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O Domo da Rocha

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Três cidades sagradas do islã – Meca, Medina, Jerusalém

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Locais de peregrinação, exigências litúrgicas, memórias sagradas, tradições

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Topografia religiosa – construção de narrativas

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Significados diferentes em diferentes épocas – quando e por que foram feitas essas associações e construídos esses monumentos

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Fada’il – guias para peregrinos – depois das cruzadas (1099-1187). Quando essas tradições se formaram?

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Outros “documentos”: localização, inscrições, mosaicos.

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Mais antigo monumento sobrevivente do Islã

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Monumento importante mais antigo (mesquitas de Basra, Fustat, Kufa e Jerusalém não tinham grandes pretensões arquitetônicas, o mesmo podendo ser dito dos palácios de Mu‘awiya em Damasco)

A sucessão de Maomé Os “Califas Bem-Guiados” (al-khulafa al-rashidun) Abu Bakr

632-34

Guerras de Apostasia (Hurub al-Ridda): 632-33

Umar

634-644

640: Mesopotâmia, Síria, Palestina; 642: Egito; 643: Império Persa

Uthman

644-656

Compilação do Alcorão. Revolta nas Províncias.

Ali

656-661

Guerra Civil (Primeira Fitna: 656-661). Mu‘awiya (Síria). Kharijitas. Batalha de Siffin contra Mu‘awiya (657).

A Dinastia Omíada

Expansão durante a vida de Maomé: 622-32 Expansão dos Califas Bem-Guiados: 632-661 Expansão do Califado Omíada: 661-750

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Mu‘awiya: 661-80.

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680-692. “Segunda Fitna” (Guerra Civil). Oposição ao governo dinástico (Mu‘awiya designara seu filho Yazid como sucessor). Husayn ibn Ali (morre Batalha de Karbala, xiitas).

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Al-Zubayr: “anticalifa”. Domínio do Iraque, Arábia, partes da Síria e do Egito. Derrotado pelo general al-Hajjaj no califado de Abd al-Malik em 692, decapitado e crucificado.

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Ibn al-Zubayr concentrava seu governo em volta da Kaaba, que reconstruíra em 684 “segundo o modelo de Abraão”, depois de um cerco pelo exército de Yazid I.

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Abd al-Malik: derrota kharijitas.

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Fim da influência política da Arábia.

O Domo da Rocha ❖

Datado 72 a.h. / 691-692 d.C.

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Associação entre os monumentos ou locais da esplanada com eventos da história sagrada é complicada e só ocorre aos poucos – tradições posteriores confundem mais do que explicam.

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Teorias da Construção 1. Baseado em: al-Ya‘qubi (260AH/874 d.C.), xiita baseado em Bagdá e Eutíquio (876-940 d.C.), um sacerdote melquita de Alexandria. Como Ibn al-Zubayr dominava Meca, `Abd al-Malik queria desviar os peregrinos do Hejaz estabelecendo a cidade palestina como o centro religioso do Islã. E foi afirmado que o plano do Domo da Rocha, com dois ambulatórios ao redor da Rocha, originou-se dos requisitos litúrgicos do tawaf. Creswell, Early Muslim Architecture, 1932; Goldziher, Muhammedanischen Studien, 1889-1890). Entretanto, historiadores famosos como al-Tabari e Baladhuri, ou um nativo local como al-Maqdisi, não dão tal explicação. Al-Hajjaj: peregrinação a Meca, mesmo durante combates contra al-Zubayr; al-Hajjaj “restaura” Kaaba a “estado original”. O próprio Ya‘qubi afirma que o “hajj” hierosolomitano continua no califado omíada.

2. Ainda hoje geralmente aceita pelos fiéis. Sura 17:1: Glorificado seja aquele que levou seu servo à noite da masji al-haram à masjid al-aqsa. Séc. VIII - Ibn Ishaq liga Jornada Noturna (isra) à Ascenção (mi‘raj) de Maomé. Alega que masjid al-aqsa estava em Jerusalém e que foi de Jerusalém que o profeta subiu aos céus. Várias qubbas (cúpulas), maqams (“estações”), mihrabs comemorando esses eventos na esplanada Seria o Domo da Rocha, então, uma espécie de martyrium ? Característica em consonância com santuários cristãos em Jerusalém, um dos quais comemora ascensão de Cristo

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Problemas com a teoria no. 2.: •

Entre os primeiros “tradicionalistas”, muitos não aceitavam identificação automática da masjid al-aqsa com o santuário em Jerusalém.

