Apostila de Educação Musical 7º Ano Ensino Fundamental
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Introdução
E
sta apostila é fundamentada com base no Plano Político Pedagógico para Educação Musical elaborado pelo Colegiado do Departamento de Educação Musical do Colégio Pedro II. Nela estão organizados diversos conteúdos sugeridos para a 7ª Ano do Ensino Fundamental, com o objetivo de orientar as atividades de ensino e aprendizagem. Assim, sugerimos uma revisa dos conteúdos das séries anteriores, além de leitura musical e prática instrumental: Técnicas básicas de canto: respiração, afinação e emissão. Técnicas básicas da flauta doce soprano: sopro, respiração, digitação e postura. Técnicas básicas de instrumentos disponíveis e a critério do professor (sons corporais, por exemplo). Repertório sugerido para o 7º ano (ou a critério do professor): 9 O Pastorzinho (Suzigan & Mota. Método de Iniciação Musical para Jovens e Crianças. São Paulo: G4, 2001) 9 A Rã (Suzigan & Mota) 9 Lua de São Jorge (Suzigan & Mota) 9 Anunciação (arranjo do portal: www.portaledumusical2.mus.br) 9 Medley Cirandas (Ciranda da Lia / Cirandeiro) (arranjo do portal) 9 Medley Maracatu Misterioso / O Meu Boi Morreu (arranjo do portal)
Conteúdo programático para o 7º ano: 1. Elementos da música 9 O Som e seus parâmetros 9 O Silêncio 9 O que é música? 2. Notação Musical 9 Como se escrever música? 9 Escalas Naturais 3. A Notação Musical no Ocidente: uma História 9 CLAVE: o que é e para que serve? 9 Duração – quadro das durações e suas pausas 9 Pulso e comos – tipos de comos 9 Alguns sinais gráficos utilizados para facilitar a escrita musical 9 Sinais de repetição 9 Sinais de intensidade 9 Tipos de andamentos e sinais de andamento 4. Estrutura e forma em música 9 Forma binária/ternária/rondó 9 Textura em música 5. Saúde auditiva e saúde vocal
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6. Vozes humanas 9 Classificação das vozes humanas 9 Tessitura 9 Muda vocal 9 Conjuntos vocais 7. Instrumentos musicais 9 Classificação 9 Conjuntos instrumentais 8. História da Música Ocidental: a música Barroca 9. Danças e ritmos tradicionais brasileiros 10. Danças dramáticas 11. Créditos, fontes e bibliografia 12. Atividades de fixação 13. Hinos (Hino Nacional Brasileiro, Hino da Independência do Brasil e Hino dos Alunos do Colégio Pedro II)
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O SOM E SEUS PARÂMETROS Você já percebeu como o mundo está cheio de sons? Mas você já parou para pensar o que é o SOM? Pois bem, som é tudo o que nossos ouvidos podem ouvir, sejam barulhos, pessoas falando ou mesmo música! Os sons que nos cercam são expressões da vida, da energia e do universo em vibração e movimento. Experimente fechar os olhos e ficar atento aos sons que nos cercam.
E então, percebeu como o silêncio é algo quase impossível? Os cientistas nos ensinam que o som é o resultado das vibrações das coisas. Tudo o que existe na natureza pode vibrar. Essas vibrações se propagam pelo ar ou por qualquer outro meio de condução, chegam aos nossos ouvidos e são transmitidas ao cérebro para que possam ser identificadas. A vibração regular desses objetos produz sons com altura definida, em que você percebe como uma “nota musical”. Esses sons são chamados de sons musicais. Por exemplo, os sons produzidos pela flauta doce ou outros instrumentos musicais.
Já a vibração irregular produz sons sem altura definida, em que você não consegue distinguir a “nota musical”. Alguns desses sons são popularmente chamados de “barulhos” ou “ruídos”. Por exemplo: o som de um avião ou de um liquidificador. Alguns instrumentos de percussão, como os tambores, também não possuem altura definida.
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As principais características ou parâmetros dos sons INTENSIDADE – É a propriedade que nos permite distinguir sons fortes e sons fracos. É o grau de volume sonoro. A intensidade do som depende da força empregada para produzir as vibrações.
FORTE ou piano
Alguém gritando em um megafone e o canto de um pequeno pássaro são exemplos de sons fortes e fracos
DURAÇÃO – É a propriedade que nos permite distinguir sons longos e sons curtos. Na música o som vai ter sua duração definida de acordo com o tempo de emissão das vibrações.
LOOOOOOOOOOOOOONGO ou CURTO ALTURA – É a propriedade do som que nos permite distinguir sons graves (som mais “grossos”), médios e agudos (sons mais “finos”). A velocidade da vibração dos objetos é que vai definir sua altura. As vibrações lentas produzem sons graves e as vibrações rápidas produzem sons agudos.
Agudo, Médio ou Grave Curiosidade: a altura dos sons depende também do tamanho dos corpos que vibram. Uma corda fina e curta produz sons mais agudos que os de uma corda longa e grossa. Assim como uma flauta pequenina de tubo bem fino também produz sons mais agudos do que um instrumento de sopro com um tubo longo e grosso como a TUBA!
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Menina ao flautim e uma Tuba TIMBRE – É a propriedade do som que nos permite reconhecer sua origem. O timbre diferencia, “personaliza” o som. Por meio do timbre identificamos “o que” está produzindo o som. Por exemplo: quando ouvimos uma pessoa falar, um celular tocando ou mesmo um gatinho miando podemos saber qual fonte sonora produziu o som por causa do timbre.
O Silêncio Entendemos por silêncio a ausência de som, mas, na verdade, a ele correspondem os sons que já não somos capazes de ouvir. Tudo vibra, em permanente movimento, mas nem toda vibração transforma‐se em som para os nossos ouvidos! Existem sons que são tão graves ou tão agudos que o ouvido humano não consegue perceber. Alguns animais possuem a capacidade de emitir e até mesmo escutar esses sons! O elefante, por exemplo, emite infra‐sons (sons muito graves), que podem ser detectados a uma distância de 2 km! Já o cachorro e o gato conseguem ouvir ultra‐sons (sons muito agudos). O silêncio é algo complexo de experimentar: se ficarmos em silêncio, em sala de aula, ainda assim ouviremos algum som. Psiu! Vamos experimentar?
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O elefante emite e ouve sons muito graves que nós não conseguimos ouvir! Curiosidade: um compositor norte‐americano chamado John Cage (1912‐1992) realizou uma experiência muito interessante: ele queria vivenciar a sensação de plenitude silenciosa e, em busca do “silêncio total”, entrou uma câmara anecóica, ou seja, uma cabine totalmente à prova de sons. Após alguns segundos, Cage concluiu que o silêncio absoluto não existe, pois mesmo no interior da câmara anecóica ele ouvia dois sons: um agudo, produzido por seu sistema nervoso, e outro grave, gerado pela circulação do sangue nas veias! Incrível!
Homem dentro de uma câmara anecóica
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O que é Música? A música (palavra derivada do idioma grego e cujo significado é “a arte das musas”) pode ser definida como uma sucessão de sons e silêncios organizados com equilíbrio e proporção ao longo do tempo. A música é uma criação essencialmente humana. É uma prática cultural presente em todo e qualquer grupo humano. Não se conhece nenhuma civilização ou grupo social que não tenha produzido ou possua manifestações musicais próprias. Embora nem sempre seja feita com esse objetivo, a música pode ser considerada uma forma de arte: A ARTE DOS SONS! Cada grupo humano define música de uma maneira muito própria:
Um grupo de músicos tradicionais chineses A música é uma linguagem que pode ser definida e interpretada de várias maneiras, em sintonia com o modo de pensar e com os valores de cada época ou cultura em que foi produzida. Muitos instrumentos musicais utilizados hoje, por exemplo, sequer existiam há tempos atrás. Na música contemporânea, por exemplo, é comum utilizarmos “ruídos”, sons considerados “não musicais”, fato inissível na Idade Média!
Instrumento de épocas diferentes: o antigo alaúde e as guitarras elétricas modernas
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NOTAÇÃO MUSICAL TRADICIONAL: Como se escrever música? A música é uma linguagem sonora como a fala. Assim como representamos a fala por meio de símbolos do alfabeto, podemos representar graficamente a música por meio de uma notação musical. Os sistemas de notação musical existem há milhares de anos. Cientistas já encontraram muitas evidências de um tipo de escrita musical praticada no Egito e na Mesopotâmia por volta de 3.000 anos antes de Cristo! Sabe‐se que outros povos também desenvolveram sistemas de notação musical em épocas mais recentes, como é o caso da civilização grega.
Fragmento de antigo papiro grego com notação musical
Existem vários sistemas de leitura e escrita que são utilizados para representar graficamente uma obra musical. A escrita permitiu que as músicas compostas antes do aparecimento dos meios de comunicação modernos pudessem ser preservadas e recriadas novamente. A escrita musical permite que um intérprete toque uma música tal qual o compositor a prescreveu. O sistema de notação ocidental moderno é o sistema gráfico que utiliza símbolos escritos sobre uma pauta de 5 linhas paralelas e eqüidistantes e que formam entre si quatro espaços. A pauta musical também é chamada de PENTAGRAMA. Veja:
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Contam‐se as linhas e os espaços da pauta de baixo para cima. A nota que está num espaço não deve ar para a linha de cima nem para a de baixo. A nota que está numa linha ocupa a metade do espaço superior e a metade do espaço inferior.
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O elemento básico de qualquer sistema de notação musical é a NOTA, que representa um único som e suas características básicas: DURAÇÃO e ALTURA. Veja:
Os sistemas de notação também permitem representar diversas outras características, tais como variações de intensidade, expressão ou técnicas de execução instrumental.
Para representar a linguagem falada você usa as letras do alfabeto. Já para representar os sons musicais você usa as NOTAS MUSICAIS. O nosso sistema musical tem 7 (sete) notas. Elas formam a seguinte sequência:
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ ‐ SI Essa sequência organizada de notas é chamada de ESCALA. As escalas usadas no ocidente se organizam do som mais grave para o mais agudo e se repetem a cada ciclo de 7 notas:
As notas musicais no teclado do piano
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Vamos aprender os nomes das notas musicais cantando? Minha Canção Do espetáculo “Os Saltimbancos” Enriquez ‐ Bardotti ‐ Chico Buarque Dorme a cidade Doce a música Resta um coração Silenciosa Misterioso Larga o meu peito Faz uma canção Solta‐se no espaço Soletra um verso Faz‐se certeza Lá na melodia Minha canção Singelamente Réstia de luz onde Dorme o meu irmão Dolorosamente Para ouvir a música vá até: http://app.uol.com.br/radiouol/player/frameset.php?opcao=umcd&nome playlist=004081‐2<@>Os_Saltimbancos Agora vamos cantar a música do filme “A Noviça Rebelde”? Dó é pena de alguém Ré, que anda para traz Mi, pronome que nem sei Fá, é fácil decorar Sol, é o nosso astro‐rei Lá, tão longe que nem sei Si, de sim e de sinal E afinal, voltei ao Dó DÓ, SI, LÁ, SOL, FÁ, MI, RÉ, DÓ
SUGESTÃO: Assista ao filme e ouça a trilha sonora. Sinopse: No final da década de 30, na Áustria, quando o pesadelo nazista estava prestes a se instaurar no país, Maria, uma jovem noviça (Julie Andrews), vive em um convento e não consegue seguir as rígidas normas de conduta das religiosas. Por causa disso, é enviada pela Madre Superiora para trabalhar como governanta na casa do capitão Von Trapp (Christopher Plummer). Maria fica encarregada de cuidar dos sete filhos do capitão viúvo, que os educa como se fizessem parte de um regimento militar. A
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chegada de Maria modifica drasticamente o padrão da família, trazendo alegria novamente ao lar da família Von Trapp e conquistando o carinho e o respeito das crianças. Mas ela termina se apaixonando pelo capitão, que está comprometido com uma rica baronesa. Informações Técnicas Título no Brasil: A Noviça Rebelde Título Original: The Sound of Music País de Origem: EUA Gênero: Musical Tempo de Duração: 172 minutos Ano de Lançamento: 1965 Site Oficial: http://www.foxhome.com/soundofmusic Estúdio/Distrib.: 20th Century Fox Direção: Robert Wise
A Notação Musical no Ocidente: uma História O sistema de notação musical moderno teve suas origens nos NEUMAS (do latim: sinal), pequenos símbolos que representavam as notas musicais em peças vocais do chamado “Canto Gregoriano”, por volta do século VIII (cerca do ano 700 depois de Cristo). Inicialmente, esses neumas eram posicionados sobre as sílabas do texto e serviam como um lembrete da forma de execução para os que já conheciam a música. Veja:
Para resolver este problema as notas aram a ser escritas em relação a uma linha horizontal. Isto permitia representar as alturas. Este sistema evoluiu até uma pauta de quatro linhas.
