19, apedrejandoo e lançandoo fora da cidade como morto, At 14: 19. Rodeandoo os discípulos, e levantandose ele, entrou na cidade e no dia seguinte partiu com Barnabé para Derbe, limite provável da província da Galácia a sudeste, 20. Seria possível aos dois missionários atravessar a cordilheira indo a Cilícia e ando por Tarso, irem diretamente de regresso a Antioquia da Síria.
Fizeram um novo círculo; não quiseram voltar antes de consolidar a existência das novas Igrejas. Portanto, aram de Derbe a Listra, de Listra a Icônio, de Icônio a Antioquia da Pisídia, de Antioquia a Perge, organizando igrejas e animando os discípulos. Nesta cidade pregaram o Evangelho que parece não haviam feito na primeira visita; dirigiramse ao porto de Atalia e dali regressaram a Antioquia da Síria, At 14: 2126. http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:000…
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E assim terminou a primeira viagem missionária do apóstolo. Esta viagem compreendia todas, as regiões para o lado do ocidente, já ocupadas pelo Evangelho. O método de trabalho consistia em oferecer em primeiro lugar a salvação aos judeus e depois aos gentios. Encontrou o apóstolo grande número deles influenciados pelo judaísmo, e, portanto, em condições de receber a nova doutrina. O seu objetivo consistia em formar igrejas nas cidades principais.
As boas estradas de rodagem abertas pelo governo romano, entre os postos militares, contribuíram muito para facilitar as viagens missionárias. A língua grega, por ser geralmente falada, serviu de veículo à pregação da verdade. A Providência havia por este modo, preparado o caminho para a difusão do Evangelho no mundo. Sobre as viagens missionárias, podem os leitores consultar Conybeare e Howson que escreveram sobre a primeira viagem de S. Paulo, Life and Epistles of St. Paul; e especialmente, em referência à primeira viagem, a primeira parte da obra de Ramsay, Church in the Roman Empire. Os grandes resultados da obra de S. Paulo entre os gentios provocaram sérias controvérsias dentro da igreja. Certos números de cristãos, vindos do judaísmo, foram de Jerusalém para Antioquia, ensinando ali que não poderiam ser salvos os gentios convertidos a menos que fosse primeiramente circuncidada, At 15:
1. Alguns anos antes, Deus havia revelado à igreja por meio do apóstolo S. Pedro, que os gentios deviam ser recebidos na igreja sem a observância das leis de Moisés, At 10: 1 até cap. 11: 18. Porém os fariseus s, convertidos ao Cristianismo, 15: 5, não se podia conformar com esta doutrina vencedora na igreja da Antioquia, e de tal maneira perturbaram a consciência dos irmãos, que eles resolveram mandar Paulo e Barnabé, acompanhados de outros irmãos a Jerusalém, para consultarem os apóstolos e os anciãos sobre este assunto. Esta http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:000…
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viagem é a que vêm descritas no cap. 15 dos Atos e em Gl 2: 110.
Ambas estas descrições são inteiramente acordes, posto que feitas sob pontos de vista diferentes. S. Paulo diz que foi lá em conseqüência de uma revelação divina, Gl 2: 2. A situação era delicada e muito crítica. O futuro da nova religião dependia de uma resolução sábia. Dela resultou a vitória da lealdade cristã e da caridade. Paulo e Barnabé mostraram à igreja mãe o que Deus havia feito por intermédio deles. Diante da oposição dos elementos judaicos reuniuse um concílio dos apóstolos e dos anciãos, At 15: 629, S. Pedro recordou o fato da conversão de Cornélio; Paulo e Barnabé relataram os fatos que se deu em sua viagem missionária; Tiago, irmão do Senhor, fez lembrar a profecia, anunciando a vocação dos gentios. Resolveram então aceitar como irmãos os conversos não circuncidados, exortandoos apenas a se absterem de certas práticas altamente ofensivas aos judeus.
Dizem o apóstolo na carta aos Gálatas, que ele advertiu a igreja de Jerusalém contra os falsos irmãos, e também que Tiago, Pedro e João lhe haviam dado as mãos em sinal de companhia para que ele fosse aos gentios e eles aos judeus. Deste modo, o apóstolo manteve as relações com os outros apóstolos, continuando livremente o seu trabalho missionário para o qual havia sido divinamente destinado. O quanto esta controvérsia acirrou os ódios do judaísmo, pode verse na subseqüente perseguição contra Paulo. A sua vitória nesta questão serviu para conservar a unidade da igreja e garantir a liberdade dos gentios.