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Textos sugerem que essa identificação não era percebida como dogma nos primeiro séculos.

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Onde fica al-masjid al-aqsa? Guillaume (1953) sugere que seja al-Ji‘rana, perto de Meca, onde há dois santuários (masjid al-adna e masjid al-aqsa).

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«One of Abu Bakrs family told me that Aisha, the Prophet's wife, used to say: “e apostle’s body remained where it was but God removed his spirit by night”.» (Ibn Ishaq, Sirat Rasulullah, p. 183).

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Qubbat al-Mi‘raj – Domo da Ascensão. A rocha propriamente dita não é considerada por todos como o ponto de partida da Ascensão

Evidências não-textuais

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Localização

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Arquitetura e decoração

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Inscrição

Localização ❖

Por que a Rocha foi escolhida como centro (ou pelo menos a construção mais importante) do complexo?

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Função exata da Rocha na tradição judaica: obscura. Podium do altar de Salomão? Pedra angular do edifício Herodiano?

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Templo de Herodes - destruído em 70 d.C.

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Época medieval: Monte Moriá e rocha – omphalos da Terra, tumba de Adão, lugar da criação de Adão

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Tradição ligada à Rocha: sacrifício de Abraão (confusão entre “Terra de Moriá” e “Monte Moriá” (Gen. 22,2).

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Associação da Rocha com o sacrifício de Isaac já ocorre na obra de F. Josefo (séc. I d.C.)

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“Peregrino de Bordeaux”: lapis pertusus, “ao qual os judeus vêm todo ano e que eles ungem”. Remanescente do Templo?

Localização

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Desafio direto à doutrina cristã pela própria escolha do local: o Templo judeu seria destruído, segundo a profecia de Cristo: Jo. 4,21; Luc. 21,5–6, 20–24; Mt. 24,2.

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Era cristã – associações do omphalos da Terra transferidas ao Gólgota

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Conquista de Jerusalém por Umar - pediu para ver local do Templo judeu (mihrab Dawud do Alcorão: 38:20-21)

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Umar rejeita sugestão de Ka‘b al-Ahbar, um convertido judeu, de que qibla fosse feito do lado da rocha

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Tradição muçulmana não é unânime quanto ao local de sacrifício de Abraão (nem se foi Isaac ou Ismael, ou em Meca, ou em Jerusalém ou alhures).

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Ibn al-Zubayr: reconstruiu a Kaaba depois do cerco omíada, como o profeta disse que era no tempo de Abraão.

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Al-Hajjaj: reconstruiu a Kaaba como era no tempo do profeta.

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Abd al-Malik ao “islamizar” o recinto judeu, estava afirmando a preeminência de Jerusalém e da Síria-Palestina sobre Meca: não um substituto à Kaaba, mas uma oposição à aristocracia de Meca representada por Ibn al-Zubayr.

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Propaganda xiita e abássida: Abd al-Malik teria tentado substituir a peregrinação. Um ato religioso-político sobre um ponto incerto de doutrina (o status de Jerusalém e do Monte do Templo) foi retratado como um ato de impiedade.

Arquitetura ❖

Cibório ou “relicário” sobre lugar sagrado, modelo razoavelmente comum entre martyria (exemplos em Jerusalém). Então, seria um local de comemoração.

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Mosaicos: maioria motivos vegetais entremeados com vasos, cornucópias, “joias”.

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Exceto as “joias”, são elementos comuns da arte do fim do séc. VII.

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Decoração de joias quase exclusiva à face interior da colunata octogonal.

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Diferença dessas joias – efeito não puramente formal (pedras e madrepérola), mas possivelmente a intenção era mostrar coroas, braceletes e ornamentos “verdadeiros” ao redor e de face ao lugar sagrado central.