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O monge católico GUIDO D’AREZZO
Um desenho antigo retratando o monge Guido d´Arezzo Grande parte do desenvolvimento da notação musical deriva do trabalho do monge católico italiano Guido d’Arezzo, que viveu no século X d.C. Ele criou os nomes pelos quais as notas são conhecidas atualmente (Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si). Esses nomes foram tirados de um hino chamado Hino a S. João Batista. Segundo Kurt Pahlen (em Nova História Universal da Música), o hino latino era usado naquela época pelos meninos cantores para abrir seu canto, pedindo a S. João que lhes concedesse belas vozes. Nesta época o chamado sistema tonal ainda estava sendo desenvolvido. Guido d’Arezzo adotou uma pauta musical de quatro linhas. Depois do século XII foi adotado o pentagrama, isto é, a pauta de cinco linhas que ainda é o padrão hoje em dia.
Hino a São João Batista Ut queant laxis, Resonare fibris, Mira gestorum, Famuli tuorum, Solve polluti, Labii reatum Sante Iohannes Tradução aproximada: “Para que os vossos servos possam cantar livremente as maravilhas dos vossos feitos, tirai toda mácula do pecado dos seus lábios impuros. Oh, São João!”
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Mais tarde, a palavra Ut foi substituída pela sílaba Dó, porque ela era difícil de ser falada. O Si foi formado da união da primeira letra de Sancte e da primeira de Iohannes.
CLAVE: o que é e para que serve" usada para decifrar a pauta é a clave, pois é ela que vai dizer como as notas devem ser lidas. Se na 2ª linha tivermos um sol, no espaço seguinte teremos um lá e na 3ª linha um si. As notas são nomeadas sucessivamente de acordo com a ordem das notas da escala. Atualmente usam‐se três tipos de clave: de Sol, de Fá e de Dó. A clave de sol é própria para grafarmos as notas mais agudas, evitando o uso de linhas suplementares. A clave de fá é indicada para as notas mais graves. A clave de dó é mais usada para os
sons médios. Veja: A clave de sol indica que a nota sol deve ser escrita na segunda linha da pauta.
A partir da nota sol podemos definir a posição de todas as outras notas:
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DURAÇÃO Além da indicação das alturas, necessitamos indicar também o tempo de emissão de cada nota, ou seja, quanto tempo ela vai durar. Para representar graficamente a duração do tempo dos sons (notas) na música usamos sinais chamados FIGURAS DE DURAÇÃO. Elas nos indicam quanto tempo devemos emitir determinado som. Além da duração da emissão das alturas também precisamos representar graficamente a duração do silêncio na música. Para isso usamos sinais chamados de PAUSAS. Esses sinais têm o mesmo valor das suas respectivas figuras. Para cada figura de duração temos uma pausa correspondente. Veja o quadro abaixo:
Quadro de durações e suas pausas
As figuras não possuem um valor (tempo) fixo. Elas são proporcionais entre si. A figura de maior duração é a semibreve.
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Pulso e como A música possui um importante elemento: o pulso ou a pulsação. Uma pulsação regular pode ter acentuações que se repetem de maneira regular. Veja a seguir:
Acentos que se repetem a cada dois pulsos regulares: 1______2______1______2______1______2______1______2 Acentos que se repetem a cada três pulsos regulares: 1______2______3______1______2______3______1______2______3 Acentos que se repetem a cada quatro pulsos regulares: 1______2______3______4_______1______2______3______4 Como é uma fórmula expressa em fração que determina a regularidade do pulso. Existem várias fórmulas de como como as que seguem:
Comos simples (frações de como) Binário
Ternário
Quaternário
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Como simples é aquele em que cada unidade de tempo corresponde à duração determinada pelo denominador da fórmula de como. Por exemplo: um como 2/4 possui dois pulsos com duração de 1/4 (uma semínima) cada. Os tipos mais comuns de comos simples possuem o 4 no denominador (2/4, 3/4 ou 4/4). OBS: Veja o quadro da página 13. Observe as correspondências entre as figuras de duração e os números que a representam nos denominadores das frações de como.
Barras de como Barra ou travessão são nomes usados paras as linhas verticais que utilizamos para separar os comos e facilitar a leitura das notas (duração e altura). As barras mais usadas são:
Barra simples: Separa cada como completo.
Barra dupla: Usada para indicar o fim de um trecho musical ou final da música. Neste caso a segunda linha é mais grossa. Veja:
Alguns sinais gráficos utilizados para facilitar a escrita musical: Ligadura: É uma linha curva que une duas ou mais notas, somando os seus valores. Usamos ligaduras somente em figuras de duração e jamais em pausas. Veja:
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Ponto de aumento: É um ponto colocado à direita da figura positiva ou negativa e que aumenta seu valor em sua metade. Veja:
Linhas suplementares
Ampliam o pentagrama ou a pauta musical. São linhas colocadas acima ou abaixo do pentagrama para indicar notas mais agudas ou mais graves. Veja:
Sinais de repetição
Para facilitar a escrita e a leitura musical, podemos utilizar sinais que indiquem repetição, ao invés de reescrever trechos inteiros que devem ser repetidos.
Sinais de repetição mais comuns Da Capo ‐ Voltar ao início da música. Abreviatura: D.C. Da Capo ao Fim ‐ Voltar ao início e ir até a palavra Fine (Fim) ou à barra dupla. Abreviatura: D.C. al Fine ou D. C. ao Fim Do Sinal (segno) ao Fim ‐ Voltar ao sinal e ir até a palavra Fine (Fim) ou à barra dupla. Abreviatura: Do % AL Fine ou Do % ao Fim
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Ao Segno (sinal) – retornar ao sinal. Abreviatura: Al % Ritornello ‐ Repetir o trecho marcado com a barra dupla com dois pontos.
Ritornello com casa 1, 2, 3 etc... – Repetir o trecho, respeitando o como que deve ser tocado na segunda, na terceira, etc, repetições.
Sinais de intensidade São sinais que indicam a força com que cada nota deve ser cantada ou tocada. Os sinais de intensidade mais comuns são:
pp = pianíssimo, tocar muito leve, com pouquíssima intensidade p = piano, tocar bem leve, com pouca intensidade mp = mezzo‐piano ou meio‐piano, tocar leve, com moderada intensidade mf = mezzo‐forte ou meio‐forte, tocar com força moderada f = forte, tocar com força ff = fortíssimo, tocar com muita força sfz = sforzando, intensificar subitamente a força com que se toca determinadas notas Crescendo (cresc.) e decrescendo (decresc.)– usa‐se quando se quer um aumento gradativo da intensidade.
Veja o trecho musical:
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Andamento e sinais de andamento Os andamentos são as velocidades com que as músicas devem ser tocadas. Por tradição em italiano, as indicações de andamento são colocadas geralmente no início das partituras musicais, indicando a velocidade com que a música deve ser interpretada. Tipos de Andamento Lentos Lento, Largo, Adágio Moderados Moderato, Andante, Andantino Rápidos Allegro, Vivo, Presto Sinais de andamento: São indicações colocadas na partitura com o intuito de acelerar ou retardar a execução do trecho musical. Veja:
Acellerando – deve‐se acelerar o andamento. A sua abreviatura é Acell. Rallentando – deve‐se retardar o andamento. A sua abreviatura é Rall.
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Estrutura e Forma Reconhecendo as partes da música e sua textura Toda vez que ouvimos, tocamos ou cantamos uma música, percebemos que ela possui partes que se repetem ou partes que se contrastam. As cantigas de roda costumam ter uma ou duas partes, com melodias simples e repetitivas, muitas vezes. Cante e perceba:
A Canoa Virou A canoa virou Por deixá‐la virar Foi por causa da "Fulana" Que não soube remar Se eu fosse um peixinho E soubesse nadar Tirava a "Fulana" Do fundo do mar
Melodia A
Melodia A se repete
Nesta canção de roda a melodia se repete várias vezes. Você consegue se lembrar de outras canções desse tipo?
Escravos de Jó Escravos de Jó jogavam caxangá Tira, bota deixa o Zambelê ficar Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue zá! Então, vamos ouvir algumas música e perceber as suas partes? Se elas são parecidas ou diferentes? Quantas vezes se repetem? Quantos instrumentos estão tocando? Existem muitos sons soando ao mesmo tempo? Procure separar em partes as canções do repertório trabalhado!
Outras formas: músicas com mais de uma parte Forma Binária (A B) Quando ao invés de repetir a melodia (a mesma idéia musical), resolvemos criar uma parte contrastante, a música a a ter duas partes e então chamamos essa estrutura de Forma Binária.
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A forma binária pode ser abreviada pelas letras A (primeira parte) e B (parte contrastante). Então temos uma forma: A B
Exemplo musical: Mamãe eu quero Mamãe eu quero Mamãe eu quero Mamãe eu quero mamar Dá a chupeta Dá a chupeta Dá a chupeta pro neném não chorar Dorme filhinho do meu coração Pega a mamadeira e entra no cordão Eu tenho uma irmã que se chama Ana De tanto piscar o olho Já ficou sem a pestana
Parte A
Parte B
Forma Ternária (A B A) A forma chamada de ternária é uma extensão da forma binária. Também possui uma parte inicial A (exposição) e uma parte contrastante, a parte B. A diferença é que a música termina com um retorno à parte A. Assim representamos a forma ternária da seguinte maneira: A B A Um bom exemplo de forma ternária é o “Samba de uma nota só” de Tom Jobim. Procure ouvir essa canção e perceba as suas partes!
O que é uma textura monofônica e textura homofônica? Chamamos de textura à maneira como os sons são organizados numa música. Quando ouvimos só uma pessoa cantando ou um único instrumento soando, dizemos que a música possui uma textura monofônica. Quando ouvimos uma ou mais pessoas cantando uma melodia acompanhada ao violão, por exemplo, formando um bloco sonoro único, dizemos que esta música possui uma textura homofônica. No Período Barroco (séc. XVII a meados do XVIII) a homofonia foi intensamente utilizada. Pergunte ao seu professor ou professora quais músicas possuem essas características!
