Cinomose Canina y1m1i

Cinomose Canina Ana Paula Eglésia Leite Flora Suzane Francisco Allyson Rômulo Aécio Vanessa Moura

HISTÓRICO • • • •

2ª metade séc XVIII (Ásia) = foi verificada. 1905 – Caré: Enfermidade é causada por virus. 1926 – Laidlaw e Dunkin = Etiologia viral. Séc XX – Cinomose começou a matar cães de todo o mundo. • Década de 40 – Vacinas de vírus inativados falharam. • Últimos anos – problema = Falhas na vacinação ou imunização insuficiente.

CONCEITO • “A cinomose canina é uma moléstia febril altamente contagiosa de cães e outros carnívoros sendo considerado a doença viral mais prevalente nos cães e a causa mais comum em cães com menos de 6 meses.” • Enfermidade inflamatória e infecciosa do SNC. • Sinais clínicos graves, ↑ taxas de mortalidade.

ETIOLOGIA – O VÍRUS • • • • •

CDV: Canine Distemper Virus Família: Paramyxoviridae / Gênero: Morbillivirus Relativamente grande ssRNA (-) Envelopado: Envelope viral ausente de hemaglutinina e neuraminidase.

RESISTÊNCIA VIRAL • Sensível ao éter e solventes lipídicos • Inativado com formol (0,5%), fenol (0,75%), desinfetantes a base de amônia quaternária (0,3%). • Instável em PH < 4,5 / Temp > 55⁰C • Susceptível a radiação UV

EPIDEMIOLOGIA • Distribuição mundial, endêmica. • Famílias: Canidae, Mustelidae, Procyonidae, Felidae ( exceto, gatos domésticos). • ↑ incidência 60 – 90 dias de idade = ↓ Ac maternos. • Afeta comumente cães com até 2 anos de idade. • 7 - 9 anos também desenvolvem a doença.

TRANSMISSÃO • Aerossóis e gotículas infectantes: secreções e excreções oculares, resp., digest., uninárias. • Transplacentária = raro. • Vírus eliminado: 60 – 90 dias após infecção 1 – 2 semanas (fase aguda). • Fontes comuns: ar, fômitos, água e alimentos contamin. • Confinamento

PATOGENIA • Vias resp. (+ comum), digestiva e conjuntival. • Proliferação: - 1º dia: MØ resp. super. e amígdalas. - 2º/3º dia: céls MN do sangue - 3º/6º dia: sist. Linfóide em todo o organismo (febre, imunossupressão). • Infecção subclínica (50% - casos): resposta imune rápida e efetiva → eliminação do vírus → recuperação completa (ausência ou sinais clínicos discretos. • Resposta falha ou intermediária → disseminação do vírus para os tec. Epiteliais → SNC.

PATOGENIA • Diss. epitélio (9º dia): mucosas conjuntival, nasal, traqueal, bronquial, glândulas mucosas, trato urinario e reprodutor. • Diss. SNC: céls MN da pia-meninge, céls gliais, de Purkinje, do cerebelo, neurônios do córtex cerebral, gânglio basal e hipocampo. • Doença aguda: subst cinzenta → destruição neuronal. • Doença Crônica: lesões na subst branca → desmielinização aguda (3ª semana – RI-inflam ñ participa) e crônica (RI-inflam participa).

PATOGENIA • Sindromes associadas (CDV ):  Encefalite do Cão Velho (ODE)  Encefalomielite Multifocal dos Cães Adultos (MDEMD)  Encefalomielite Crônica Recidivante  Encefalomielite dos Cães Jovens (CDEID) – (+ comum)  Encefalite Pós-vacinal – uso de vacinas de vírus vivo

SINAIS CLÍNICOS • Depende: título, da estirpe viral infectante, da idade e perfil imunológico do animal. • Principais sinais epiteliais: descarga naso-ocular serosa a mucopurulenta (ceratoconjuntivite e rinite), tosse, dispnéia e estertores pulmonares (pneumonia intersticial – vírus/ broncopneumonia – infecção bacteriana sec.), vômito, diarréia, lesões oftálmicas e cegueira. • Coxins plantares fibrosados – hiperceratose / Depilação ao redor dos olhos com formação das crostas, exantemas cutâneos com pústulas.

SINAIS CLÍNICOS • Síndrome Cerebral: agressividade, nível de consciência alerta com conteúdo inapropriado, andar compulsivo (círculos), compressão da cabeça e hipercinesia. • Síndrome Vestibular e Cerebelar: ataxia, dismetria, hipermetria, tremor de intenção, nistagmo posicional vertical, mioclonia em membros post e músc mastigatórios e tetraparesia. • Infecção transplacentária: sinais neurológicos (4-6 semanas de vida), abortos, natimorfos ou neonatos fracos • Infecção neonatal: hipoplasia do esm. dentário, degeneração do miocárdio (necroses, calcificações), lesões do nervo óptico.

DIAGNÓSTICO • Diagnóstico Clínico: difícil (qdo não há sinais sistêmicos precedentes) / baseado no histórico de vacinação inadequeado e possibilidade de exposição ao vírus. • 80 a 100% com encefalomielite pela cinomose apresentam vários sinais extra-neurais. • Hemograma: Neutropenia: ↓ prod. na med. óssea, destruição e ↑demanda tecidual. / Linfopenia: primeiro pico virêmico e febril. • Inclusões de Lentz (inespecíficas): nucleocapsídeos e fragm. cels pela ação vírica → coradas (Romanowsky).

DIAGNÓSTICO • Líquido encefaloraquidiano: ↑ ptns e pleocitose (linf.) – sugere CDV. • Demonstração de antígenos virais: esfregaço de fluidos: conjuntival, vaginal, traqueal e sedimento urinário → Imunofluorescência direta → na forma subaguda e crônica (falsos negativos). • RT-PCR: obtendo sucesso → urina é sensível para a detecção do vírus. • Histológico: (SNC) – vacúolos multifocais: desmielinização, infiltrados MN’s perivasculares e em meninges e reação glial = sugestivos.

DIAGNÓSTICO - OBSERVAÇÕES • Etiologias = Disfunções Neurológicas: degenerativas, inflamatórias, imunomediadas, neoplásicas, metabólicas, tóxicas e infecciosas. • Diagnóstico diferencial: parainfluenza, broncopneumonia, verminótica, estrongilóide, dipilidiose, toxoplasmose, neurosporose, isosporose e intoxicações. • Diagnóstico definitivo: na maioria dos casos, apenas postmortem.

TRATAMENTO • Não há medicamentos anti-virais ou ag. quimioterápicos. • Infecções bact. secundárias: antibióticos amplo espectro. • Terapia auxiliar: líquidos, eletrólitos, vitaminas comp. B e complementos nutricionais. • Bons cuidados de E-N-F-E-R-M-A-G-E-M. • Olhos e nariz mantido limpos. • Fluidoterapia.

PROFILAXIA

CONCLUSÃO • Problemas de hiperdiagnóstico: manifestação sistêmica, dificuldade de estabelecer diagnóstico clínico preciso, alto custo e valor limitado dos exames labor. disponíveis e desatualização de profissionais na área. • Importância de pesquisas: métodos diagnósticos mais precisos e íveis, desenvolvimento de protocolos de tratamento mais eficientes → bloquear a ação do vírus e restaurar a qualidade de vida do paciente.