Um sábio ajustamento de idéias, de resultados práticos, conciliou os prejuízos razoáveis dos judeus, ao mesmo tempo em que o caminho http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:000…
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para a evangelização dos gentios em todas as direções, ficou aberto e livre das cerimônias judaicas. Na carta aos Gl 2: 1121, existe rápida alusão a uma controvérsia sobre o assunto em Antioquia, de que não há registro. Pedro tinha ido lá, e, estando de pleno acordo com as idéias de Paulo, mantinha livre relações com os gentios; mas, chegando ali alguns judeus de Jerusalém, Pedro e Barnabé, como que haviam cortado relações com os gentios. Esta maneira de proceder repreensível foi severamente condenada por S. Paulo, que ao mesmo tempo esboçou a doutrina da justificação pela fé sem as obras da lei, porque, dizia ele, eu estou morto à lei pela mesma lei, querendo com isso dizer que pela morte de Cristo ficaram prejudicadas todas as obrigações, impostas pela lei cerimonial. A única condição para se tornarem discípulos de Cristo, era crer nele para a salvação. Vêse, pois, que os direitos dos gentios na igreja cristã eram para o apóstolo, mais do que uma questão de unidade: envolvia um princípio essencial do Evangelho. Na defesa deste princípio, tanto como pela sua obra missionária, S. Paulo foi o principal agente para se estabelecer o Cristianismo universal.
O concílio de Jerusalém se efetuou no ano 50. Não muito depois, S. Paulo propôs o Barnabé uma segunda viagem missionária, At 15: 36. Nesta ocasião não quis que João Marcos fosse com eles, ficando desde aí separados os dois grandes missionários. Desta vez acompanhouo Silas. Primeiro visitaram as igrejas da Síria e da Cilícia; depois aram para os lados do norte, atravessaram as montanhas do Tauro e aram às igrejas que Paulo havia fundado na sua primeira viagem. Foram a Derbe e a Listra. Nesta última cidade, determinou levar a Timóteo, e o circuncidou por causa dos judeus que lá havia, impedindo por este modo que eles se escandalizassem, porque sua mãe era judia. Por este modo o mostraram desejos de conciliar os prejuízos judaicos e ao mesmo tempo não cedendo uma linha em questão de princípios. De Listra ou para Icônio e para Antioquia da Pisídia. Neste lugar encontrou a oposição dos filósofos. Diz Ramsay, e com ele outros, que ele seguiu diretamente para o norte, quando deixou Antioquia da Pisídia, atravessando a província romana da Ásia, porém sem pregar ali, por haver sido proibido pelo Espírito Santo, At 16: 6, e tendo chegado à Mísia, intentavam ar à Bitínia, 7, mas foram de novo proibidos de pregar ali. ando depois à Misia, voltouse para o ocidente, e foram para Trôade. A opinião mais http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:000…
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comum é que eles, de Antioquia da Pisídia aram para nordeste e foram para Galácia própria; nesta viagem Paulo adoeceu, aproveitando esta oportunidade, apesar de enfermo, para pregar na Galácia e fundar igrejas, Gl 4: 1315; que este movimento ao nordeste foi por causa de terem sido proibidos de pregar na Ásia; que terminado que foi o trabalho na Galácia própria, tentaram entrar na Bitínia, sendo outra vez proibidos. E assim, adotando a primeira teoria, o apóstolo voltou para o ocidente para Trôade. Todo este período é rapidamente descrito por S. Lucas. O Espírito estava dirigindo os missionários para a Europa. A narração dos Atos assim o indica. Em Trôade apareceu a visão do homem de Macedônia, At 16: 9. Obedecendo a esta chamada, os missionários juntamente com S. Lucas, dirigemse para a Europa e desembarcando em Neápolis, seguem logo para a importante cidade de Filipos. Ali fundaram uma igreja, 16: 140, que sempre foi cara ao coração de Paulo, Fp 1: 47; 4: 1 15. Aqui também, pela primeira vez, entrou em conflito com os magistrados romanos, servindose