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Textura Polifônica Chamamos de polifonia quando uma melodia é acompanhada de uma ou mais melodias simultâneas. O auge do estilo polifônico se deu no Período Renascentista (meados do séc. XIV ao fim do XVI). Procure ouvir músicas desse período. Os estilos polifônicos mais conhecidos são o cânone e a fuga. Uma música muito conhecida é a canção “Frère Jacques”, um cânone.
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Saúde auditiva como:
Devemos zelar pela nossa saúde auditiva e vocal, adotando atitudes saudáveis
‐ Não ficar exposto a barulhos ou ruídos excessivos. ‐ Usar protetor auditivo quando o barulho for inevitável. ‐ Reduzir o tempo que você fica exposto a barulhos. Alguns barulhos podem comprometer a nossa audição. Os sons de uma turbina de avião ou de uma britadeira são sons que am dos 100 decibéis. Esses sons acima de 90 decibéis causam até surdez! Veja:
Silêncio total – 0 dC Sussurro – 15 dC Conversa normal – 60 dC Buzina de automóvel – 110 dC Rojão – 140 dC Bomba – acima de 150 dC Decibel é uma unidade de medida usada para medir a intensidade dos sons.
Alguns operários ou controladores de pista de aeroportos devem usar protetores para protegerem seus ouvidos dos barulhos excessivos
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Saúde vocal
Existem técnicas que preservam a saúde vocal. Ao cantar ou falar devemos cuidar para que não causemos danos ao nosso aparelho fonador.
As cordas vocais: São membranas localizadas na nossa laringe, que produzem sons ao serem vibradas pelo ar que vem dos pulmões. A altura dos sons (mais agudos ou mais graves) depende da tensão provocada ou do tamanho da corda vocal. Na nossa boca existem vários órgãos articuladores dos sons, que os convertem em vogais ou consoantes: língua, mandíbulas, lábios, céu da boca e dentes.
Aparelho fonador
Cuidados com a voz: ‐ Evite gritar, tanto para falar como para cantar ‐ Beba bastante água sempre ‐ Evite ambientes muito secos (ar condicionado excessivo) ‐ Não falar muito tempo ao telefone ‐ Antes de cantar procure relaxar a cavidade da boca e mesmo o corpo ‐ Ao cantar mantenha a postura ereta e relaxada
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Não grite! Isso faz mal a sua voz!
Vozes Humanas Cada pessoa possui uma voz única e especial. É como se fosse uma impressão digital. É claro que existem vozes parecidas. Algumas pessoas cantam num registro sonoro mais agudo, outras num registro mais grave. São muitos os fatores que dão as características para a voz de cada ser humano. A voz de uma criança, por exemplo, é uma voz mais aguda. Existem mulheres que falam muito “fino”, mas isso não é regra. Vamos entender como funciona a nossa voz?
Ídolos de diferentes gerações, a cantora Ivete Sangalo e o cantor Roberto Carlos encantam seus fãs pelo timbre único que possuem
Como funciona a voz humana? Na página 21 desta apostila podemos observar o desenho de nosso aparelho fonador e a explicação sobre o que são e como funcionam as “cordas vocais”. Os sons que produzimos se originam pela vibração de duas “cordas vocais”, localizadas em nossa laringe. Quando o ar que vem de nossos pulmões a por elas, produzem essa vibração. Para que o som produzido seja agudo, é necessário que esta corda vocal seja curta e fina. Outro fator que deixa os sons agudos é a tensão da corda vocal. Quanto mais tensa ela estiver, mais agudo será o som produzido. Quanto mais relaxada ela estiver, mais grave será o som produzido.
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A voz de uma criança é mais aguda do que a de um adulto Por isso, a afinação depende da técnica de ajustar a tensão certa para emitir cada nota musical. Você pode experimentar cantando uma música. Colocando a mão na garganta, procure perceber como nas notas mais agudas você é obrigado a aumentar a tensão, enrijecendo sua garganta e consequentemente sua corda vocal!
Cantores de ópera possuem suas vozes muito trabalhadas para garantir um bom desempenho
Os sons produzidos pelas cordas vocais se transformam em vogais ou consoantes, conforme os movimentos dos órgãos articuladores como a língua, os lábios, a mandíbula, o céu da boca e os dentes. Você já percebeu como é difícil para uma pessoa desdentada dizer as palavras de forma correta? Além disso, as cavidades da boca, do nariz e da cabeça servem para amplificar o som produzido.
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Os índios botocudos, por exemplo, articulam as palavras de forma muito especial, justamente porque é costume colocar nos lábios objetos que dificultam o abrir e fechar dos lábios. Obs: O termo botocudos é a denominação dada pelos portugueses aos indígenas pertencentes a grupos de diversas filiações linguísticas e regiões geográficas, uma vez que a maior parte usava botoques labiais e auriculares (na orelha).
Classificação das vozes humanas Vozes infantis e vozes femininas adultas A vozes das crianças e as vozes das mulheres são mais agudas em geral. Antes da muda vocal a voz da criança não possui características tão definidas. Por isso, para classificar a voz de uma criança é necessário acompanhar o seu crescimento.
As vozes femininas são classificadas da seguinte forma, • SOPRANO – Palavra italiana que significa superior. É o nome dado para a voz mais aguda das crianças e das mulheres. • MEZZO‐SOPRANO – O mesmo que meio‐soprano. Como diz o nome, é uma voz intermediária entre a soprano e a contralto. • CONTRALTO – É a voz mais grave entre crianças e mulheres.
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Diferentes estilos, timbres e extensões vocais: Maria Callas foi uma das grandes sopranos eruditas e Cássia Eller uma das grandes cantoras populares em registro de contralto
As vozes masculinas são classificadas da seguinte forma, • TENOR – é a voz mais aguda entre os homens. • BARÍTONO – é a voz intermediária entre o tenor e o baixo. • BAIXO – é a voz mais grave entre os homens. Uma voz rara.
Os 3 tenores mais populares dos últimos tempos: Plácido Domingo, José Carreras e o já falecido Luciano Pavarotti
Tessitura A tessitura é a extensão entre a nota mais aguda e mais grave que uma voz é capaz de emitir. Na ilustração a seguir podemos visualizar num teclado de piano o conjunto de sons típico de cada voz.
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MUDA VOCAL: Durante a puberdade (que ocorre geralmente entre os 12 e 15 anos), a laringe do menino aumenta suas dimensões, levando a tessitura vocal dos rapazes a ficar mais grave. Esse fenômeno é denominado muda vocal. As meninas também apresentam muda vocal, mas é bem menos significativa que a dos meninos. Em certas ocasiões a muda vocal não se completa com o crescimento do menino, gerando a voz aguda infantilizada ou de falsete. Curiosidade: Castrato (plural castrati) é um cantor masculino cuja extensão vocal corresponde em pleno à das vozes femininas, seja de (soprano, mezzo‐soprano, ou contralto). Esta faculdade numa voz masculina só é verificável na sequência de uma operação de corte dos canais provenientes dos testículos, ou então por um problema endocrinológico que impeça a maturidade sexual. Consequentemente, a chamada "mudança de voz" não ocorre. Essa prática não é mais comum como foi há séculos atrás. A castração antes da puberdade (ou na sua fase inicial) impedia a libertação para a corrente sanguínea dos hormônios sexuais produzidos pelos testículos, as quais provocariam o crescimento normal da laringe masculina (para o dobro do comprimento) entre outras características sexuais secundárias, como o crescimento da barba. A prática de castração de jovens cantores (ou castratismo) teve início no século XVI, tendo surgido devido à necessidade de vozes agudas nos coros das igrejas da Europa Ocidental, já que a Igreja Católica Romana não aceitava mulheres no coro das igrejas. Muitos rapazes que eram alvo da castração eram crianças órfãs ou abandonadas. Algumas famílias pobres, incapazes de criar a sua prole numerosa, entregavam um filho para ser castrado. O mais famoso castrato do século XVIII terá sido Carlo Broschi, conhecido por Farinelli, tendo sido realizado um filme sobre a sua vida, Farinelli il Castrato.
O filme "Farinelli", de Gérard Corbiau (1994) focaliza a vida do mítico cantor italiano Carlo Broschi (1705‐1782), que iniciou sua carreira ao lado do irmão, o pianista Ricardo Broschi.
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Conjuntos Vocais Podemos cantar sozinhos ou junto com outras pessoas. Há uma classificação para os grupos vocais. Por exemplo: Grupo de 2 vozes: Duo vocal Grupo de 7 vozes: Septeto vocal Grupo de 3 vozes: Trio vocal Grupo de 8 vozes: Octeto vocal Grupo de 4 vozes: Quarteto vocal Grupo de 9 vozes: Noneto vocal Grupo de 5 vozes: Quinteto vocal Mais de 10 vozes: Coral ou Coro Grupo de 6 vozes: Sexteto vocal Quando um grupo ou pessoa canta sem acompanhamento dizemos que está cantando “à capela”. Esta expressão caracteriza o canto sem acompanhamento de banda, orquestra ou instrumento harmônico qualquer.
Grupo vocal Calíope, caracterizado por ser um coro especializado em música erudita e o Coral Brasileirinho, de vozes infantis http://www.movimento.com/images/pessoas/238.jpg http://www.brasilcultura.com.br/imagens/001aaaaacoralbrasileirinho2206.jpg
O Quarteto em Cy, os Golden Boys qe foi quarteto e hoje é um Trio e a dupla ou Duo formado pelos irmãos Sandy e Júnior (recentemente desfeita em função da carreira solo dos dois jovens) http://serve‐ak.last.fm/serve/252/3115363.jpg http://www.revistafator.com.br/imagens/fotos/golden_boys http://www.imotion.com.br/imagens/data/media/67/8265sandy.jpg
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Instrumentos Musicais
O homem primitivo começou a construir instrumentos musicais para tentar imitar os sons da natureza. Os primeiros instrumentos de que se têm notícia são aqueles feitos de ossos de animais, de arco e corda e os tambores, com peles de animais abatidos. Classificação dos instrumentos musicais Os instrumentos musicais são classificados conforme o material de que são confeccionados e a forma como o som é produzido. 9 Aerofones são os instrumentos que produzem som por meio do ar, como flautas e trompetes, por exemplo. 9 Cordofones são os instrumentos que produzem som pela vibração de cordas, tais como o violão, o violino e a harpa. 9 Membranofones são os instrumentos que produzem som por meio da vibração de membranas, como é o caso dos tambores em geral. 9 Idiofones são instrumentos que produzem som através da vibração de seu próprio corpo, como é o caso das claves e sinos. Além da classificação acima, os instrumentos musicais são também classificados em “famílias”. A classificação geral das famílias de instrumentos musicais é: • FAMÍLIA DOS METAIS • FAMÍLIA DAS MADEIRAS • FAMÍLIA DA PERCUSSÃO • FAMÍLIA DAS CORDAS
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Família dos Metais:
Família das madeiras:
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Família da percussão:
Família das cordas:
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Conjuntos instrumentais A Orquestra A Orquestra Sinfônica é formada por vários instrumentos das famílias de metais, madeiras, cordas e percussão. Cada músico desempenha a sua função para que o conjunto seja harmonioso. Veja abaixo como se dispõem os instrumentos da orquestra.
http://instrumentos.aulasdemusica.com/imagens/orquestra_2_big.jpg
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Outros conjuntos:
Regional de choro O chamado “Regional de choro” inclui uma série de instrumentos como o violão de 7 cordas, o violão de 6 cordas, o cavaquinho, o bandolim, o saxofone, a flauta e o clarinete, além da percussão (pandeiro).