Tipos de joias: coroas, diademas com pedras preciosas pendentes ou incrustadas, freq. encimadas com formas triangulares, ovais ou arqueadas.

Couraças, colares, broches, brincos

Diademas sobrepostos a asas e crescente

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Origem dos ornamentos: ornamentos imperiais ou reais de Bizâncio (principalmente) ou Pérsia; ornamentos usados pela Virgem ou pelos santos na arte bizantina.

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Símbolos de santidade, poder e soberania na arte bizantina ou persa.

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Uso consciente de representações e símbolos dos povos derrotados.

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Prática de pendurar coroas ou representações de coroas e joias em santuários: a) grupo de evangelhos armênios e etíopes: tabela de cânones; b) Caixa de Pola (coroa no santuário de S. Pedro em Roma); c) sobre as mãos dos bispos de Ravenna em S. Apolinário em Classe; d) Coroas visigóticas da Espanha. Dificilmente distinguíveis de lâmpadas de óleo sagrado; enfatizam santidade e grandeza da pessoa ou lugar.

Evangelho de Rabbula, siríaco, Mesopotâmia, séc. VI.

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Evangelho Armênio, 989.

A Caixa de Pola. Marfim. Museu Arqueológico de Veneza, início séc. V.

Bispo Ursicinus. Basílica de Santo Apolinário em Classe (532-549), Ravenna, Itália.

Coroa votiva do rei visigótico Recceswinth, Espanha, séc. VI. (Faz parte de um conjunto de 26 coroas votivas)

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Coroas persas – não somente “santidade”

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Explicação puramente islâmica possível? (Grabar).

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Objetos enviados e Meca e mantidos na Kaaba.

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Aparentemente até a época de Ibn Zubayr o santuário mantinha dois chifres de carneiro sacrificados por Abraão e outros profetas

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Umar pendurou dois ornamentos em forma de crescente tomados de Ctêsifon

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Yazid I deu dois crescentes incrustados com rubis, pertencentes a uma igreja damascena, e dois cálices; Abd al-Malik enviou dois colares e duas taças de vidro; al-Walid I: dois cálices; al-Walid II: trono e dois ornamentos em forma de crescente com inscrição.

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Duas caixas de ouro e joias com votos de lealdade dos filhos de Harun al-Rashid

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Rei do Tibete, convertido: ídolo de outro com coroa de ouro e joias num trono de prata com baldaquim (enviados a Meca em 201 ah e destruído em 202 ah, mas coroa permaneceu pelo menos até séc. IX).

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Espólios de Kabul-Shah, convertido em 199 ah.

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Três categorias: 1) para enfatizar a santidade do lugar e a piedade dos doadores; 2) declarações de juramentos (santificados pelo lugar sagrado); 3) espólios de valor edificante.

Inscrições ❖

Muito rico em inscrições. Três delas são omíadas.

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Maior: 240m, sobre arcos da arcada octogonal, ambos os lados

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Placas de cobre nos portões leste e norte.

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Conteúdo: religioso (exceto construtor e data). Citações alcorânicas.

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Propósito e significado de uma construção/elemento pode se inferido das inscrições. Ex.: Nilômetro (água 42, 27-28; 14, 37; 16,10-11); mesquita de al-Hakim (imam: 28,4); Hospital de Nur al-Din em Damasco (arte da cura: 16,71; 26,78-80).

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No entanto, essas inscrições só podem ser lidas com dificuldade. Mas a natureza da língua e da relação com a escrita e a religião facilitam a leitura (escrita como ajuda à memória, frases repetidas, textos conhecidos e decorados, alcorão como recitação).

Califa Abássida al-Ma’mun substituiu seu nome pelo de Abd al-Malik (seção sudeste da face exterior da arcada octogonal)

Inscrição do interior ❖

Sura 112: Dize: Ele é Deus, o Único! Deus! O Absoluto! Jamais gerou ou foi gerado! E ninguém é comparável a Ele!

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Em verdade, Deus e Seus anjos abençoam o Profeta. Ó fiéis, abençoai-o e saudai-o reverentemente! (33,56)

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17:111: E dize: Louvado seja Deus, que jamais teve filho algum, tampouco teve parceiro algum na Soberania, nem (necessita) de ninguém para protegê-Lo da humilhação, e é exaltado com toda a magnificência.