dos seus direitos de cidadão romano em favor de seu trabalho, At 16: 2024, 3739. De Filipos, onde Lucas ficou Paulo, Silas e Timóteo foram para Tessalônica. A deficiência de informações sobre o trabalho neste lugar, At 17: 19, é suprida pelas alusões que a ele fazem as duas epístolas àquela igreja. Alcançou grandes resultados entre os gentios e lançou com grande cuidado os alicerces da igreja, servindolhe de exemplo de indústria e sobriedade, provendo pelo trabalho manual, o seu sustento e o de seus companheiros enquanto ali esteve a serviço do evangelho, 1 Ts cap. 2, etc. Veio à perseguição instigada pelos judeus, e por isso a irmã enviaram Paulo para a Beréia; deste lugar, após valiosos resultados, até mesmo dentro da sinagoga, seguiu para Atenas. A sua estada nesta cidade foi sem resultados. O que de mais importante se deu, foi o brilhante discurso por ele proferido no Areópago em presença dos filósofos gregos, At 17: 2231, no qual o apóstolo fez apreciações sobre as verdades que o Evangelho continha em comum com o estoicismo, e ao mesmo tempo proclamando o seu auditório os deveres que tinha para com Deus e o que deveriam crer a seu respeito. Em Corinto, onde se deteve dezoito meses, ao contrário de Atenas, seus trabalhos surtiram efeito irável. Travou relações com Áquila e Priscila http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:000…
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e hospedouse em sua casa, 18: 13. A princípio pregava na sinagoga, depois, por causa da oposição dos judeus, ou a pregar em casa de certo Tito Justo, próximo à sinagoga, 57. Tanto no livro dos At 18: 9, l0, como na 1 Co 2: 15, encontramse alusões à grande ansiedade com que o apóstolo prosseguia na sua missão em Corinto, e o seu desejo ardente de proclamar o evangelho na Grécia e em outros lugares. Na 1º aos coríntios referese aos bons resultados de seus trabalhos e às muitas tentações a que a igreja de Corinto estava exposta. As necessidades de outras igrejas também serviam de objeto a seus constantes cuidados. De Corinto escreveu as duas epístolas aos Tessalonicenses, com o propósito de advertir os irmãos contra certas doutrinas e práticas nocivas que ameaçavam a igreja. As hostilidades dos judeus continuavam. Por ocasião da chegada a Corinto do procônsul Gálio, acusou a Paulo de violar a lei. O procônsul decidiu que a questão devia ser resolvida pelo pessoal da sinagoga, que o apóstolo não havia violado lei alguma que exigisse a sua intervenção. Nesta época, o império romano defendia os cristãos das violências dos judeus, identificandoos com eles e deste modo, o apóstolo podia continuar o seu trabalho sem embaraço algum. A missão de Paulo em Corinto é uma das mais frutíferas que a história da igreja primitiva registra. Finalmente, o apóstolo voltase outra vez para o oriente. De Corinto vai para Éfeso, onde não se demorou, e segue para Cesaréia indo apressadamente para Jerusalém. Havendo saudado a igreja desta cidade, voltou a Antioquia, de onde havia partido At 18: 22. Assim terminou ele a segunda viagem missionária de que resultou o estabelecimento do Cristianismo na Europa. A Macedônia e a Acaia estavam evangelizadas. O Evangelho havia dado grande o para a conquista do império romano. Depois de algum tempo em Antioquia, o apóstolo S. Paulo, talvez no ano 54, deu início à sua terceira viagem. Primeiro atravessou a região da Galácia e da Frigia a fim de fortalecer os discípulos, 23, depois vai à Éfeso. Parece que a anterior proibição de pregar o evangelho na Ásia, havia sido removida. Éfeso era a capital da Ásia e uma das cidades de maior influência no oriente. Permaneceram três anos estabelecendo ali o centro de operações, 19: 8 9; 20: 31. Durante três meses ensinava na sinagoga, 18: 8, e depois durante dois anos na escola de certo Tirano, 9. O seu trabalho nesta cidade notabilizouse pela riqueza de instrução, http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:000…