Banda de rock
O Led Zeppelin foi uma das grandes bandas de rock de todos os tempos
As bandas de rock não podem deixar de ter as guitarras elétricas (de base e solo), o baixo elétrico, a bateria, e eventualmente teclados, além dos vocais. Além de todos esses instrumentos outros podem compor as bandas de rock os violões acústicos de aço. Bandas militares e civis São os conjuntos sinfônicos civis ou das corporações militares (Corpo de Fuzileiros Navais, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, entre outras). As bandas civis costumam ter sede e estatuto e costumam participar ativamente da vida cultural das cidades onde funcionam, principalmente no interior do país, onde cumprem papel sócio‐cultural de grande destaque. A banda sinfônica costuma ter quase todos os instrumentos de uma orquestra sinfônica.
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Conjuntos de câmara Chamamos "Música de Câmara" a qualquer formação instrumental que se limite a poucos executantes. O termo vem da palavra “Câmara” ou “Câmera” que é o mesmo que “sala” ou qualquer aposento de uma casa. É, portanto, um conjunto musical destinado a pequenos espaços, e por isso, a música escrita para pequenas formações. O conjunto de câmara mais famoso na música clássica é o “quarteto de cordas”: Quarteto de cordas:
O quarteto de cordas é formado por 2 violinos, uma viola e um violoncelo. O contrabaixo não faz parte desse conjunto de câmara clássico, para o qual já foram compostas inúmeras obras, principalmente compositores como Haydn, Mozart, Beethoven, Schubert, Schumann, Mendelssohn, Brahms, Dvorak, Tchaikovsky e Philip Glass.
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HISTÓRIA DA MÚSICA OCIDENTAL A Música Barroca A palavra barroco vem da língua portuguesa e significa "pérola irregular". Foi adotada internacionalmente para caracterizar o estilo ornamentado e pomposo que prevaleceu nas Artes Plásticas, na Arquitetura e na Literatura dos séculos XVII a XVIII. A música barroca é toda música ocidental correlacionada com a época cultural homônima na Europa, que vai desde o surgimento da ópera moderna de Claudio Monteverdi no século XVII, até à morte de Johann Sebastian Bach, em 1750.
No Brasil o estilo barroco foi mais representativo nas artes plásticas, em Minas Gerais, no século XVIII. Na pintura, destacou‐se Manuel da Costa Ataíde. Ataíde criou seu próprio estilo, utilizando‐ se de cores vivas, tropicais. Pintou em suas obras figuras cordiais, mas um tanto irreverentes. Sua obra de maior destaque está no teto da nave da Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto. Obra realizada entre 1800 e 1809, esta pintura representa uma Assunção de Nossa Senhora, em que anjinhos mulatos substituem os rosados querubins dos modelos tradicionais europeus. A Virgem Maria, também mulata, exibe os traços da mulher que era companheira do pintor. Perceba o estilo ornamentado, cheio de detalhes desta pintura. Fonte de pesquisa: http://www.historiamais.com/barrocoII.htm
Curiosidade: O termo barroco, até o século XIX, era um termo depreciativo, que os compositores clássicos usavam para criticar o estilo pomposo dos compositores do período anterior a 1750. No século XIX, os historiadores da Arte recuperaram a palavra barroco, dando‐lhe um significado mais conceituado, de algo ornamentado, cheio de sutilezas.
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Características gerais da Música Barroca Trata‐se de uma das épocas musicais de maior extensão, fecunda, revolucionária e importante da música ocidental, e provavelmente também a mais influente. As características mais importantes são o uso do baixo contínuo, do contraponto e da harmonia tonal, em oposição aos modos gregorianos até então vigentes. Na realidade, trata‐se do aproveitamento de dois modos: o modo jônico (modo “maior”) e o modo eólio (modo “menor”). Foi o apogeu da música instrumental em contraste com a hegemonia da música vocal, que prevalecera em períodos anteriores. Durante o período barroco, os compositores e intérpretes abusaram das ornamentações musicais, fato jamais repetido em outros períodos anteriores e posteriores da história da música ocidental. Além disso, fizeram mudanças indispensáveis na notação musical, desenvolveram novas técnicas instrumentais e novos instrumentos também. No Barroco, as músicas ficaram mais longas, ganharam variedade e complexidade de performance instrumental. Novas formas musicais surgiram, tais como a ópera barroca, o oratório, a cantata, a suíte e a fuga.
As formas barrocas • Ópera barroca A ópera é um gênero artístico que consiste num drama encenado com música. O drama é apresentado utilizando os elementos típicos do teatro, tais como cenografia, vestuários e atuação. No entanto, a letra da ópera (conhecida como libreto) é totalmente cantada em lugar de ser falada. O primeiro grande compositor de ópera barroca foi Claudio Monteverdi, com a obra prima Orfeu, de 1607. Monteverdi vivia em Veneza e fez desta cidade o centro da ópera no início do século XVII. Foi lá que em 1637 foi inaugurada a primeira casa de espetáculos dedicados à ópera, o Teatro San Cassiano. • Oratório O oratório é um gênero de composição musical cantada de conteúdo narrativo. Semelhante à ópera quanto à estrutura (árias, coros, recitativos, etc.), difere‐se desta por não ser destinado à encenação. Em geral, os oratórios têm temática religiosa, mas existem alguns de temática profana. Este gênero foi explorado com mais intensidade no período Barroco, especialmente por Georg Friedrich Haendel, autor do oratório O Messias, muito popularizado pela famoso trecho do “Aleluia” e por Johann Sebastian Bach, com suas paixões, cuja mais famosa é a Paixão Segundo São Mateus. • Cantata Cantata é um tipo de composição vocal, para uma ou mais vozes, com acompanhamento instrumental, às vezes também com coro, de inspiração religiosa ou profana, contendo normalmente mais de um movimento e cujo texto, em vez de ser historiado, descrevendo um fato dramático qualquer, é lírico, descrevendo uma situação psicológica. Uma das mais famosas cantatas barrocas é Jesus, alegria dos homens, de J. S. Bach.
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• Suíte barroca Suíte é como se chama o conjunto de movimentos instrumentais dispostos com algum elemento de unidade para serem tocados sem interrupções. As peças pertencentes à “suíte barroca" eram sempre da mesma tonalidade e todas em forma binária, isto é, têm uma seção A e uma seção B. As principais danças eram: Allemande: originalmente uma dança alemã em como binário moderado, a por modificações pelos autores ses e se transforma numa dança em quaternário com o primeiro tempo curto e fraco. Courante: a italiana era em 3/4 ou 3/8 rápido, enquanto a sa era em 3/2 moderado. Sarabanda: dança latino‐americana e espanhola, adotada na Itália e modificada na França, com andamento mais lento e em 3/2. Giga: dança inglesa, com duas variantes, a sa e a italiana. Tem um andamento de moderado a rápido e é em binário composto (6/8, 6/4), ou ainda ternário (3/4) ou quaternário composto (12/8), como é o caso da vertente italiana. • Fuga Em música, uma fuga é um estilo de composição contrapontista, polifônica e imitativa, de um tema principal, com sua origem na música barroca. Na composição musical o tema é repetido por outras vozes que entram sucessivamente e continuam de maneira entrelaçada. Johann Sebastian Bach (1685‐1750) é geralmente considerado o maior compositor de fugas. Ele freqüentava concursos em que recebia um tema com o qual deveria improvisar espontaneamente uma fuga ao órgão ou ao cravo.
Principais compositores do Barroco C. Monteverdi
Claudio Monteverdi foi um dos primeiros compositores de ópera, gênero que floresceu muito no período barroco. Foi Monteverdi que modernizou a ópera, utilizando uma orquestra maior. Sua famosa ópera Orfeu foi encenada pela primeira vez em 1607.
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J. Pachelbel
Johann Pachelbel (1653‐1706), músico alemão, foi organista, professor e compositor. Compôs um grande acervo de música sacra e secular. Suas contribuições para o desenvolvimento do prelúdio coral e fuga o colocam entre os mais importantes compositores da época barroca. Sua obra mais popular é o Cânone em Ré, muito tocado ainda hoje nas trilhas de novela e cinema. Antônio Vivaldi
O músico e compositor italiano Antonio Vivaldi, cujo apelido era “O Padre Ruivo”, viveu em Veneza e tornou‐se uma das grandes expressões da música barroca. Além de ter se notabilizado como um grande violinista, Vivaldi compôs mais de 600 concertos, além de óperas e música sacra. Uma das composições mais famosas de sua autoria é As 4 Estações. J. P. Rameau
Um dos grandes compositores do barroco, Jean‐Phillipe Rameau, era francês e além de grande organista foi o autor do primeiro Tratado de Harmonia, obra que influenciou fortemente os músicos nos séculos seguintes.
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J. S. Bach
Johann Sebastian Bach foi um dos maiores músicos e compositoras de todos os tempos. Nasceu em 1675 e faleceu em 1750, data que nos livros de história costuma marcar o final do período barroco. Seguiu e manteve a tradição de sua família, que era toda de músicos. Foi um dos grandes organistas da história, tornando‐se Mestre de Capela nas cortes de Weimar e de Cothen, na Alemanha. Naquele tempo esse era o posto máximo alcançado por um músico e compositor. Como compositor da corte, compôs muita música para os cultos da igreja e para as festas e solenidades oficiais da monarquia para a qual trabalhava. Bach casou‐se duas vezes e teve ao todo 20 filhos, muitos dos quais se tornaram músicos respeitados também. Escreveu muitas obras entre concertos, fugas, suítes para alaúde e cantatas. Entre as obras mais famosas de Bach podemos citar: • Jesus Alegria dos Homens • Concertos de Brandenburgo Além da obra didática “O Cravo bem Temperado”. G. F. Haendel
Outro grande compositor do período barroco, Georg Frederic Haendel nasceu na Alemanha, mas notabilizou‐se como Mestre de Capela na corte da Inglaterra. Escreveu muitas óperas e oratórios, gêneros muito presentes no período barroco. Sua obra mais conhecida é o oratório O Messias, cujo magnífico trecho intitulado “Aleluia” popularizou‐se de forma avassaladora, seja em concertos e até mesmo em música de publicidade.
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Danças e ritmos tradicionais brasileiros Jongo Jongo é uma manifestação cultural essencialmente rural diretamente associada à cultura africana no Brasil e que influiu poderosamente na formação do Samba carioca, em especial, e da cultura popular brasileira como um todo. Faz parte das chamadas “danças de umbigada”, termo criado por estudiosos de nossa música e cultura popular (entre eles, Mário de Andrade, Renato de Almeida e J. Ramos Tinhorão). O Jongo foi trazido para o Brasil por negros escravos de origem bantu, seqüestrados nos antigos reinos de Ndongo e do Kongo, atual região da República de Angola.