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Obs: A sura 17 é a Sura da Viagem Noturna (Al-Isrâ’), mas a agem citada não se refere à Viagem do Profeta.

Inscrição do interior ❖

Ó povo do livro! Não exagereis em vossa religião, nem digais nada a respeito de Deus a não ser a verdade. O Messias, Jesus, filho de Maria, era só um mensageiro de Deus, e uma palavra que Ele deu a Maria, e um espírito dEle. Então crede em Deus e Seus mensageiros, e não digais: “Três”! Parem! É melhor para vós. Deus é um deus único. Longe de Sua glória que ele tenha um filho! Dele é o que está no céu e o que está na terra. E Deus basta como guardião. [4:171]

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O Messias não desdenhará ser servo de Deus, e nem os anjos próximos [dEle]. E os que desdenharem Sua adoração e se ensoberbecerem, Deus os congregará todos diante de Si. [4:171-72 completos]

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Ó Deus, abençoa Teu mensageiro e Teu servo Jesus filho de Maria [interjeição introduzindo a agem seguinte]. A paz esteja sobre ele no dia em que nasceu, e no dia em que morrer, e no dia em que ele for ressuscitado vivo! [19:33 completo, com mudança da primeira para terceira pessoa].

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Tal foi Jesus, filho de Maria, palavra de verdade da qual eles duvidam. Não é de Deus que ele tome alguém por filho. Glória a Ele! Se ele decreta algo, basta que Ele diga a essa coisa: “Seja!”, e essa coisa a a existir. [19:34-35]

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Deus é meu Senhor e vosso Senhor, adorai-O, então! Esse é o caminho certo! [19:36 completo, exceto pelo “e” inicial]

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Deus dá testemunho de que não há deus além dEle e os anjos e os sábios [também são testemunhas]; não há deus além dEle, o Poderoso, o Sábio. [3:18]

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E a religião para Deus é a Submissão (al-islâm) e os povos do livro só discordaram depois que o conhecimento veio até eles, por transgredirem entre eles. E quem renegar as provas/versículos/ revelações (ayât) de Deus, então Deus é rápido para o acerto de contas [3:18-19 completo].

Inscrição na porta norte ❖

9:33 (ou 61:9): “Foi ele que enviou Seu mensageiro com a orientação e a religião da verdade, para que a faça prevalecer sobre todas as religiões, não importa o quanto os idólatras o odeiem”.

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forma resumida de 2:136 ou 3:84 que vem depois da enumeração dos profetas: “Cremos em Deus, naquilo que foi ado para Muhammad [isso não está presente no Alcorão] e naquilo que os profetas receberam do seu senhor, e não fazemos distinção entre nenhum deles, e a Ele nos submetemos.”

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Essas citações, em sua maior parte, não pertencem ao ciclo usual de inscrições alcorânicas em monumentos.

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Pontos fundamentais: soberania de Deus, missão universal de Maomé, posição de Cristo.

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Asserção de superioridade da fé e do Estado.

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O geógrafo al-Maqdisi (séc. X) perguntou a seu tio por que al-Walid tinha gasto tanto dinheiro para construir a mesquita de Damasco. O tio respondeu: “Meu pequeno filho, você não tem entendimento. Na verdade alWalid estava certo, e ele foi motivado a realizar uma obra digna. Pois ele viu que a Síria era um país que tinha sido durante um longo tempo ocupado pelos cristãos, e notou lá as lindas igrejas que ainda pertenciam a eles, tão encantadoramente belas, e tão renomadas por seu esplendor, como a Igreja do Santo Sepulcro, e as igreja de Lydda e Edessa. Então ele procurou construir para os muçulmanos uma mesquita que fosse única, uma maravilha em todo o mundo. E de maneira semelhante, não é evidente que Abd al-Malik, vendo a grandeza do martyrium (qubbah) do Santo Sepulcro e sua magnificência, foi motivado pelo receio de que ele deslumbrasse os muçulmanos e portanto ergueu acima da rocha o domo que agora é visto lá?”