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20: 1831, pela operação de portentosos milagres, 19: 11, 12, pelos resultados obtidos, porque todos que habitavam na Ásia ouviram a palavra do Senhor, 10, e até mesmo alguns dos principais da Ásia eram seus amigos, 31, também pela constante e feroz perseguição, 2341; 1CO 4: 913; 15: 32, e finalmente pelo cuidado que tinha de todas as igrejas, 2 Co 11: 28. Este período da vida do apóstolo é rico em incidentes. Muitas cousas se deram que não se encontram nos Atos. Em Corinto, o apóstolo soube dos ataques que lhe faziam e à sua doutrina os mestres judaizantes da Galácia, o que deu origem à epístola aos Gálatas, na qual defende a sua autoridade apostólica e os primeiros ensinos formais sobre a doutrina da graça. O estado da Igreja de Corinto também lhe deu motivo a constantes aflições. Em resposta às perguntas que a igreja lhe fez, escreveu uma carta que se perdeu, a respeito das relações dos crentes com a sociedade pagã, 1 Co 5: 9. Notícias posteriores dão a entender que haviam surgido dificuldades mais sérias. A primeira epístola aos Coríntios foi escrita de modo a mostrar a sabedoria prática do apóstolo; no modo de instruir e disciplinar as igrejas nascentes. Apesar disso, os elementos sediciosos da igreja de Corinto, continuaram em ação. Pensam alguns que depois de haver enviado a carta, ele próprio foi a Corinto apressadamente para corrigir os crentes indisciplinados, . 2 Co 12: 14; 13: 1. É certo, porém, que antes de sair de Éfeso enviou Tito a Corinto, talvez levando instruções sobre o caso de um membro refratário da igreja. Tito deveria encontrarse outra vez com o apóstolo em Trôade. Falhando este encontro, Paulo ou para a Macedônia, muito ansioso, aonde haviam chegado Timóteo e Erasto, At 19: 22. Finalmente, Tito chegou ao encontro desejado, 2 Co 2: 1214; 7: 516, levando boas notícias: a igreja havia obedecido às instruções do apóstolo e permanecia fiel. Isto deu assunto para escrever a segunda epístola, a que contém as mais completas notas biográficas, e em que ele se regozija pela obediência dos irmãos, e dá instruções sobre o serviço das contribuições destinadas aos santos da Judéia; mais uma vez defende a sua autoridade apostólica. Da Macedônia seguiu para Corinto, onde foi ar o inverno do ano 5758. Durante a sua estada, completou o serviço de organização e regulou a disciplina da igreja. Foi ainda memorável a visita que ele fez a Corinto, porque nessa ocasião é que ele http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:000…
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escreveu a epístola aos romanos, em que expõe com toda a clareza a doutrina referente à salvação da alma. Evidentemente, considerava a cidade de Roma como o ponto culminante de suas operações, mas não podia ir já, porque tinha necessidade de voltar a Jerusalém para levar as ofertas das igrejas dos gentios à igreja mãe. O trabalho cristão Já havia sido iniciado em Roma, e continuava a ser feito pelos amigos de Paulo, . Rm 16.
Enviou a epístola escrita em Corinto para que os cristãos da capital possuíssem instruções completas sobre o Evangelho que ele pregava em todo o mundo. Agora inicia a sua última viagem a Jerusalém, acompanhada de amigos, representantes das várias igrejas dos gentios, At 20: 4. O trabalho do apóstolo entre os gentios sofreu grande oposição da parte dos judeus e até mesmo de cristãos vindos do judaísmo que tentavam desprestigiálo. Resultou daí o plano de provar a lealdade das igrejas dos gentios, induzindoas a enviar ofertas liberais aos pobres da Judéia. Foi para este fim que ele e seus amigos saíram de Corinto com destino a Jerusalém. O seu primitivo plano era de navegar diretamente para a Síria, mas uma conspiração dos judeus, o obrigou a voltar pela Macedônia, 20: 3. Demorouse em Filipos enquanto que seus companheiros caminhavam para Trôade.