No jongo, os pares dançam dentro da roda ao som dos atabaques e “pontos”
Composto por música e dança características, animadas por poetas que se desafiam por meio de versos improvisados na hora, em com cantigas ou pontos enigmáticos ('amarrados'). Uma característica essencial da linguagem do Jongo é a utilização de enigmas, que possuem uma função mágica, que têm a intenção de causar fenômenos paranormais. Esse caráter espiritual do jongo pode ser percebido em vários aspectos da manifestação: o fato dos instrumentos (a pele dos tambores) serem afinados com fogo; o fato dos tambores serem considerados como ancestrais da comunidade (pessoas que já morreram); a dança em círculos com um casal ao centro, que remete à fertilidade; sem esquecer, é claro, as ricas metáforas utilizadas pelos jongueiros para compor seus "pontos" e cujo sentido é inível para os não‐iniciados. Os instrumentos do jongo: Na prática do jongo, alguns instrumentos são essenciais. Entre eles estão,
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Os tambores ou atabaques: • São eles que “falam”, são as vozes dos ancestrais. Têm tamanhos diferentes. O maior de todos é comumente chamado de CAXAMBU. O de tamanho menor chama‐se CANDONGUEIRO.
Outros instrumentos: além dos atabaques, no jongo utilizam‐se também chocalhos, entre eles o GUAIÁ, que tem função de marcar a mudança de um “ponto”. Outro instrumento presente no jongo é a CUÍCA ou PUÍTA. O Jongo no Rio de Janeiro: Na cidade do Rio de Janeiro, a região compreendida pelos bairros de Madureira e Oswaldo Cruz, nos anos posteriores à abolição da escravatura, centralizou durante muito tempo a prática do jongo, atraindo um grande número de migrantes ex‐ escravos, oriundos das fazendas de café do Vale do Paraíba.
Representantes do Jongo da Serrinha, com Vó Maria ao centro
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Entre os precursores da implantação do Jongo nesta área se destacaram a ex‐ escrava Maria Teresa dos Santos (Vó Tereza) e seus parentes, além de diversos vizinhos da comunidade, entre os quais Mano Elói (Eloy Anthero Dias), Sebastião Mulequinho e Tia Eulália, todos fundadores da Escola de Samba Império Serrano, sediada no Morro da Serrinha, em Madureira. Vó Maria, filha de Vó Tereza, e seu filho Darcy também ficaram muito conhecidos como criadores de “pontos”.
Ciranda A Ciranda é um tipo de dança e música de Pernambuco. Sua prática é muito presente na Ilha de Itamaracá. É dança de roda, muito praticada nas praias ou praças, onde os integrantes dançam ao som de um ritmo lento, comado e repetido. Aquele que inicia a ciranda é chamado de Mestre e os que dançam cirandeiros. Na ciranda são utilizados basicamente instrumentos de percussão: o bumbo ou tambor, o tarol ou caixa de guerra e o ganzá (chocalho). No entanto, eventualmente utilizam‐se instrumentos harmônicos como a sanfona.
Pintura representando uma roda de ciranda (Aracy)
A dança: Na marcação do bumbo, os cirandeiros pisam forte com o pé esquerdo à frente. Num andamento para a direita na roda de ciranda, os dançarinos dão dois os para trás e dois os para a frente, sempre marcando o como com o pé esquerdo à frente. Os os podem ser simples ou coreografados. Podem dançar homens, mulheres e crianças, sempre de mãos dadas. As mãos se levantam de vez em quando ao mesmo tempo em que os cirandeiros entoam um (Hei!).
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Uma das mais famosas mestres de ciranda é Lia de Itamaracá: Cirandeira de Itamaracá, ilha perto de Recife, Maria Madalena Correia do Nascimento ficou conhecida como Lia de Itamaracá desde os anos 60, quando a compositora e cantora Teca Calazans registrou a quadra "Esta ciranda quem me deu foi Lia/ que mora na ilha de Itamaracá". Lia canta e compõe desde a infância, e em 1977 gravou seu primeiro disco, o LP "A Rainha da Ciranda". Mas não enveredou pela vida artística e continuou trabalhando como merendeira em uma escola de sua cidade. Na década de 90 foi redescoberta pelo produtor Beto Hees, que a levou para participar do festival Abril Pro Rock em 1998, com grande êxito. Com repertório que inclui coco de raiz e loas de maracatu, além, é claro, de cirandas, acompanhadas por percussões (ganzá, surdo, tarol, congas) e saxofone, gravou o segundo álbum em 2000, o CD "Eu Sou Lia", lançado inicialmente pela Ciranda Records e depois pela Rob Digital. Por ocasião do lançamento, apresentou‐se em outras capitais e ministrou workshops. Cateretê O cateretê é uma típica dança rural brasileira. Com nome de origem tupi, a dança também apresenta características africanas. Dança‐se em duas filas, uma de homens e outra de mulheres, que evolucionam uns diante dos outros ao som de palmas e bate‐pés. Os instrumentos usados são as violas. São os violeiros que cantam no intervalo da dança e dirigem as evoluções do bailado.
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Frevo O Frevo é um ritmo pernambucano derivado da marcha, do maxixe e da capoeira. Surgiu em Recife no final do século XIX. Muito executado durante o carnaval, eram comuns conflitos entre blocos de frevos, em que capoeiristas saíam à frente dos seus blocos para intimidar blocos rivais e proteger seu estandarte. Da junção da capoeira (espécie de luta marcial brasileira) com o ritmo do frevo nasceu o o, a dança do frevo. Acredita‐se que as sombrinhas coloridas hoje tão comuns nas mãos dos istas de frevo sejam uma estilização das armas utilizadas pelos capoeiristas de outrora.
A beleza das coreografias do frevo encanta a todos
A palavra frevo vem de ferver, por corruptela, frever, que ou a designar: efervescência, agitação, confusão ou rebuliço. Os instrumentos mais usados no frevo são os típicos de orquestra de metais (trombones, trompetes, tubas, flautas, entre outros) e de percussão, mas podem‐se utilizar outros instrumentos, principalmente nos grupos mais contemporâneos de frevo com guitarras, teclados, etc. Tipos de frevo: Frevo de rua é frevo tocado por orquestra instrumental, sem cantores. Frevo canção é um estilo de canção com uma introdução orquestral típica dos frevos de rua. São vários os seus intérpretes. Entre os compositores de frevo‐canção destacam‐se Capiba e Alceu Valença. Frevo de bloco é um frevo executado por orquestra de pau e cordas. É chamado pelos compositores mais tradicionais de "marcha‐de‐bloco". O Frevo‐de‐Bloco é o típico estilo das agremiações tradicionalmente denominadas “Blocos Carnavalescos Mistos”, com efetiva participação da mulher, principalmente as mulheres da classe média, na folia de rua do Recife. Existem blocos muito famosos como o Galo da Madrugada.
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Samba O samba é um gênero musical e um tipo de dança de origem africana recriada no Brasil por descendentes de escravos, no início do século XX. Considerado uma das principais manifestações culturais populares brasileiras, a partir dos anos 1930 o samba se transformou em símbolo de identidade nacional. No Rio de Janeiro, o samba nasceu sob a influência dos descendentes de escravos, muitos vindos da Bahia, instalados na Praça Onze e outros das regiões de fazendas do Vale do Paraíba, depois da abolição da escravatura no Brasil. Muitos ex‐escravos migraram para o Rio de Janeiro em busca de trabalho e se instalaram na região dos bairros de Madureira e Oswaldo Cruz. Ligado à vida nos morros, das favelas cariocas, o samba falam da vida urbana, dos trabalhadores e das dificuldades da vida diária. Principais tipos de samba: Samba‐enredo Surgiu no Rio de Janeiro durante a década de 1930. Como o nome diz, o samba deve contar o enredo que a escola de samba escolheu para o desfile. Geralmente aborda temas sociais, históricos e culturais.
As baterias das Escolas de samba são a maior atração dos desfiles
Samba de partido alto É o chamado samba de terreiro, com letras improvisadas, que canta a realidade dos morros e das regiões mais carentes. É o estilo de grandes mestres do samba. Os compositores cariocas de partido alto mais conhecidos são: Almir Guineto, Dona Ivone Lara, Martinho da Vila e Zeca Pagodinho.
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Pagode Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, na década de 1970. Conquistou as rádios e pistas de dança na década seguinte. Tem um ritmo repetitivo e utiliza instrumentos de percussão e sons eletrônicos. Espalhou‐se rapidamente pelo Brasil, graças às letras simples e românticas. Os principais grupos são: Fundo de Quintal, Negritude Jr., Só Pra Contrariar, Raça Negra, Katinguelê, Patrulha do Samba, Pique Novo, Travessos, Art Popular. Samba‐canção Surge na década de 1920, com ritmos lentos e letras sentimentais e românticas. Até a década de 1950 teve grandes compositores como Dorival Caymmi e Tom Jobim e intérpretes como Ângela Maria, Dolores Duran, Maysa, Nelson Gonçalves, entre outros. Samba‐exaltação Com letras patrióticas e ressaltando as maravilhas do Brasil, com acompanhamento de orquestra. Exemplo: Aquarela do Brasil, de Ary Barroso gravada em 1939 por Francisco Alves.
Moreira da Silva, o lendário Kid Moringueira
Samba de breque Este estilo tem momentos de paradas rápidas, onde o cantor pode incluir comentários de caráter crítico ou humorístico. Um dos mestres deste estilo foi Moreira da Silva, o “Kid Moringueira”.
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Danças dramáticas brasileiras É uma designação proposta por musicólogos como Mário de Andrade para as danças que envolvem enredo e encenação. Algumas danças dramáticas fazem parte dos costumes do povo brasileiro, entre elas destacam‐se:
O “Bumba meu boi” O bumba‐meu‐boi é uma dança dramática brasileira, que ocorre principalmente na região Nordeste. A dança surgiu no século XVIII (dezoito) como forma de crítica à situação social dos negros e índios. O bumba‐meu‐boi combina elementos de comédia, drama, sátira e tragédia, tentando demonstrar a fragilidade do homem, a força bruta de um boi, tendo como tema de fundo a “ressurreição”.
O bumba‐meu‐boi une elementos das culturas européia, africana e indígena. Enredo e personagens: O enredo gira em torno da história de um rico fazendeiro que possui um boi muito bonito, que sabe dançar. “Pai Chico”, um trabalhador da fazenda, rouba o boi para satisfazer sua mulher “Catirina”, que está grávida e sente uma forte vontade de comer a língua do boi. O fazendeiro manda seus empregados procurarem o boi e quando o encontra, ele está morto. Os pajés são chamados para ressuscitarem o boi. Depois de rezarem o boi renasce e todos celebram a saúde do boi com grande festa. O Boi de Parintins: A cidade de Parintins no Amazonas, norte do Brasil, tem uma forte tradição com a encenação do Bumba meu boi. Lá existem duas agremiações: a do Boi Garantido (que defende a cor vermelha) e a do Boi Caprichoso (que defende a cor azul), que se “duelam” no grande festival. Hoje em dia esta festa atrai uma quantidade enorme de turistas, que vão apreciar a encenação dos dois “Bois” no “Bumbódromo”
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da cidade, uma espécie de “sambódromo” para o Bumba‐meu‐boi. As alegorias são ricas como nos desfiles das escolas de samba.