O significado do Domo da Rocha ❖

Compreendido por judeus e cristãos (o islamismo como sucessor)

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Fortalecer a sacralidade da Palestina contra pretensões de Meca

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Símbolos de realeza nos mosaicos: ex-votos ou comemoração de vitória (espólios)

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Declaração do unitarianismo e da verdade final do islamismo (afinal, vitória = verdade…) numa cidade essencialmente cristã.

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Percepção que os líderes omíadas tinham de si mesmos como herdeiros do Império Romano

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Prática geral de erigir monumento de conquista (ex: tropaia romanos, Basílica de Belém (?), Nahr al-Kalb)

O contexto histórico da construção do Domo da Rocha ❖

Anos 69-72: reveses par aos omíadas. Lutando contra muçulmanos na Arábia (Ibn al-Zubayr) e no Iraque (kharijitas).

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Pagando enorme tributo aos bizantinos

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Forças irregulares em território omíada (mardaítas).

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Clima de animosidade – “guerra fria”. (Culminando na expedição contra Bizâncio em 715-17)

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Perdeu seu significado político, mas continuou a ter o significado de comemoração de um evento específico na vida do profeta, juntamente com a esplanada (Haram al-Sharif).

O Domo da Rocha no contexto dos martyria concêntricos de Jerusalém

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Domo: monumento sui generis?

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Conotação que esse design tinha num contexto cristão.

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Como as “palavras visuais” podiam ser “lidas” pelos cristãos de Jerusalém e da região?

❖ Onde há igreja em Jerusalém: ✴

Com forma exterior similar?

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Com espaço interior semelhante?

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Com cúpula semelhante?

๏ Como os cristãos interpretariam essa associação?

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Plano arquitetônico do Domo da Rocha pertence à tradição local de santuários memoriais concêntricos bizantinos.

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Igreja da Natividade, Belém, construída por Constantino ca. 333.

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Rotunda da Anastasis, construída sobre o Santo Sepulcro. Ca. 348, Constantius (r. 337-61), filho de Constantino o Grande.

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Igreja da Ascensão no Monte das Oliveiras, construída sob estrutura octogonal posterior dos cruzados.

Dois ambulatórios concêntricos em volta de espaço circular central.

Lugar da Ascensão de Cristo.

Ambulatórios concêntricos surgem no século IV, modificados no séc. V (Igreja de Kathisma).

Igreja da Ascensão e Domo da Rocha são mutuamente visíveis.

Capela com abside entre 2 ambulatórios. Capela de S. Estêvão, 438.

Capela da Ascensão, reconstruída pelos cruzados.

Igreja de Kathisma ❖

456, estrada entre Jerusalém e Belém.

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Construída sobre e ao redor da rocha sagrada identificada como local onde Maria, grávida, sentou-se na jornada para Belém (Protoevangelho de S. Tiago, 17,2-3.

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Plano octogonal possivelmente inspirado pela forma da estrutura sobre caverna da Natividade em Belém.

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Grande, independente, concêntrico, dois ambulatórios, capelas no ambulatório exterior (possivelmente com relíquias e ícones).

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Martyria: Multifuncionais: locais de comemoração e liturgia.

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Quando Domo da Rocha foi construído, ca. 692, a única estrutura octogonal nas redondezas de Jerusalém era a Igreja de Kathisma, a aprox. 3 milhas.

Norte Exclusiva da Palestina; maioria dos exemplos em Jerusalém

Abside

Capelas

Leste

Divisão em 3

Norte Entrada

Rocha

~18,3m

Entrada

~20m

Igreja do Santo Sepulcro

Paralelos com S. Sepulcro ❖

Domo da Rocha: omnipotência, domínio, soberania de Deus. Versículo do Trono (2:255) (domo): •

Deus! Não há mais divindade além d’Ele, Vivente, Subsistente, a Quem jamais alcança a inatividade ou o sono; d’Ele é tudo quanto existe nos céus e na terra. Quem poderá interceder junto a Ele [no Dia do Julgamento], sem a Sua anuência? Ele conhece tanto o ado como o futuro, e eles [humanos] não sabem nada do que ele sabe, exceto o que Ele permite. O Seu Trono abrange os céus e a terra, cuja preservação não O abate, porque é o Grandioso, o Altíssimo.