Depois da festa da páscoa ele e Lucas foram para Trôade, 5, onde os companheiros o esperavam e onde se demoraram sete dias, 6. Havia lá uma igreja. Lucas dános interessante notícia do que se ou nas vésperas da partida do apóstolo, 712. De Trôade caminhou Paulo para Assôs que ficava distante cerca de vinte milhas, para onde haviam embarcado seus companheiros, 13. Deste porto, navegaram para Mitilene, que ficava na costa oriental da ilha de Lesbos, e costeando pela banda do sul, aram entre a terra firme e a ilha de Quios; no dia seguinte aportaram em Samos e no outro, chegaram a Mileto, 14: 15. http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:000…
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Esta cidade estava a 36 milhas de Éfeso, e, como Paulo tivesse pressa, resolveu não ir lá, e, por isso, mandou chamar os presbíteros da igreja. Em Mileto fez as suas despedidas de modo muito emocionante, como se lê em At 20: 1835. Não havia palavras capazes de exprimir mais vivamente a dedicação pela sua obra e o amor que votava a seus irmãos convertidos. Partindo de Mileto, o navio seguiu diretamente a Cós, At 21: 1 nome de uma ilha situada a 40 milhas para o sul; no seguinte dia, chegaram a Rodes distante 50 milhas de Cós; de Rodes aram a Pátara, nas costas da Lícia, At 21:1. Encontrando um navio que ava à Fenícia, entraram nele, e fizeramse à vela. Depois de estarem à vista de Chipre deixandoa a esquerda, chegaram a Tiro, 3, onde se demoraram sete dias. Inspirados pelo Espírito Santo, os discípulos instavam com Paulo para não ir a Jerusalém, 4.
Depois de uma afetuosa despedida, partiram para Ptolemaida, que hoje se chama Acre, 5, 6, e no seguinte dia chegaram a Cesaréia, 7, 8, aboletandose em casa de Filipe, o evangelista. Aqui também o profeta Ágabo, que tempo antes havia profetizado a fome, 11: 28, tomando a cinta de Paulo, e atandose os pés e as mãos, disse: "Assim atarão os judeus em Jerusalém, ao dono deste cinto e o entregarão nas mãos dos gentios".
A despeito destas alarmantes predições e das lágrimas dos irmãos, ele seguiu viagem, 21:1114, acompanhado dos irmãos, e assim terminou a terceira viagem missionária. Em breve se cumpriram às palavras de Ágabo. A princípio foi bem recebido pelos irmãos. No seguinte dia à sua chegada, foi à casa de Tiago, irmão do Senhor, onde se haviam congregado os anciãos, aos quais contou todas as cousas que Deus tinha http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:000…
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feito entre os gentios por seu ministério.
Ouvindo isto, engrandeceram a Deus. Ao mesmo tempo disseramlhe os irmãos que muitos dos judeus que estavam entre os gentios, haviam dado más notícias a seu respeito, que punham em dúvida a sua fidelidade às leis de Moisés. Era necessário, pois, que ele dessas provas visíveis que o justificassem. Aconselharamno a que tomasse consigo a quatro varões que tinham voto sobre si, que os levasse ao templo, que se santificasse com eles e fizesse as despesas da cerimônia. A isto Paulo acedeu de bom grado porque era seu desejo agradar aos judeus. A cerimônia era pouco mais do que a que havia feito em Corinto, 18: 18.
Conquanto o apóstolo insistisse em que os gentios não eram obrigados às cerimônias judaicas, e nenhum dos cristãos vindos do judaísmo não mais estava na obrigação de observálas, ele, contudo reservase o direito de praticar, ou não, certas cerimônias de acordo com as circunstâncias. Este ato, portanto, não era inconsistente com o seu proceder em outras ocasiões. Mas o expediente tomado não surtiu efeito. Certos judeus da Ásia o viram no templo e deram alarma. Acusaramno de haver introduzido gentios no templo, amotinaram todo o povo dizendo que havia profanado o lugar santo, 21: 2729. Seguiuse um tumulto. O povo arrastou a Paulo para fora do templo e o teriam assassinado, se o tribuno Cláudio Lísias não tivesse corrido para o lugar do conflito, arrebatando o Paulo das mãos do povo e fazendoo liar com cadeias o meteu na prisão. Paulo, com permissão do tribuno, pondose em pé sobre os degraus, fez sinal ao povo com a mão, para falar. O tribuno pensou a princípio que ele era certo egípcio que tempo antes havia dado muito trabalho ao governo. Quando Paulo contou que era judeu de Tarso, consentiu que falasse ao povo, o que ele fez em língua hebraica, 22: 2. Contou a história do seu nascimento, da sua vida e da sua conversão, até ao ponto em que falou em nações de longe, quando http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:000…
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romperam em gritos para que o matassem. Neste ponto o tribuno o mandou recolher à cidadela, e que o açoitassem e lhe dessem tormento. Tendoo liado com umas correias, disse Paulo a um centurião: "Évos permitido açoitar um cidadão romano e que não foi condenado?", 25. Sabendo disto, Lísias, o mandou desatar, ordenando que e conselho dos sacerdotes tomasse conhecimento do caso.