Imagens do festival de Parintins
O bumba‐meu‐boi possui diversas denominações em todo o Brasil. No Maranhão, Rio Grande do Norte e Alagoas a dança é chamada de bumba‐meu‐boi, no Pará e Amazonas, boi‐bumbá, em Pernambuco, boi‐calemba, na Bahia, boi‐janeiro, no sul, boi‐de‐mamão, etc.
Maracatu Maracatu é uma dança dramática brasileira muito praticada, principalmente em Pernambuco. É formada por uma percussão que acompanha um cortejo real. Como a maioria das manifestações populares do Brasil, é uma mistura das culturas indígena, africana e européia. Surgiu em meados do século XVIII. Sua encenação traz diversas características da cultura dos afro‐descendentes.
Rainha e Rei de um Maracatu pernambucano
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Os Maracatus mais antigos do Carnaval do Recife, também conhecidos como Maracatu de Baque Virado ou Maracatu Nação, nasceram da tradição da Coroação dos Reis do Congo, uma encenação criada pelos escravos e permitida pelos portugueses no Brasil.
Os grandes tambores do maracatu são chamados de alfaias
Os personagens dos Maracatus: Do cortejo do Maracatu Nação participam entre 30 e 50 figuras. Entre elas estão o Porta‐estandarte, trajado à Luís XV (como nos clubes de frevo), que conduz o estandarte. Atrás, vêm as Damas do Paço, no máximo duas, e que carregam as Calungas, que são bonecas que simbolizam uma rainha morta.
Calunga na mão de uma dama do o Depois das Damas do Paço segue a corte: Duque e Duquesa, Príncipe e Princesa, um Embaixador (nos Maracatus mais pobres o Porta‐estandarte vale como Embaixador). A corte abre alas para o Rei e a Rainha, que trazem coroas douradas e vestem mantos de veludo bordados e enfeitados com arminho. Nas mãos trazem pequenas espadas e cetros reais. Alguns Maracatus incluem nesse trecho do cortejo também meninos lanceiros e a figura do Caboclo de Pena, que representa o indígena brasileiro e tem coreografia complicadíssima.
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Pastoril A encenação do Pastoril integra o ciclo das festas natalinas do Nordeste, particularmente, em Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas. O pastoril é um dos quatro principais espetáculos populares nordestinos, denominados de danças dramáticas por Mário de Andrade. O povo participa ativamente dos pastoris. O auto, ou enredo contado, do pastoril é todo relacionado com o Natal: O “AUTO” DO PASTORIL
O “auto” conta a história das pastoras a caminho de Belém, onde nasceu Jesus. Lusbel lança mão de muitas artimanhas para desviá‐las do caminho e só não consegue o seu intento graças às interferências de São Gabriel. Frustrado, Satanás convence Herodes a promover a degola dos inocentes, mas este é castigado porque os soldados matam o seu filho. Herodes se arrepende e é salvo, enquanto o Demônio é mais uma vez derrotado.
O auto é todo escrito em versos e musicado, com um prólogo, dois atos e um epílogo. A comicidade, uma das características mais fortes dos espetáculos populares do Nordeste, aos poucos também foi aparecendo no Pastoril. As pastorinhas se dividem em dois cordões, o azul e o encarnado. Os principais personagens do pastoril são: a Mestra, a Contra‐mestra, a Diana, a Borboleta, as Pastorinhas, o Pastor. Os trajes: saias, blusas, faixas, aventais, chapéu de palhinha, nas cores azul e encarnado. Levam um pandeiro feito de lata, com cabo e sem tampa, ornado de fita com a cor do cordão a que pertence. Acompanhamento: conjunto de percussão e sopro.
Pastoril Composição: Ednardo Venho da maravilha Do mel da Jandaíra Cheiro à flor de mangueira Venho da maraponga Pitanga milonga Me língua de sol e de dengue Pra mim do final dessa praia
Sacode a barra da saia Sacode a barra da saia Que eu te vejo por inteira Que eu te vejo por inteira Desde o regaço do norte À corredeira do sul Teu riso é uma bandeira Escorre como um riacho Acho claro eu e tu Papel seda flor do mato e cetim
Pra te cantar pastorinha Te trago dentro da minha Chuva de luz no dourado Fina areia prateada Na asa da borboleta Meu anjo solto no espaço Espanta o mal e afasta E deixa brilhar estrelas Em constelações de luz Em canções cheias de luz No céu das nossas cabeça
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Créditos, fontes e bibliografia Elaboração e edição da apostila: Profª Mônica Leme (edição final) Profª Milena Tibúrcio (pesquisa e textos) Profª Isabel Cristina Borges de Medeiros (pesquisa, textos e exercícios) Carolina Couto (Ilustrações da capa) Bibliografia: BENNETT, Roy. Forma e Estrutura na Música. Rio de Janeiro: Zahar Ed., 1986. BENNETT, Roy. Como Ler uma partitura. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1990. BENNETT, Roy. Elementos básicos da música. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998. GROUT, D. J & PALISCA, C. V. História da Música Ocidental. Lisboa: Gradiva, 2001. MASSIN, Brigitte e Jean. História da Música Ocidental. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998. PAHLEN, Kurt. Nova História Universal da Música. Rio de Janeiro: Melhoramentos, 1991. SCHAFER, Murray R. O Ouvido Pensante. São Paulo: UNESP, 2003. SCLIAR, Esther. Elementos de Teoria Musical. São Paulo: Novas Metas, 1985. SUZIGAN, Maria Lucia Cruz & MOTA, Fernando. Método de Iniciação Musical para Jovens e Crianças. São Paulo: G4, 2001. SWANWICK, Keith. Ensinando música musicalmente. Rio de Janeiro: Editora Moderna, 2003. WISNIK, José Miguel. O Som e o Sentido. São Paulo: Cia da Letras, 1999. Enciclopédias e Dicionários: 500 Anos da Música Popular Brasileira – com CD homônimo – Edição do Museu da Imagem e do Som (MIS‐RJ), 2001. Dicionário GROVE de Música ‐ Edição concisa. Rio de Janeiro: J. Zahar. Fontes na internet: www.pt.wikipedia.org http://www.suapesquisa.com/samba/ http://instrumentos.aulasdemusica.com/ http://www.brasilescola.com/folclore/bumbameuboi.htm
Imagens na internet: Crianças de olhos fechados http://cms.ich.ucl.ac.uk/website/imagebank/ Homem gritando http://wyrebc.gov.uk/page.aspx?ImgID=1512 arinho cantando
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http://www.wacathedral.org/Photos/bird%20singing.jpg Tuba http://school.discoveryeducation.com/clipart/images/tuba.gif Flautim http://www.xtec.es/trobada/musica/imatges/flauti.gif Câmara anecóica http://blog.educastur.es/practicainstrumental/files/2008/03/anecoica‐1.jpg Músicos chineses http://pro.corbis.com/images/AABN001276.jpg?size=67&uid=%7BAB8B4BDF‐549D‐4E0E‐A01D‐ 4914812862E2%7D Alaúde http://www.overmundo.com.br/_agenda/img/1205853804_alaude.jpg Guitarra http://www.aleac.ac.gov.br/aleac/edvaldomagalhaes/images/stories/guitarra‐papel.jpg Guido D´Arezzo http://www.musical.com.br/biografias/fotos/94.jpg Abafador de ruídos http://www.solucaoepi.com.br/imgProdutos/97_G_Abafador‐de‐ruidos‐exc.jpg Aparelho fonador http://i93.photobucket.com/albums/l68/Atsiluap/Variado/fonador.gif Teclado do piano com notas http://walmirsilva.files.wordpress.com/2008/04/escala_teclado_musical.jpg Simpsons gritando http://www.meupapeldeparedegratis.com.br/cartoons/pages/screaming‐simpsons.asp O cantor Roberto Carlos http://www.depositonaweb.com.br/wp‐content/s/roberto_carlos.jpg A cantora Ivete Sangallo http://www.fashionbubbles.com/wp‐content/s/2009/01/ivete‐sangalo‐look‐branco.jpg Crianças cantando http://www.sec.pb.gov.br/sec2007/images/stories/criancas‐cantando‐enquanto‐tocando‐musical‐ instrumento‐‐ispc054012.jpg Índios botocudos http://4.bp.blogspot.com/_y2KqGNl‐M18/SC2feZILu6I/AAAAAAAAABo/iX‐ ZGFDpTXo/s320/botocudos.jpg Cantores de ópera http://www.rosalindplowright.com/AllStarsGallery/Maddelna_Andrea_Chenier_ROH_1984_with_Jose_ Carreras.jpg Coro jovem http://z.about.com/d/webclipart/1/0/p/z/2/sing12.gif Garoto cantando http://thumbs.dreamstime.com/thumb_179/1188378647htf8w0.jpg Farinelli, o castrati http://mediatheque.ircam.fr/sites/voix/images/oeuvres/farinelli1.jpg Maria Callas http://www.warnerclassicsandjazz.com/assets/artist/images/825646%209814‐ 4%201_callas_rgb_72dpi_wtih‐spine_low‐res_crop.jpg Cassia Eller http://4.bp.blogspot.com/_‐ XPnDCUY4S8/SG5ykz9wNvI/AAAAAAAAAgI/erToeMWUj6M/s320/CassiaEller.jpg Os 3 tenores http://www.estadao.com.br/fotos/pavarotti9.jpg Barroco mineiro: pintura de Ataíde http://www.historiamais.com/ataide.jpg J. S. Bach http://pt.wikipedia.org/wiki/Johann_Sebastian_Bach Jongo da serrinha http://www.jornaldosamba.blogger.com.br/jongo_da_serrinha.jpg
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Dançando o jongo http://www2.petrobras.com.br/cultura/images/espacovirtual/galerias/encontro_de_jongueiros_10.jpg Ciranda (pintura de Aracy) http://s3.amazonaws.com/rede_prod/assests/0047/2791/Aracy_ciranda_de_roda_30X40_thumb.jpg Lia de Itamaracá http://www.estadao.com.br/fotos/lia2.jpg Cateretê http://www.salesianost.com.br/ens_fund/7ano/diversidades_brasil/7f/sudeste2/02051.jpg Frevo http://www.ufrpe.br/arquivos//frevo3.JPG Bateria http://g1.globo.com/Carnaval2008/foto/0,,12124450‐EX,00.jpg Haendel http://www.mucd.de/Bilder/haendel2.jpg Monteverdi http://www.iicchicago.esteri.it/IIC_Chicago/webform/..%5C..%5CIICManager%5C%5CIMG%5C%5 CChicago%5Cmonteverdi_1.jpg Pachelbel http://www.ofletters.com/composers/pachelbel.jpg Rameau http://www.circolodellamusicaimola.eu/2007_2008/3_marzo/Jean‐Philippe_Rameau.jpg Inatrumentos primitivos www.canalkids.com.br/arte/danca/baila.htm Regional de choro http://www.agemaduomi.com.br/_casadasmaquinas/_historia‐do‐choro.jpg Led Zeppelin http://www.rocumentaries.com/pics/led‐zeppelin‐1972‐20060902‐03.jpg Quarteto de cordas http://zerohora.clicrbs.com.br/rbs/image/3978376.jpg Bumba meu boi http://www.badaueonline.com.br/dados/imagens/bumba%20boi.jpg Rei e rainha do maracatu http://www.krulik.com.br/cite/images/01_Rainha_Maracatu.jpg Alfaias http://www.imageandnarrative.be/worldmusica/images/bart02.jpg Calunga http://iconacional.blogspot.com/2008/08/blog‐post.html Pastoril http://www.pirenopolis.com.br/fotos/pastorinhas
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ATIVIDADE DE FIXAÇÃO: ELEMENTOS DA MÚSICA I. Leia a partitura musical Ciranda da Lia e faça os itens a seguir (ver no portal): 1. O tipo de como é ............................................... 2. A figura de ritmo de maior duração nesta música chama‐se ....................................... 3. Discrimine o(s) como(s) em que esta figura mais longa aparece: .......................................... 4. As demais figuras de ritmo são: Nome:...................................... Desenho: Valor:.................... Nome: ..................................... Desenho: Valor: .................. 5. No como de nº ___ há uma pausa de ...................................., que vale ........... tempo(s). 6. Há sinal de repetição? Qual?...................................................................... 7. Em que comos aparecem ligaduras? .................................................................................................................... 8. As três notas iniciais são ............., .............. e ............. 9. A música termina com a nota ........... II. Preencha a tabela abaixo, identificando o nome da figura, o desenho, a pausa e o número que a representa: Nome da figura
Desenho da figura
Pausa da figura
Número da figura
Semibreve
4
Colcheia
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III. Complete somente onde precisar com figuras de ritmo ou pausas:
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ATIVIDADE DE FIXAÇÃO: ELEMENTOS DA MÚSICA Maracatu misterioso / O meu boi morreu (ver no portal) EXERCÍCIO: 1) A partitura está em como ................................................ 2) O sinal de repetição chama‐se ............................................................ e indica que se deve repetir entre os comos de nº ___ e ____. 3) Em toda a música há somente pausas de ...........................................Cada uma vale ............. de tempo. Elas estão nos comos .........., .......... e ........... 4) Os nomes das notas do 3º como são: .........., ......., ......., ......., .......... e ........... 5) Há notas duplicadas em 8ªs. nos comos .......... e ............. 6) Os nomes das notas do 10º como são : ......., ......, ......, ......., ......., ......, ...... e ......... 7) Desenhe a figura de ritmo de maior duração nesta música: ....................................... 8) Desenhe a figura de ritmo de menor duração nesta música: .......................................... EXERCÍCIO – Elementos da música: a) Dar nome às notas: b) Desenhar a escala de dó ascendente e descendente em semibreves:
b) Dividir com barras os comos abaixo:
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ATIVIDADE DE FIXAÇÃO: A VOZ E OS CONJUNTOS VOCAIS 1.