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Maiestas Domini - associado à peregrinação à Terra Santa e da vinda de Cristo entronizado, juiz da humanidade.

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Rocha do Calvário (Golgotha, identificado como o omphalos)

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Caverna subterrânea

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Cruz monumental

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Rotunda sobre a tumba vazia, comemorando o enterro e a ressurreição, que são negados pelo Alcorão.

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João Damasceno (m. ca. 750): islamismo seria “amálgama de heresias”: a) dos judeus, monoteísmo absoluto (“monarquia”); b) dos arianos, afirmação de que a palavra e o espírito de Deus são criados [ver Alcorão e inscrição no Domo]; c) “antropolatria” (ideia de que Cristo era somente homem).

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Festa da eotokos celebrada em Kathisma.

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Homilias do séc. V (não incluem história da lenda de Kathisma), ligam Maria ao Templo judeu: Maria como Trono de Deus e como Templo, tão importante quanto a cátedra dos querubins e do Santo dos Santos.

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Crisipo (m. ca. 480) compara Maria ao monte de onde foi tirada a pedra para a fundação do Templo.

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Alcorão 3,32: Maria recebe alimento de Deus; Prot. S. Tiago 8,1: recebe alimento de um anjo.

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Construção da Igreja de Kathisma: séc. 5, 6, 8. Séc. 8: nicho: sul: mihrab?

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Inscrição do mosaico com cruz: séc. 9. Utilização conjunta: mesquita-igreja.

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Perto do nicho, mosaico em forma de palmeiras.

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Alcorão Surat Maryam (19), v. 23-26: •

As dores do parto a constrangeram a refugiar-se junto a uma tamareira. Disse: Oxalá eu tivesse morrido antes disto, ficando completamente esquecida. * Porém, chamou-a uma voz, junto a ela: Não te atormentes, porque teu Senhor fez correr um riacho a teus pés! * E sacode o tronco da tamareira, de onde cairão sobre ti tâmaras madura e frescas. * Come, pois, bebe e consola-te […]

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Citações da mesma sura do Alcorão no Domo da Rocha.

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Segundo algumas fontes, dois homens supervisaram a construção do Domo da Rocha: •

Raja’ ibn Haywa, de Beth Shean, teólogo e erudito que serviu a Abd al-Malik (r. 685-705) até seu filho Hisham (r. 724-47), reconhecido por conhecer os lugares sagrados da Palestina;

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Yazid ibn Salim, um convertido cristão que vivia em Jerusalém.

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Domo (Anastasis), plano octogonal, ambulatórios etc.: Kathisma, Igreja da Ascensão, Igreja da Natividade); pedra (Maria: Kathisma; Jesus: Ascensão; Jesus: tumba(?))

Importância de Jerusalém no começo da história islâmica ❖

Califa Omar: atribui-se a ele a “limpeza” do Monte do Templo (até então utilizado como “lixão”) e a descoberta da rocha após a conquista de Jerusalém (638), e a construção de uma mesquita modesta.

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Mesquita possivelmente renovada por Mu‘awiya, governador da Síria-Palestina (anos 640) e primeiro califa omíada (r. 661-80).

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Pacto entre Mu‘awiya e ‘Amr ibn al-‘As (que conquistara Egito em 658) contra ‘Ali na Primeira Guerra Civil (Primeira Fitna, 657-61).

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660: cerimônia de reconhecimento do califado de Mu‘awiya em Jerusalém

O complexo do Haram al-Sharif ❖

Plataforma trapezoidal elevada, com oito entradas arqueadas, com escadas.

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Domo da Rocha (qubbat al-sakhra)

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Domo da Ascensão (qubbat al-mi‘raj)

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Domo da Corrente (qubbat al-silsila)

Vista a partir da entrada sul.

Minbar alSayf, Qubbat Yusuf (esquerda).

Domo de José: Profeta José (Yusuf), Yusuf Salah al-Din, Yusuf Agha (eunuco-mor otomano do séc. XVII que o reformou.