O comparecimento de Paulo perante o conselho provocou novo tumulto, At 23: 110. O apóstolo estava agora defendendo a vida, não podia esperar justiça. Se fosse condenado, o tribuno Lísias entregáloia para ser executado. Com muita habilidade dividiu a opinião de seus inimigos; dizendo que professava ser fariseu, e queriam condenálo por pregar a ressurreição dos mortos. Isto era verdade e, até certo ponto, prestava se aos fins em vista. O ódio entre fariseus e saduceus era mais forte do que os dois juntos contra Paulo. As duas seitas tomaram posições opostas. O tribuno, receando que Paulo fosse trucidado entre as duas facções, mandou que os soldados o arrebatassem das mãos da multidão e o metessem na prisão. Naquela noite, o Senhor apareceu a Paulo em visão, dizendolhe: "Coragem! porque assim como deste testemunho em Jerusalém assim importa que também o dê em Roma", At 23: 11. A morte de Paulo estava decretada devendo efetuarse de modo inesperado. Alguns dos judeus combinaram em pedir ao tribuno que mais uma vez mandasse vir o prisioneiro perante o concílio.
Um filho da irmã de Paulo soube do plano e informou a seu tio, que por sua vez, mandou o pequeno dar notícia ao tribuno, 1222. Por este motivo, Lísias mandou aprontar forte contingente de tropas para conduzir Paulo a Cesaréia, com uma carta ao presidente Félix, para que ele resolvesse o caso. Quando Félix soube que o acusado era da Cilícia, determinou que se esperasse a vinda dos acusadores. Entretanto, conservouo em segurança no palácio de Herodes, que servia de pretório, ou residência do procurador. aramse dois anos de prisão http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:000…
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em Cesaréia. Quando os judeus compareceram perante Félix, fizeram uma acusação em termos gerais, dizendo que Paulo era sedicioso, que havia profanado o templo, e queixaramse da violência com que o tribuno Lísias o havia arrebatado das suas mãos, At 24: 19. A isto, Paulo respondeu com formal negação apelando para o testemunho de seus acusadores, 1021. Félix estava perfeitamente informado, e sabia que Paulo não havia cometido nenhum crime que merecesse a morte. Despediu os acusadores adiando o julgamento para quando chegasse o tribuno Lísias. E mandou a um centurião que o tivesse em custódia sem tanto aperto e sem proibir que os seus o servissem.
ados alguns dias, vindo Félix com sua mulher Drusila, que era judia, mandou chamar o Paulo e o esteve ouvindo falar da fé que há em Jesus Cristo, 24. O apóstolo parece ter exercido estranha fascinação sobre o procurador que tremeu na sua presença, prometendo ouvilo de novo quando tivesse tempo. Esperava também que Paulo lhe desse algum dinheiro em troca de sua liberdade, 25: 26. O apóstolo não quis subornar o procurador, que adiou o julgamento. Dois anos depois, veio Pórcio Festo substituílo no governo, e Paulo ainda estava na prisão, 27.
Os judeus esperavam que o novo governador lhes fosse mais favoráveis do que o tinha sido Félix. Festo recusouse a enviar Paulo a Jerusalém para ser julgado; que estando preso em Cesaréia partiria para lá dentro de poucos dias, a fim de tomar conhecimento das acusações, At 25: 16. Ainda desta vez nada puderam provar. Paulo continuava afirmando a sua inocência, 7, 8. Festo, querendo agradar aos judeus, perguntou a Paulo se queria ser julgado em Jerusalém. Sabendo que a sua vida corria perigo se fosse ali julgado, serviuse de seus privilégios de cidadão romano e apelou para César, 911. Por este modo o julgamento escapou das mãos do procurador, e o prisioneiro tinha de ser remetido para Roma. Antes da saída de Paulo, Agripa II e sua irmã Berenice vieram http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:000…
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visitar a Festo talvez por motivo de sua nomeação. O novo procurador que não era muito versado em controvérsias judaicas, e como tinha de enviar ao imperador um relatório de informações sobre o caso, contou a Agripa o caso de Paulo. Por sua vez, o rei mostrou desejos de saber o que o prisioneiro dizia em defesa. Arranjaramse as cousas de modo que Paulo comparecesse a uma assembléia destas notáveis personagens. Agripa era versado em casos de doutrina e poderia servir de muito para instruir o relatório que o procurador tinha de mandar para Roma, 1227. A defesa de Paulo perante o rei Agripa é um dos seus mais notáveis discursos.