Marque as atitudes corretas para ser um bom cantor: ( ) Pronunciar claramente as sílabas e as palavras. ( ) Estar sempre de boa aparência. ( ) Usar uma expressão que permita ao ouvinte captar o sentido do que está transmitindo. ( ) Confiar na intuição, desprezando o preparo vocal. ( ) Manter‐se relaxado, sem levantar os ombros. ( ) Fazer exercícios para aumentar sua capacidade pulmonar. 2. O que é o aparelho fonador? _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ 3. O que é tessitura? _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ 4. A “muda vocal” ocorre em que fase de idade? _________________________________________________________________ 5. Por que a “muda de voz” é mais evidente no sexo masculino do que no feminino? _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ 6. No Brasil, comumente classificamos as vozes infantis em ______________________________ e __________________________________. 7. Complete o quadro das vozes femininas: Voz aguda Voz média Voz grave 8.
Complete o quadro das vozes masculinas: Voz aguda Voz média Voz grave
9. O que são conjuntos mistos? _________________________________________________________________ 10. Dê um exemplo de pequeno conjunto vocal e outro de grande número de pessoas: ____________________________ ____________________________
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ATIVIDADE DE FIXAÇÃO: LINHAS SUPLEMENTARES Há notas que ficam acima ou abaixo do pentagrama porque a maior parte dos instrumentos musicais e das vozes pode alcançar mais notas do que apenas aquelas que ficam nas cinco linhas e quatro espaços. Estas outras notas se escrevem acima ou abaixo do pentagrama sobre umas linhas pequenas, às quais denominamos: • Linhas suplementares superiores • Linhas suplementares inferiores
As sete notas musicais se repetem em seqüência ascendente desde a região sonora gravíssima à agudíssima, assim como em seqüência descendente, isto é, da agudíssima para a gravíssima. Um dos modos de facilitar a identificação de qual “dó” deseja‐se que você toque ou escreva na pauta musical é através da numeração da escala (série de notas). É muito fácil! Seqüência 3 = compreende o dó central (médio) até ao si. Seqüência 4 = compreende o dó no 3º espaço até ao si suplementar superior
Coloque os nomes nas notas:
Escreva no pentagrama as notas: sol3 ré3 dó3 dó4 si3 ré4 sol4 lá4 mi4
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ATIVIDADE DE FIXAÇÃO: ELEMENTOS DA MÚSICA
De acordo com partitura musical abaixo, coloque V quando verdadeiro ou F quando falso às afirmações que se seguem:
Ó ABRE ALAS (marcha de carnaval)
Chiquinha Gonzaga
a) ( ) A figura rítmica de maior duração é a mínima. b) ( ) Andante indica tocar a música em andamento moderado. c) ( ) A música tem, no total, 11 comos. d) ( ) A nota lá3 em colcheia do 6º como está ligada a uma nota de igual duração e altura. e) ( ) A nota mais aguda que aparece é um mi4. f) ( ) A nota ré4 aparece seis vezes na partitura. g) ( ) Na música há seis tipos de pausas. h) ( ) O final da música é no como 9. i) j)
( ) O sinal de intensidade diz que a música deverá ser tocada suavemente. ( ) D.S. al Fine indica repetição da música a partir do sinal até a palavra Fine.
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ATIVIDADE DE FIXAÇÃO:
CONJUNTOS MUSICAIS
Correlacione as duas colunas: A‐ Pequeno conjunto instrumental
( ) Orquestra Sinfônica
B‐ Pequeno conjunto vocal
( ) Duo de vozes masculinas
C‐ Grande conjunto instrumental
( ) Coro do Teatro Municipal do Rio de Janeiro
D‐ Grande conjunto vocal ( ) Quarteto de Cordas Responda: a) O que é uma Banda de Música militar ou civil? Cite nomes de três instrumentos característicos. ............................................................................................................................................ ............................................................................................................................................ ............................................................................................................................................ ............................................................................................................................................ b) O que é um regional de choro? Cite nomes de três instrumentos característicos. ............................................................................................................................................ ............................................................................................................................................ ............................................................................................................................................ ............................................................................................................................................
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ATIVIDADE DE FIXAÇÃO: CONJUNTOS INSTRUMENTAIS
A Orquestra Sinfônica é formada por vários instrumentos das famílias de metais, madeiras, cordas e percussão. Cada músico desempenha a sua função para que o conjunto seja harmonioso. Dê o nome às famílias de instrumentos conforme o desenho abaixo:
Classificação dos instrumentos musicais: Os instrumentos musicais são classificados conforme o material de que são confeccionados e a forma como o som é produzido. Complete com a classificação correta: 9 ________________________são os instrumentos que produzem som por meio do ar, como flautas e trompetes, por exemplo. 9 _____________________________ são os instrumentos que produzem som pela vibração de cordas, tais como o violão, o violino e a harpa. 9 _____________________________________ são os instrumentos que produzem som por meio da vibração de membranas, como é o caso dos tambores em geral. 9 _____________________________ são instrumentos que produzem som através da vibração de seu próprio corpo, como é o caso das claves e sinos.
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COLÉGIO PEDRO II UNIDADE ESCOLAR HUMAITÁ II EDUCAÇÃO MUSICAL EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO – INSTRUMENTOS E CONJUNTOS INSTRUMENTAIS 1) LIGUE COM UMA LINHA CADA FIGURA AO TIPO DE CLASSIFICAÇÃO DE INSTRUMENTOS CORRETA:
IDIOFONE MEMBRANOFONE AEROFONE CORDOFONE 2) CONSULTE SUA APOSTILA E RESPONDA: 2.1) Cite 4 instrumentos utilizados nos grupos de choro, desenhando‐os ao lado de sua resposta: ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________
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2.2) Uma banda de rock “clássica” é formada pelos seguintes instrumentos: _____________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 2.3) Uma orquestra é um agrupamento instrumental utilizado sobretudo para a reprodução de música
erudita.
A
pequenas
orquestras
dá‐se
o
nome
de
orquestra
de
_______________________. A orquestras completas dá‐se o nome de orquestras ___________________________ ou orquestras _______________________. 2.4) Numa orquestra sinfônica os instrumentos são agrupados de forma especial. Cada tipo de família (ou naipe) deve ficar em uma posição. Existem os naipes de CORDAS, de METAIS, de MADEIRAS, de PERCUSSÃO. Em cada quadradinho colorido abaixo, indique o nome das famílias, em português:
2.5) DESENHE 1 INSTRUMENTO DA FAMÍLIA DAS CORDAS, 1 DA FAMÍLIA DA PERCUSSÃO E 1 DA FAMÍLIA DOS METAIS, COLOCANDO AO LADO O SEU NOME:
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ATIVIDADE DE FIXAÇÃO: DANÇAS BRASILEIRAS 1. Complete com uma das palavras abaixo. Atenção! Algumas palavras irão sobrar: PRAIA – ILHA – IDADES – LIA – BIA – BUMBA MEU BOI – CIDADES – PÉS – ALFAIA – ONDAS – RUA – HARPA – DANÇA – COTOVELOS – CAIXA – GANZÁ – LITORAL ‐ CANÇÃO CIRANDA é o nome de uma típica ________________________ brasileira, muito popular no ________________________ do Estado de Pernambuco. Para fazer uma ciranda os participantes fazem uma roda, batendo os _________________________ no chão e cantando animadamente. Podem participar de uma ciranda pessoas de todas as _________________. Uma das mais conhecidas cirandas possui os seguintes versos: Estava na beira da _______________, ouvindo as pancadas das _____________ do mar / Essa ciranda quem me deu foi _________, que mora na ____________ de Itamaracá. Entre os instrumentos utilizados nas cirandas estão a ______________________ e o ___________________________.
2. Relacione as palavras da coluna 1 com a coluna 2: (1) Maracatu (2) Calunga (3) Rainha (4) Alfaia
( ) Uma das personagens do cortejo. ( ) Boneca carregada pela “dama do o”. ( ) Instrumento de percussão utilizado no cortejo. ( ) Cortejo tradicional característico do Estado de Pernambuco.
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ATIVIDADE DE FIXAÇÃO: RITMOS E DANÇAS TRADICIONAIS BRASILEIRAS 1. Complete com a palavra correta: a) O _________________________ é uma manifestação cultural essencialmente rural diretamente associada à cultura africana no Brasil e que influiu poderosamente na formação do Samba carioca, em especial, e da cultura popular brasileira como um todo. b) Esta manifestação parte das chamadas “_________________________________”, termo criado por estudiosos de nossa música e cultura popular (entre eles, Mário de Andrade, Renato de Almeida e J. Ramos Tinhorão). c) Tal manifestação foi trazida para o Brasil por _____________________________ de origem bantu, seqüestrados nos antigos reinos de Ndongo e do Kongo, atual região da República de Angola. d) Uma característica essencial da linguagem desta manifestação é a utilização de _____________________________, que possuem uma função mágica. e) Nesta manifestação tambores serem considerados como _____________________ da comunidade. 2. Os instrumentos utilizados no ____________________ são vários. Coloque os nomes dos diferentes tipos de atabaques:
3. Outros instrumentos são também utilizados. Risque somente aqueles que fazem parte desta manifestação: GUAIÁ AGOGÔ GUITARRA CUÍCA ou PUÍTA VIOLINO CHOCALHOS VIOLÃO
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ATIVIDADE DE FIXAÇÃO: DANÇAS E RITMOS TRADICIONAIS BRASILEIROS Cateretê 1. Marque com um X somente as frases verdadeiras: ( ) O cateretê é uma típica dança rural brasileira. ( ) Com nome de origem estrangeira, a dança também apresenta características peruanas. ( ) No Cateretê, dança‐se em sete filas. ( ) Os instrumentos mais usados são as violas. São os violeiros que cantam no intervalo da dança e dirigem as evoluções do bailado. Frevo
2. a) b)
3.