Domo do Profeta

Otomano, 3m diam., construído em 1538 para comemorar local conde Maomé orou com os profetas bíblicos e os anjos.

Domo da Ascensão

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Originalmente batistério dos cruzados; destruído e reconstruído para comemorar Ascensão de Maomé.

Lado norte. Ao leste, Monte das Oliveiras. Entrada Norte: Entrada do Éden.

Noroeste. Qubbat al-Khader. Minarete de Ghawanima (construído 1297, reparado em 1327).

Do lado direito: Qubbat al-Arwah (séc. 17), onde Maomé pregou às almas dos profetas anteriores

Domo da Corrente

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Davi julgou os Filhos de Israel por meio de uma corrente de luz suspensa entre o céu e a terra. A Corrente podia distinguir quem, num julgamento, estava dizendo a verdade.

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A mesma tradição também identifica o Domo da Corrente como o local onde o profeta encontrou as donzelas do Paraíso.

Domo da Corrente

Domo da Corrente

Bab al-Hitta (Remissão) (2a pos.) Minarete de Ghawanima

Fonte do Sultão Sulayman Domo de Salomão

Maqam al-Khidr Trono de Salomão

27. Qubbat al-Mi‘raj 26. Qubbat al-Nabi

Bab al-Rahma Bab al-Jana’iz (Funeral) /Al-Buraq Escadaria de Buraq

Bab al-Sakina / Bab al-Silsila / Bab al-Mahkama

Qubbat al-Silsila

Qubbat Musa 41. Mesquita de al-Aqsa Bab al-Hitta (Remissão) Estábulos de Salomão 3. Mesquita dos Maghribis, Minarete al-Fakhriya

Mahd ‘Isa 4. Bab al-Nabi

5. Bab al-Rahma, Mihrab Maryam

Itinerário de peregrinação segundo Ibn al-Murajja, meados do séc. XI. 1a. Al-Balata al-Sawda (Pedra Negra) 1b. Al-Maghara (A Caverna) 1c. Maqam al-Nabi 1d. Bab Israfil 2. Qubbat al-Silsila 3. Qubbat al-Mi‘raj 4. Qubbat al-Nabi 5. Bab al-Rahma 6. Mihrab Zakariya 7. Kursi Sulayman 8. Bab al-Sakina (Portal da Presença Divina) 9. Bab Hitta (Portal da Remissão) 10. Masjid al-Aqsa. A) Mihrab ‘Umar; b) Mihrab Mu‘awiya 11. Bab al-Nabi 12. Miyrab Maryam (Mahd ‘Isa: “berço de Jesus”)

Andaluz Ibn Abd al-Rabbih (m. 940) ❖

Muro Leste: Porta da Misericórdia - “uma porta, do lado de dentro, misericórdia, e do lado de fora, a danação”(Vale do Inferno ao leste de Jerusalém). Alusão ao muro com portas que separará os crentes dos hipócritas no dia do Julgamento Final (Alcorão, 57,13).

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Mihrab Maryam, onde Deus lhe trouxe frutos celestes

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Muro leste: Mihrab de Zacarias, onde anjos lhe anunciaram nascimento de seu filho João Batista, quando estava rezando ali (Alcorão 3:39; 19:11)

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Muro Norte: Mihrab de Jacó, Trono onde Salomão orava; Minarete de Abraão.

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Placa de Pedra Negra, que “fica sobre um dos portões do Paraíso”. Acredita-se que essa pedra tenha pertencido ao Paraíso, assim como a Rocha e a pedra negra na Kaaba.

Ibn Abd al-Rabbih (m. 940)

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“No Dia da Ressurreição o Paraíso será trazido como uma noiva a Jerusalém, e a Kaaba também virá com ela”, acompanhada por uma procissão matrimonial com a Pedra Negra

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Em Jerusalém, dois profetas (Jesus e Maomé) subiram aos Céus.

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Será em Jerusalém onde Jesus derrotará o Anticristo.

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Escatologia: Israfil

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Ligação com santidade de Meca (fonte de Zamzam em Meca--> Silwan no Haram al-Sharif)

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Poço da Folha (bi’r al-waraqa), dentro do portal principal da mesq. Al-Aqsa -- Folha retirada do Paraíso no tempo do califa Umar.