Nele revela as qualidades de homem de elevada educação, a eloqüência de orador e firmeza de cristão. a revista ao seu ado a fim de provar que em todos os seus atos procurou sempre servir a Deus, e que a sua carreira como cristão, não só obedecia a uma direção divina, como ao cumprimento das profecias, At 26:123. Quando Festo o interrompeu, exclamando: "Tu estás louco, Paulo", apelou energicamente para Agripa. Porém o rei estava disposto a ser simples observador e crítico do que ele julgava ser um novo fanatismo, e respondeu com uma frase de desprezo: "Por pouco me persuades a me fazer cristão", 28.
Contudo estava convencido de que Paulo não tinha crime e que poderia ser posto em liberdade se não tivesse apelado para César, 31, 32. No outono do mesmo ano 60, Paulo foi enviado para Roma, confiado juntamente com outros presos ao cuidado de um centurião chamado Júlio, da coorte Augusta. Lucas foi seu companheiro juntamente com Aristarco de Tessalônica, 27: 1, 2. Lucas é quem dá o relatório desta http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:000…
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viagem com minúcias muito particulares e irável exatidão. Veja James Smith, Voyage and Shipwreck of St. Paul. O apóstolo foi tratado com muita cortesia pelo centurião. Embarcando em um navio de Adrumete, chegaram a Sidom, donde partiram para a Mirra na Lícia. E achando ali o centurião um navio de Alexandria que fazia viagem para a Itália, embarcou nele. Os ventos não eram favoráveis, e por isso foram obrigados a navegar lentamente e apenas puderam avistar a Cnido na costa da Cária.
Tomando o rumo sul, foram costeando a ilha de Creta, junto a Salmona com dificuldade ao longo da costa, abordaram a um lugar a que chama Bons Portos, At 27: 38. Havia ado o jejum do décimo dia do mês de Tisri, o dia da expiação 9, quando chegaram ao termo da viagem. O tempo continuava ameaçador. Paulo mostrou a inconveniência de continuar a viagem, mas o centurião deu mais crédito ao mestre e ao comandante do navio que eram contrários e desejavam chegar a Fênix e invernar ali por ser porto de Creta, onde havia bom ancoradouro, 912. Mas logo que largaram de Bons Portos veio contra a ilha um tufão e vento, chamado Euroaquilão, que arrojou a nau para o sul, indo dar a uma pequena Clauda (a moderna Gozzo). Alijada que foi a carga, e os aparelhos do navio, correram assim durante catorze dias à mercê dos ventos para os lados do ocidente. Paulo mostravase animado e animava os companheiros, porque o Senhor lhe havia revelado em sonhos que nenhum deles havia de perecer, 1326. Lançando eles a sonda, perceberam que estavam perto de terra, e, lançando as quatro âncoras, esperavam que viesse o dia. Como tivesse aclarado o dia, não conheceram a terra: somente vira uma enseada que tinha ribeira, na qual intentavam encalhar o navio. Pelo que, tendo levantado âncoras, se entregaram ao mar, e se encaminharam à praia, 2740.
O navio deu numa língua de terra; a proa afincada permanecia imóvel, http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:000…
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ao mesmo tempo em que a popa se abria com a força do mar. Todos se lançaram às ondas; e, como Paulo havia dito, nenhum deles pereceu, 4144. Nesta emocionante aventura, que Lucas descreve com tanta minúcia, o proceder de Paulo ilustra muito bem a coragem de um cristão e a influência que um homem de fé exerce sobre os outros indivíduos, em tempos de perigo. A terra a que haviam chegado era a ilha de Melita, que hoje se apelida Malta, situada a 58 milhas ao sul da Sicília, cujos habitantes receberam os náufragos com muita cordialidade. O procedimento maravilhoso de Paulo ganhou para ele multa honra e simpatia, At 28: 110.