4. 5.
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Complete as frases abaixo com a palavra correta: A palavra frevo vem de _________________, por corruptela, frever, que ou a designar: efervescência, agitação, confusão ou rebuliço. Os instrumentos mais usados no frevo são os típicos de orquestra de metais: _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ Quais os tipos de frevo que existem? a)______________________________________ b)______________________________________ c) ______________________________________ Em que estado brasileiro o frevo é praticado? _______________________________________________________ Da junção de qual dança (espécie de luta marcial brasileira), nasceu a dança do frevo? _____________________________________________ Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusical2.mus.br
ATIVIDADES DE FIXAÇÃO: DANÇAS DRAMÁTICAS BRASILEIRAS O “Bumba meu boi”
1. Complete o texto abaixo com as palavras corretas:
O ________________________________ é uma_______________________________ brasileira, que ocorre principalmente na região __________________________. A dança surgiu no século XVIII (dezoito) como forma de crítica à situação social dos _________________________ e índios. O bumba‐meu‐boi combina elementos de comédia, drama, sátira e tragédia, tentando demonstrar a fragilidade do homem, a força bruta de um boi, tendo como tema de fundo a “_________________________”. 2. Elementos de quais culturas se misturam no bumba‐meu‐boi? ____________________________________________________________________ 3. Descreva o enredo do bumba‐meu‐boi. _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ ________________________________________________________________ 4. Quais os personagens desta dança dramática? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 5. Em que cidade do Amazonas existe forte tradição da encenação desta dança dramática? __________________________________________________________________ 6. Diga o nome das duas agremiações que competem no famoso festival? Defende a cor Azul:______________________________________________________ Defende a cor Vermelha:_________________________________________________ 7. Que outros nomes se dão ao bumba‐meu‐boi pelo Brasil afora? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _________________________________________________________________
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Maracatu 1. Marque as sentenças verdadeiras com um V e as falsas com um F: ( ) O Maracatu é uma dança dramática brasileira muito praticada, principalmente no Paraná. ( ) O Maracatu é uma espécie de cortejo. ( ) Como a maioria das manifestações populares do Brasil, é uma mistura das culturas indígena, africana e européia. 2. Como são chamados os Maracatus mais antigos de Recife? _______________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 3. Como se chamam os grandes tambores utilizados no Maracatu? _____________________________________________________
Os personagens dos Maracatus: Responda: 4. Quantos personagens participam geralmente do cortejo do Maracatu? ____________________________________________________________________ 5. Cite os personagens do cortejo. _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ ________________________________________________________________ 6. O que é exatamente a “calunga” e quem a leva no cortejo? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ ________________________________________________________________
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Pastoril
I.
Responda as perguntas ou complete as frases, consultando sua apostila:
1. A encenação do Pastoril integra que ciclo de festas nordestinas? _______________________________________________________ 2. Em que estados brasileiros essa encenação é mais frequente? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ ________________________________________________________________ 3. O enredo contado, também chamado de “auto” é inteiramente baseado no ________________________. 4. O auto conta a história das pastorinhas que estão indo ver _________________, nascido na cidade de Belém. O personagem que representa do demônio tenta impedir que elas cheguem, mas ________________________________ interfere e não deixa que este consiga seu intento. 5. Os principais personagens deste auto são: _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ ________________________________________________________________ 6. Os principais instrumentos do pastoril são instrumentos de ___________________ e de ____________________________.
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ATIVIDADE DE FIXAÇÃO: RITMOS E DANÇAS TRADICIONAIS BRASILEIRAS SAMBA 1. Responda as perguntas abaixo, consultando sua apostila: a) O que é o samba? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ b) O que aconteceu com o samba na década de 1930? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ c) O samba nasceu no Rio de Janeiro sobre a influência de quem? ____________________________________________________________________ d) O samba está ligado principalmente à vida de que classe? ____________________________________________________________________ 2. Quais são as principais modalidades (tipos) de samba? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 3. Quais os nomes dos principais compositores de “partido alto” no Rio de Janeiro? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 4. Cite alguns compositores de pagodes. _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 5. Qual a principal característica de um “samba‐exaltação”? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 6. Diga o nome de um dos grandes mestres do chamado “samba de breque”. ______________________________________________________________________ 7. Que tipo de samba, na década de 1950, teve grandes compositores como Dorival Caymmi e Tom Jobim e intérpretes como Ângela Maria, Dolores Duran, Maysa, Nelson Gonçalves, entre outros? ______________________________________________________________________ 8. O que é exatamente um samba‐enredo? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _________________________________________________________________
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ATIVIDADE DE FIXAÇÃO: HINOS Leia atentamente os versos apresentados no quadro abaixo. Lá estão escritos o Hino Nacional Brasileiro, Hino dos Alunos do Colégio Pedro II e Hino da Independência do Brasil. Separe-os e reescreva-os mais abaixo na ordem correta como são cantados.
Buscarmos no saber Deitado eternamente em berço esplêndido, Ou ficar a pátria livre Fulguras, ó Brasil, florão da América, Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Brava gente brasileira Foi sempre o nosso lema Ou morrer pelo Brasil. Por isso sem temer Longe vá... temor servil
HINO NACIONAL BRASILEIRO Música: Francisco Manuel da Silva / Letra: Joaquim Osório Duque Estrada ........................................................................................................................ ........................................................................................................................ ........................................................................................................................ ........................................................................................................................ ........................................................................................................................
HINO DOS ALUNOS DO COLÉGIO PEDRO II Música: Francisco Braga / Letra: Hamilton Elia ........................................................................................................................ ........................................................................................................................ ........................................................................................................................ ........................................................................................................................ ........................................................................................................................
HINO DA INDEPENDÊNCIA Música: D. Pedro I / Letra: Evaristo da Veiga ........................................................................................................................ ........................................................................................................................ ........................................................................................................................ ........................................................................................................................ ........................................................................................................................
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Hinos Oficiais Hinos Oficiais
Hino Nacional Brasileiro Poema: Joaquim Osório Duque Estrada Música: Francisco Manoel da Silva I Ouviram do Ipiranga as margens plácidas De um povo heróico o brado retumbante, E o sol da liberdade, em raios fúlgidos, Brilhou no céu da pátria nesse instante. Se o penhor dessa igualdade Conseguimos conquistar com braço forte, Em teu seio, ó liberdade, Desafia o nosso peito a própria morte! Ó pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve! Brasil, um sonho intenso, um raio vívido De amor e de esperança à terra desce, Se em teu formoso céu, risonho e límpido, A imagem do cruzeiro resplandece. Gigante pela própria natureza, És belo, és forte, impávido colosso, E o teu futuro espelha essa grandeza. Terra adorada, Entre outras mil, És tu, Brasil, Ó pátria amada! Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil!
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II Deitado eternamente em berço esplêndido, Ao som do mar e à luz do céu profundo, Fulguras, ó Brasil, florão da América, Iluminado ao sol do novo mundo! Do que a terra mais garrida Teus risonhos, lindos campos têm mais flores; "Nossos bosques têm mais vida", "Nossa vida" no teu seio "mais amores". Ó pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve! Brasil, de amor eterno seja símbolo O lábaro que ostentas estrelado, E diga o verde‐louro dessa flâmula ‐ Paz no futuro e glória no ado. Mas, se ergues da justiça a clava forte, Verás que um filho teu não foge à luta, Nem teme, quem te adora, a própria morte. Terra adorada Entre outras mil, És tu, Brasil, Ó pátria amada! Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil!
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Hino da Independência do Brasil Autores: D. Pedro I (música) Evaristo Ferreira da Veiga (letra)
Independência ou Morte!, de Pedro Américo (óleo sobre tela, 1888). Não temais ímpias falanges Já podeis da Pátria filhos, Que apresentam face hostil; Ver contente a mãe gentil; Vossos peitos, vossos braços Já raiou a liberdade São muralhas do Brasil; No horizonte do Brasil Vossos peitos, vossos braços Já raiou a liberdade, Vossos peitos, vossos braços Já raiou a liberdade São muralhas do Brasil. No horizonte do Brasil. Brava gente brasileira! Brava gente brasileira! Longe vá temor servil Longe vá temor servil Ou ficar a Pátria livre Ou ficar a Pátria livre Ou morrer pelo Brasil; Ou morrer pelo Brasil; Ou ficar a Pátria livre, Ou ficar a Pátria livre, Ou morrer pelo Brasil. Ou morrer pelo Brasil. Os grilhões que nos forjava Parabéns, ó brasileiros! Da perfídia astuto ardil, Já, com garbo JUVENIL (?) Houve mão mais poderosa, Do universo entre as nações Zombou deles o Brasil; Resplandece a do Brasil; Houve mão mais poderosa Do universo entre as nações Houve mão mais poderosa Do universo entre as nações Resplandece a do Brasil. Zombou deles o Brasil. Brava gente brasileira! Brava gente brasileira! Longe vá temor servil Longe vá temor servil Ou ficar a Pátria livre Ou ficar a Pátria livre Ou morrer pelo Brasil; Ou morrer pelo Brasil; Ou ficar a Pátria livre, Ou ficar a Pátria livre, Ou morrer pelo Brasil. Ou morrer pelo Brasil.
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HINO DOS ALUNOS DO 2
Letra: Hamilton Elia Música: Francisco Braga Nós levamos nas mãos, o futuro De uma grande e brilhante Nação Nosso o constante e seguro Rasga estradas de luz na amplidão. Nós sentimos no peito, o desejo De crescer, de lutar, de subir Nós trazemos no olhar o lampejo De um risonho e fulgente porvir. Vivemos para o estudo Soldados da ciência O livro é nosso escudo E arma a inteligência. Por isso sem temer Foi sempre o nosso lema Buscarmos no saber A perfeição suprema. Estudaram aqui, brasileiros De um enorme e subido valor Seu exemplo, segui companheiros Não deixemos o antigo esplendor. Alentemos ardente a esperança
De buscar, de alcançar, de manter No Brasil a maior confiança Que só pode a ciência trazer. Vivemos para o estudo Soldados da ciência O livro é nosso escudo E arma a inteligência. Por isso sem temer Foi sempre o nosso lema Buscarmos no saber A perfeição suprema. Tabuada ‐Ao Pedro II, tudo ou nada? ‐Tudo! ‐Então, como é que é? ‐É tabuada! ‐3 x 9, 27 ‐3 x 7, 21 ‐menos 12, ficam 9 ‐menos 8, fica 1. ‐Zum, zum, zum, ‐Paratimbum, ‐Pedro II !
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