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Centro de peregrinação “alternativo”, com rituais semelhantes ao hajj.

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Viajante persa Nasir-e Khosro diz que habitantes da Síria-Palestina realizavam os rituais do hajj lá e ofereciam sacrifícios, com números chegando a 20.000 em certos anos.

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Desafio de Abd al-Malik a ibn al-Zubayr, mas sem contestar primazia da peregrinação de Meca.

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Vários apocalipses judeus veem a “restauração” do Templo por Umar, Mu‘awiya e ‘Abd al-Malik como prelúdio ao Rei-Messias

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Textos apocalípticos cristãos do séc. VII veem as atividades de construção como um arauto da profecia apocalíptica da “Abominação da Desolação” (o Anticristo) que aparecerá no Monte do Templo antes da Segunda Vinda de Cristo.

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Segundo Ibn al-Murajja (séc. XI), circuito ao redor da Rocha deveria ser anti-horário (oposto ao circuito ao redor da Kaaba).

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Na época de ‘Abd al-Malik, o Domo da Rocha provavelmente só era aberto às segundas e quintas-feiras, antes das quais os presentes aplicavam óleo perfumado (khalúq) à Rocha e andavam em procissão ao redor dela, queimando incenso, atrás de cortinas.

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Atribui-se a Mu‘awiya o costume de perfumar a Kaaba com khalúq, e as portas da Kaaba também só se abriam às segundas e quintas pelos Quraysh durante a vida do profeta.

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Associações de Davi e Salomão ligadas à dinastia omíada.

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De acordo com uma tradição, ao entrar em Juersalém, Umar recitou a Sura Sad (Alcorão 38) e também a sura 17 (“al-masjid alaqsa”). Na sura 38, Deus perdoa Davi e o nomeia “representante” (khalifa) na TErra

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O Domo da Corrente, associado à justiça davídica, é ecoado pela alegação de ‘Abd al-Malik de ser o “califa de Deus” (khalifat allah).

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Legitimação religiosa dos omíadas: profetas - Maomé - califas; os califas eram “meios de salvação”.

A renovação do Sultão Sulayman ❖

Selim I conquista Palestina em 1516, Egito em 1517.

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Seu filho Sulayman al-Qanuni retratado como Davi e Salomão, “imperador messiânico da era” (hazrat-i hudayegan-i zaman), “califa do senhor glorioso” (halife-i rabb-i celil)

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Rivalidade com o imperador Carlos V (r. 1519-58) e o Xá Tahmasp I (r. 1524-76).

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Jurista hanafita Ebussuud (m. 1574) reconciliou lei religiosa (shari‘a) e secular (qanun), grão-mui e confidente de Sulayman, promovia imagem do patrono como “califa de deus na terra”.

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Complexo de Suleymaniye: 1557; revestimento do Domo da Rocha: 969 [1545/6]; 952 [1551/2].

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Construiu as muralhas da cidade.

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Cobertura do Domo da Corrente em 1561/2; quatro portais do Domo ganham portas de madeira cobertas de placas de cobre em 972 [1564/5].

Ticiano. Sulayman o Magnífico e François I.

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Janelas de vidro colorido - votos de vitória (“ó Deus, ajuda e sustenta os exércitos dos muçulmanos, prolongando os dias de nosso mestre, o sultão, possuidor dos pescoços das nações, o sultão Sulayman, filho do Sultão Selim Khan, filho de Bayezid”).

Azulejos ❖

Segundo R. Hillenbrand, destruiu algo único (mosaicos) para por no lugar algo “comum”.

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No entanto, exterior já havia sido danificado, inclusive por terremotos.

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Cobertura de azulejos era muito incomum na tradição arquitetônica otomana, caracterizada por fachadas sóbrias de pedra lisa

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Assinado por Abd Allah al-Tabrizi, 959 [1551-1552].

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Muhammad ibn Qasim - mi‘marbashi (arquiteto-chefe) encarregado dos azulejos (‘ala ‘amal al-káshí).