Três meses depois, embarcaram em um navio de Alexandria que tinha invernado na ilha, no qual arribaram em Siracusa, onde ficaram três dias. De lá, correndo a costa, foram a Régio, e depois dias mais, apartaram a Potéoli, a sudoeste da Itália. Ali, Paulo encontrou irmãos em cuja companhia se demorou sete dias, 1114. Entretanto a notícia chegou a Roma. Os irmãos vieram encontrálo à Praça de Ápio e às Três Vendas, nomes de dois lugares distantes de Roma, 43 e 33 milhas, respectivamente. O centurião entregou os prisioneiros ao capitão da guarda, que era o prefeito da guarda pretoriana, cargo este exercido nesta ocasião, A. D. 61, pelo célebre Burro. Mommsen e Ramsay pensam que os prisioneiros foram entregues ao capitão de outro corpo a que o centurião Júlio pertencia cujo ofício consistia em superintender o transporte dos cereais para a capital e outros encargos policiais. Realmente não sabemos quem foi que tomou sobre si a guarda de Paulo. O que se pode dizer é que ele ficou sob a guarda de um soldado com licença de habitar onde quisesse 28: 16; Fp 1: 7 13. As apelações para César eram atendidas com muita morosidade.
Dois anos inteiros permaneceu Paulo em um aposento que alugara, onde http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:000…
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recebia a todos que o queriam ver, 28: 30. E assim termina a narrativa da primeira detenção de Paulo em Roma. Os Atos dos Apóstolos concluem dizendo que, ados três dias, convocou Paulo os principais dos judeus para informálos dos motivos de sua prisão na capital, tendo lhe aprazado dia para dar testemunho do Reino de Deus, convencendo os a respeito de Jesus, pela lei de Moisés e pelos profetas, desde pela manhã até à tarde. Como não o quisessem crer, declarou mais uma vez que aos Gentios era enviada esta salvação. A prisão não o impedia de exercer a sua atividade missionária, 28: 1731. As epístolas que ele escreveu neste período, iluminam mais de perto esta faze de sua história: é as epístolas aos Colossenses, a Filemom, aos Efésios e aos Filipenses.
As primeiras três foram provavelmente escritas no princípio deste período, e a última no fim. Por elas se vê que o apóstolo tinha muitos amigos fiéis em Roma trabalhando com ele, entre os quais se contam: Timóteo, Cl 1: 1; Fp 1: 1; 2: 19; Fm 1: 1; Tíquico, Ef 6: 21; Cl 4: 7; Aristarco, Cl 4: 7 10; Fm 24; João Marcos Cl 4: 10; Fm 24, e Lucas, Cl 4: 14; Fm 24. Estes amigos tinham livre o à sua pessoa e operavam como mensageiros para as igrejas e como cooperadores em Roma. Paulo na prisão era o centro de onde irradiava a luz do Evangelho para todo o império. As epístolas citadas põem em relevo a atividade pessoal do eminente apóstolo. Com grande zelo e apreciáveis resultados, apesar das suas cadeias, pregava o Evangelho: estando em cadeias fazia o ofício de embaixador, Ef 6: 20. Pedia a seus amigos que orassem a Deus para que se lhe abrisse a porta da palavra para anunciar o mistério de Cristo, Cl 4: 3. Em Onésimo, escravo fugido, vê um exemplo vivo do fruto de seu trabalho, Fm 10. À medida que o tempo corria, aumentava também o seu trabalho. Escreveu aos Fp 1: 12, 13, que todas as cousas que lhe tinham acontecido haviam contribuído para proveito do Evangelho, de maneira que as suas prisões se tinham feito notícias em Cristo por toda a corte do Imperador e em todos os outros lugares. Enviou saudações dos que eram da família de César. Ao mesmo tempo sofria oposição até mesmo http://esbocosdesermoesppegadores.blogspot.com.br/2013/05/abiografiacompletadoapostolopaulo_3365.html?updatedmin=20130101T00:00:000…
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de alguns dos crentes, provavelmente do tipo judaico, 1: 1518, e que ele enfrentava com ânimo sereno, esperando ser em breve livre das prisões, Fp 1: 25; 2: 17 24; Fm 22.
Postado há 25th May 2013 por asexualidadealuzdabiblia 0 Adicionar um comentário
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